sábado, 26 de abril de 2014

TOMÉ, SÍMBOLO DA INCREDULIDADE


Quem era Tomé Homem de personalidade marcante, obstinado, teimoso e até certo ponto, incrédulo. O Evangelho de João nos dá a maior parte das informações que temos desse que é conhecido como o discípulo da incredulidade. O termo hebraico Tomé significa Gêmeo, assim como a palavra grega Dídimo, pela qual o apóstolo também era chamado (Jo 11,16; 20,24; 21,2). Tudo faz crer (Jo 21,1-4) que ele era pescador, como tantos outros apóstolos de Jesus. Eusébio, notável historiador cristão do 4º século, afirma que o nome do apóstolo era Judas Tomé.


Tomé, homem de coragem – A coragem e altruísmo (amor ao próximo) de Tomé podem ser vistos em Jo 11,1-16. Lázaro, o grande amigo de Jesus, estava enfermo. Jesus declara que essa enfermidade era para a glória de Deus, como de fato o foi. Depois de dois dias, Jesus mostrou seu desejo de ir à Judéia. Os discípulos reagiram. “Rabi, ainda agora os judeus procuraram apedrejar-te e tornas para lá?”. “Disse então Tomé, chamado Dídimo: Vamos nós também, para morrermos com Ele”. Foi um rasgo de bravura, coragem, altruísmo, lealdade. Nem sempre lembramos esse episódio lindo, na vida marcante do apóstolo Tomé.

Tomé e suas dúvidas – Em Jo 14,5 Tomé questiona: “Senhor, não saberemos para onde vais, como saber o caminho?”. Não só Tomé, como os discípulos, de um modo geral, não sabiam o destino do Mestre. A franqueza de Tomé permitiu um dos pronunciamentos mais fortes e contundentes de Jesus. “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”.

Apóstolos incrédulos – O demérito da incredulidade na ressurreição não foi exclusivo de Tomé, embora os séculos assim o tenham consolidado. Vejam-se como os discípulos reagiram à notícia de Maria Madalena: “Estes, ouvindo que Ele vivia e que fora visto por ela, não acreditaram.” (Mc. 16,11); “Tais palavras lhes pareciam delírio, e não acreditaram nelas” (Lc 24,11); “Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado” (Mc 16,14).

Incredulidade e Medo – Realmente, não era fácil aceitar, de pronto, a ressurreição de Jesus. Veja-se o caso dos discípulos de Emaús (Lc 24,13). Tudo faz crer que os discípulos, de um modo geral, não creram na ressurreição do Mestre. A descrença de Tomé não era diferente dos outros discípulos. Todos estavam mergulhados na incerteza, no medo e no desamparo.  O pavor era tal que os apóstolos estavam em uma casa fechada, confusos (Jo 20,19), tomados pelo pavor de uma potencial perseguição dos líderes religiosos judaicos (Jo 18,19).

A aparição sem Tomé – João deixa claro que a aparição do Senhor foi miraculosa, sem qualquer explicação lógica. “As portas estavam cerradas” e Jesus se lhes apresentou, de surpresa. Tomé estava ausente do grupo, quando Jesus apareceu. Foi incisivo nas suas declarações: “Se eu não vir os sinais dos cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.” (Jo 20,25). Mais forte do que isso, impossível.

Aparição com Tomé – É curioso notar que a incredulidade de Tomé permitiu se registrassem duas notáveis declarações, uma de Jesus e outra do próprio Tomé: “Não sejas incrédulo, mas crente” (Jo 20,27); “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28). Ela se assemelha às de Pedro: “Tu és o Cristo, Filho do Deus vivo” (Mt 16,16) e “Senhor, para quem iremos nós? ... bem sabemos que tu és o Santo de Deus” (Jo 6, 67-69).

