sábado, 24 de abril de 2010

O Pai e eu somos um


No Evangelho das missas deste domingo (Jo 10,27-30) Jesus discute com as autoridades judaicas. Estamos nas proximidades do Templo de Jerusalém, em outubro do ano 29 (em abril do ano 30, Jesus será condenado e morto).

 

O texto – Naquele tempo, disse Jesus: "As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um".

 

Imagem – Estas palavras de Jesus ocorrem em um discurso mais longo, pronunciado durante a Festa da Dedicação, em Jerusalém. Na festa anterior, das Tendas, Jesus já fizera uma proclamação semelhante: "Eu sou o Bom Pastor". A imagem é bela e permanece guardada nos corações através dos séculos. Embora seja uma imagem rural e mais específica de determinadas regiões, é facilmente compreendida por todos, pois exprimem uma relação de diálogo e acolhida, algo já existente entre Jesus e os discípulos: o proclamar/falar e o conhecer, ouvir e seguir. É a palavra e a escuta que estabelecem o diálogo. É o diálogo que leva ao conhecimento e à união de amor, o seguimento.

 

Conhecer – Assim, fica claro que as ovelhas são os discípulos (pois o verdadeiro discípulo ouve a palavra do Senhor e o segue), e eles são conhecidos pelo Pastor – aqui cumpre lembrar que, na linguagem bíblica, a palavra “conhecer” tem conotações mais profundas do que no nosso uso comum: significa não tanto um saber intelectual, mas uma intimidade profunda do amor. Assim, a linguagem bíblica muitas vezes até usa o verbo “conhecer” para significar relação sexual. Maria, por exemplo, questiona o anjo, pois ela “não conhece” homem (Lc 1,34). O verdadeiro discípulo é aquele que realmente tem um relacionamento de intimidade com Deus e que põe em prática a sua Palavra. E quem conhece Jesus, conhece o Pai, pois “o Pai e eu somos um”, como diz Jesus no nosso texto.

 

Conhecer mais – O versículo 28 afirma que Jesus dá a vida eterna aos seus seguidores. Este é um tema típico de João e outros textos do evangelho podem nos ajudar a aprofundá-lo. No Último Discurso, Jesus explica o que consiste a vida eterna: “A vida eterna é esta: que eles conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e aquele que tu enviaste, Jesus Cristo” (Jo 17,3). Mais uma vez, liga o conceito da vida eterna com o de “conhecer”. Mas em que consiste “conhecer” a Deus?

 

Conhecer Deus – O profeta Jeremias pode esclarecer. Num trecho contundente, onde ele enfrenta o Rei Joaquim e o condena por não pagar os salários dos seus operários na construção do seu palácio, Jeremias diz o seguinte, referindo-se ao falecido rei justo, Josias: "Ele julgava com justiça a causa do pobre e do indigente; e tudo corria bem para ele! Isso não é conhecer-me? – oráculo de Javé” (Jr 22,16). Conhecer Deus não é em primeiro lugar um exercício intelectual, mas uma atitude de vida – a prática da justiça, especialmente em favor do oprimido e fraco. Segundo João, então, a vida eterna é o prêmio de quem pratica a justiça de Deus – proposta dos discípulos de Jesus – e não dos que “sabem” muita coisa sobre Deus, mas que não praticam a justiça – representados no texto de hoje pelas autoridades do templo.

 

Coragem, fé e obras – O nosso texto nos traz motivo de muita coragem, pois afirma que ninguém vai arrancar o verdadeiro discípulo da mão de Jesus (v 28). Mas também nos desafia para que verifiquemos se somos realmente discípulos verdadeiros, se conhecemos Jesus e o Pai, isto é, se praticamos a justiça do seu Projeto. A prova de ser verdadeiro discípulo está na prática das obras do Pai e não no conhecimento teórico de religião.

sábado, 17 de abril de 2010

Apascenta as minhas ovelhas


O Evangelho das missas deste domingo descreve a aparição de Jesus a sete discípulos. O ponto mais importante é a entrega da missão de Pedro, de ser o Pastor das ovelhas do Senhor.

 

Apêndice – O último capítulo do Evangelho de João não faz parte da obra original (a obra original termina com a conclusão de 20,30-31); é um texto acrescentado posteriormente, que apresenta diferenças de linguagem, de estilo e mesmo de teologia, em relação aos outros vinte capítulos. A sua origem não é clara; no entanto, a existência de alguns traços literários tipicamente de João poderia fazer-nos pensar num complemento redigido pelos discípulos do evangelista. Quase todas as traduções da Bíblia intitulam o capítulo 21 de João como "Apêndice" ou "Epílogo".

 

Comunidades – Devido a uma situação nova nas comunidades, tornou-se necessário adicionar o último capítulo. Essa situação era a fusão de dois tipos de comunidades cristãs – as da tradição sinótica ou apostólica, e as da tradição da comunidade do Discípulo Amado. Essa fusão aconteceu pelo fim do primeiro século e é simbolizada nos versículos 15-18, nos quais Pedro recebe a primazia e a missão de pastor dos discípulos – mas somente depois de ter afirmado três vezes que amava Jesus (lembrando que ele tinha negado o Senhor três vezes na paixão). A comunidade do Discípulo Amado aceita a função apostólica de Pedro, mas insiste que antes de ser apóstolo é mais fundamental ser discípulo – ou seja, amar Jesus.

 

Duas Partes – O texto está claramente dividido em duas partes. A primeira parte (1-14) é uma parábola sobre a missão da comunidade. Utiliza a linguagem simbólica e tem caráter de “sinal”. Tem grandes semelhanças com a história da "pesca milagrosa" de Lucas (Lc 5,1-11), mas o contexto pós-ressurrecional é diferente. Chama a atenção que, embora seja a terceira aparição de Jesus, os discípulos não o reconhecem. Isso demonstra que a presença de Jesus depois da Ressurreição, embora real, não é igual a sua presença durante a sua vida terrestre. Quem o reconhece primeiro é o Discípulo Amado, pois só quem vê com olhos de amor reconhece e vê além das aparências. Como foi o amor que o levou a correr mais depressa ao túmulo do que Pedro (capítulo 20), é o amor que faz com que ele seja o primeiro a reconhecer a presença de Jesus Ressuscitado. Ele é o Discípulo Amado e que ama – Pedro o será somente depois da sua profissão de amor (15-17).

 

Missão – A pesca simboliza a missão dos discípulos. Segundo muitos estudiosos, o número de 153 peixes se baseia no fato de que os zoólogos gregos da Antigüidade achavam que existia no mundo somente 153 espécies de peixes. Então, o Evangelho está dizendo que a Igreja (simbolizada pela rede) pode abraçar o universo inteiro, todos os povos e culturas. É interessante que, diferentemente da história em Lucas, a rede não se rompe! A diversidade de culturas, tradições e povos constitui uma riqueza para a Igreja e não deve levar ao rompimento da unidade.

 

Pedro – O nó da questão está na entrega da missão a Pedro. Ele deve ser o Bom Pastor das ovelhas e dos cordeiros (membros das comunidades). Mas as ovelhas não são dele – ele é apenas o Pastor – as ovelhas pertencem ao Senhor! Aqui Pedro recebe esta grande missão, que nos sinóticos recebe na estrada de Cesaréia de Felipe. Mas mais importante do que a sua função, é a sua vocação de discípulo - aquele que ama o Senhor. Só quem ama Jesus profundamente poderá pastorear os seus seguidores.

 

Santo Agostinho – A propósito dessa passagem, Santo Agostinho escreveu um belíssimo texto, que