Profissão de fé – As palavras com que Tomé expressa seu júbilo e sua confiança no Cristo ressurreto estão impregnadas de um profundo conteúdo teológico.

sábado, 19 de abril de 2014

ELE VIU E ACREDITOU


Neste domingo celebramos a Páscoa cristã. O texto do Evangelho lido nas missas é padrão para esta comemoração: Jo 20,1-9.

Novo tempo – O texto começa com uma indicação aparentemente cronológica, mas que deve ser entendida sobretudo em chave teológica: “no primeiro dia da semana”. Significa que começou um novo ciclo – o da nova criação, o da Páscoa definitiva. Aqui começa um novo tempo, o tempo do homem novo, que nasce a partir da doação de Jesus.

Madalena – A primeira personagem em cena é Maria Madalena: ela é a primeira a dirigir-se ao túmulo de Jesus (ainda o sol não tinha nascido), na manhã do “primeiro dia da semana”. Ela representa a nova comunidade, que nasceu da ação criadora e vivificadora do Messias; essa nova comunidade, testemunha da cruz, inicialmente acredita que a morte triunfou e vai procurar Jesus no sepulcro: é uma comunidade perdida, desorientada, insegura, desamparada, que ainda não conseguiu descobrir que a morte foi derrotada; mas, diante do sepulcro vazio, a nova comunidade apercebe-se de que a morte não venceu e que Jesus continua vivo.

Discípulos – Na seqüência, o autor do quarto Evangelho apresenta uma catequese sobre a dupla atitude dos discípulos diante do mistério da morte e da ressurreição de Jesus. Essa dupla atitude é expressa no comportamento de dois discípulos que, na manhã da Páscoa, correm ao túmulo de Jesus: Simão Pedro e um “outro discípulo” não identificado (mas que parece ser o “discípulo amado”, apresentado no Quarto Evangelho como modelo ideal do discípulo).

Discípulo Amado – O autor coloca estas duas figuras lado a lado em várias circunstâncias: na última ceia, é o “discípulo amado” que percebe quem está do lado de Jesus e quem O vai trair (Jo 13,23-25); na paixão, é ele que consegue estar perto de Jesus no átrio do sumo sacerdote, enquanto Pedro O trai (Jo 18,15-18.25-27); é ele que está junto da cruz quando Jesus morre (Jo 19,25-27); é ele quem reconhece Jesus ressuscitado nesse vulto que aparece aos discípulos no lago de Tiberíades (Jo 21,7). Nas outras vezes, o “discípulo amado” levou sempre vantagem sobre Pedro. Aqui, isso irá acontecer outra vez: o “outro discípulo” correu mais e chegou ao túmulo primeiro que Pedro (o fato de se dizer que ele não entrou logo pode querer significar a sua deferência e o seu amor, que resultam da sua sintonia com Jesus); e, depois de ver, “acreditou” (o mesmo não se diz de Pedro).

Morte e ressurreição - Provavelmente, o autor do Quarto Evangelho quis descrever, através destas figuras, o impacto produzido nos discípulos pela morte de Jesus e as diferentes disposições existentes entre os membros da comunidade cristã. Em geral Pedro representa, nos Evangelhos, o discípulo obstinado, para quem a morte significa fracasso e que se recusa a aceitar que a vida nova passe pela humilhação da cruz (Jo 13,6-8.36-38; 18,16.17.18.25-27; cf. Mc 8,32-33; Mt 16,22-23). Ao contrário, o “outro discípulo” é o “discípulo amado”, que está sempre próximo de Jesus, que faz a experiência do amor de Jesus; por isso, corre ao seu encontro de forma mais decidida e “percebe” – porque só quem ama muito percebe certas coisas que passam despercebidas aos outros – que a morte não pôs fim à vida.

Homem Novo – Esse “outro discípulo” é, portanto, a imagem do discípulo ideal, que está em sintonia total com Jesus, que corre ao seu encontro com um total empenho, que compreende os sinais e que descobre (porque o amor leva à descoberta) que Jesus está vivo. Ele é o paradigma do Homem Novo, do homem recriado por Jesus.


Que a mensagem da Ressurreição, da vitória da vida sobre a morte, nos anime e dê força, especialmente quando a Cruz pesar muito em nossas vidas.

sábado, 12 de abril de 2014

Os últimos dias de vida de Jesus


Apresentamos hoje, em preparação à semana que antecede a Páscoa, os acontecimentos que marcaram a última semana e a Paixão de Jesus.

Março do ano 30 – No final de março do ano 30, Jesus fez a sua última viagem para Jerusalém. Ele e seus discípulos viajaram da Galiléia, passando pela Peréia (além Jordão), evitando a região da Samaria. Durante essa viagem, curou dez leprosos (Lc 17,11), discutiu com os fariseus sobre o casamento (Mt 19,3) e ensinou os companheiros com as parábolas da viúva e do juiz, do fariseu e do publicano (Lc 18,9) e dos operários da vinha. Falou sobre o juízo final, recebeu as crianças e conversou com o jovem rico (Lc 18, 15-30).

Em Betânia – Jesus chegou a Betânia na sexta-feira (Jo 12,1), dia 31 de março do ano 30, e foi jantar na casa de seu amigo Lázaro (que havia revivido) e das irmãs Marta e Maria. Betânia era uma aldeia a Leste do monte das Oliveiras, a cerca de três quilômetros de Jerusalém. Nesta noite, Maria lavou os pés de Jesus com um perfume caro e os enxugou com os cabelos; foi repreendida por Judas Iscariotes. Nesta mesma noite, Jesus fez (pela terceira vez) a predição de sua Paixão, recebeu o pedido dos filhos de Zebedeu e contou a parábola das minas e dos talentos.

Sábado – 1º de abril – No sábado, Jesus e seus discípulos seguiram de Betânia para Jerusalém. Quando passavam por Betfagé, perto do Monte das Oliveiras, Jesus pediu que dois discípulos fossem ao povoado e trouxessem um jumentinho que estava amarrado. Montado no jumentinho, Jesus fez a entrada triunfal em Jerusalém, aclamado pelo povo, que o saudava com ramos. Neste mesmo sábado, Jesus visitou o Templo, expulsando os vendedores, derrubando as mesas e cadeiras dos cambistas. Voltou para Betânia, onde passou a noite (Mt, 21,17). No domingo (2 de abril), Jesus descansou. Em uma de suas caminhadas, encontrou uma figueira estéril e proclamou o ensinamento sobre a fé (Mt 21,18).

3 e 4 de abril – Na segunda e terça-feira, Jesus voltou a Jerusalém. No Templo, foi interrogado pelos fariseus sobre a sua missão, sobre a sua autoridade (Mt 21,23) e sobre o tributo a César (Mt 22,15). Conversando com os discípulos, Jesus contou as parábolas dos dois filhos (Mt 21,28) e dos vinhateiros (Mt 21,33) e apresentou a oferta da viúva pobre (Mc 12,41). Ao sair, mostrou a grandiosa obra do Templo, fazendo um discurso (conhecido como Apocalipse sinótico) sobre a sua destruição, a grande tribulação e a vigília (Mt 24). A quarta-feira (5 de abril) foi marcada pela traição de Judas (Mt 26,14; Lc 22,1).

Quinta-feira – O dia 6 de abril começou com a preparação para a Páscoa (Mt 26,17). Os discípulos foram até a cidade e prepararam a Páscoa na casa de um conhecido deles. Ao cair da tarde, Jesus se reuniu com os doze apóstolos e, enquanto comiam, anunciou que seria traído. Judas deixou o cenáculo (Mt 26,20). Em seguida, Jesus lavou os pés dos apóstolos (Jo 13,1), instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio (Mt 26,28), entregou o novo mandamento (Jo 13,33), predisse as negações de Pedro (Mt 26,31) e fez o sermão da despedida (Jo 14,16). Em seguida, Jesus e os apóstolos saíram do Cenáculo, deixando a cidade, em direção a Betânia, até um horto chamado Getsêmani. Ali Jesus agonizou, enquanto os apóstolos dormiam (Mt 26,36).

Sexta-feira, 7 de abril – De madrugada, no Getsêmani, Jesus foi preso e conduzido ao palácio de Caifás (Sumo Sacerdote). Em seguida, Jesus foi conduzido ao Sinédrio (tribunal religioso judaico, composto de 71 membros), onde os escribas e anciãos estavam reunidos. Pedro negou conhecer Jesus (Mt 26,47). Na manhã, como o Sinédrio não tinha o poder de condenar as pessoas, levaram Jesus para Pilatos (governador da Judéia, representante do Império Romano), pedindo a sua condenação à morte.

Indecisão – Pilatos interrogou Jesus e não encontrou nenhuma causa de condenação. Sabendo que Jesus era galileu, Pilatos encaminhou-o para Herodes Antipas, que se encontrava na cidade. Herodes também, não encontrou nenhuma causa para condenação de Jesus (Lc 23,6). Novamente foi levado para Pilatos que, lavou as mãos, condenando Jesus e soltando Barrabás. Jesus recebeu uma coroa de espinhos e foi condenado à crucificação, caminhando até um lugar chamado Gólgota.

Crucificação – Ao meio-dia do dia 7 de abril do ano 30, Jesus foi crucificado ao lado de dois ladrões: Dimas e Gestas (Lc 23,23). Em sua cruz foi escrita a causa da condenação (INRI): “Yehoshuah Nazoreus, Rex Youdeus” (Jesus Nazareno, rei dos Judeus). Jesus morreu às 3 horas da tarde (Mt 27,45) e, antes do pôr do sol, foi sepultado por José de Arimatéia (Mt 27,57). No sábado (8 de abril) nada acontece, pois era o dia de Páscoa dos Judeus.


Domingo – No domingo, 9 de abril do ano 30, Maria Madalena (e outras pessoas) foram ao túmulo de Jesus e encontraram a pedra rolada. Voltaram e contaram para os apóstolos. Pedro e João foram ao túmulo e encontraram apenas faixas e panos (Jo 20). No mesmo dia Jesus apareceu para os apóstolos (sem Tomé) e para os discípulos de Emaús (Lc 24,13).

sábado, 5 de abril de 2014

Eu sou a Ressurreição e a Vida




O Evangelho das missas deste domingo nos apresenta a ressurreição de Lázaro (capítulo 11 do Evangelho de João).

Família – A cena acontece em Betânia, uma aldeia a Leste do monte das Oliveiras, a cerca de três quilômetros de Jerusalém. O autor da catequese coloca-nos diante de um triste episódio familiar: a morte de um homem. A família mencionada, constituída por três pessoas (Marta, Maria e Lázaro), parece conhecida de Jesus. A visita de Jesus a casa desta família é, aliás, mencionada em Lc 10,38-42; o texto observa que a Maria, aqui referenciada, é a mesma que tinha ungido o Senhor com perfume e lhe tinha enxugado os pés com os cabelos.

A história – A catequese se resume em: a família de Betânia é formada por Maria, Marta e Lázaro (não há pai, nem mãe, nem filhos). Trata-se de uma família amiga de Jesus. Um fato abala a vida desta família: um irmão (Lázaro) está gravemente doente. As “irmãs” preocupadas, informam Jesus. Jesus não vai imediatamente ao seu encontro. Depois de dois dias, Jesus resolve dirigir-se à Judéia ao encontro do “amigo”. Ao chegar a Betânia, Jesus encontrou o “amigo” sepultado há já quatro dias. De acordo com a mentalidade judaica, a morte era considerada definitiva a partir do terceiro dia.

As irmãs – Por esta altura, entram em cena as “irmãs” de Lázaro. Marta é a primeira. Vem ao encontro de Jesus e insinua a sua reprovação: Jesus podia ter evitado a morte do amigo, se tivesse estado presente, pois onde Ele está reina a vida. Maria, a outra irmã, tinha ficado em casa. Está imobilizada, paralisada pela dor sem esperança. Marta convida a irmã a sair da sua dor e ir ao encontro de Jesus. Maria vai rapidamente, sem dar explicações a ninguém: ela tem consciência de que só em Jesus encontrará uma solução para o sofrimento que lhe enche o coração.

Catequese – Jesus inicia a sua catequese dizendo-lhe: “teu irmão ressuscitará”. Marta pensa que as palavras de Jesus são uma consolação banal e que Ele se refere à crença farisaica, segundo a qual os mortos haveriam de reviver, no final dos tempos, quando se registrasse a última intervenção de Deus na história humana. Isso ela já sabe; mas não chega: esse último dia ainda está tão longe…

Amigo – Jesus, no entanto, não fala da ressurreição no final dos tempos. O que Ele diz é que, para quem é amigo de Jesus, não há morte, sequer. Jesus é “a ressurreição e a vida”. Para os seus amigos, a morte física é apenas a passagem desta vida para a vida plena. Jesus não evita a morte física; mas Ele oferece ao homem essa vida que se prolonga para sempre. Para que essa vida definitiva possa chegar ao homem é necessário, no entanto, que o homem adira a Jesus e O siga, num caminho de amor e de dom da vida (“todo aquele que vive e acredita em mim, nunca morrerá”).

A pedra – A cena da ressurreição de Lázaro começa com Jesus chorando. Não é pranto ruidoso, mas sereno… Jesus chega junto do sepulcro de Lázaro. A entrada da gruta onde Lázaro está sepultado está fechada com uma pedra (como era costume, entre os judeus). A pedra é, aqui, símbolo da definitividade da morte. Separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos, cortando qualquer relação entre um e outro. Jesus, no entanto, manda tirar essa “pedra”: para os crentes, não se trata de duas realidades sem qualquer relação. Jesus, ao oferecer a vida plena, abate as barreiras criadas pela morte física. A morte física não afasta o homem da vida.

Dar Vida – A ação de dar vida a Lázaro representa a concretização da missão que o Pai confiou a Jesus: dar vida plena e definitiva ao homem. É por isso que Jesus, antes de mandar Lázaro sair do sepulcro, ergue os olhos ao céu e dá graças ao Pai: a sua oração demonstra a sua comunhão com o Pai e a sua obediência na concretização do plano do Pai. Depois, Jesus mostra Lázaro vivo na morte, provando à comunidade dos crentes que a morte física não interrompe a vida plena do discípulo que ama Jesus e O segue.

Comunidade – A família de Betânia representa a comunidade cristã, formada por irmãos e irmãs. Todos eles conhecem Jesus, são amigos de Jesus, acolhem Jesus na sua casa e na sua vida. Essa família também faz a experiência da morte física. Como é que deve lidar com ela? Com o desespero de quem acha que tudo acabou? Com a tristeza de quem acha que a morte venceu, por algum tempo, até que Deus ressuscite o “irmão” morto, no final dos tempos (perspectiva dos fariseus da época de Jesus)? Não; de forma alguma.


Vida Plena – Ser amigo de Jesus é saber que Ele é a ressurreição e a vida em todos os momentos. Ele não evita a morte física; mas a morte física é, para os que aderiram a Jesus, apenas a passagem (imediata) para a vida verdadeira e definitiva. Para os “amigos” de Jesus – para aqueles que acolhem a sua proposta e fazem da sua vida uma entrega a Deus e um dom aos irmãos – não há morte… Podemos chorar a saudade pela partida de um irmão, mas temos de saber que, ao deixar este mundo, ele encontrou a vida plena, na glória de Deus.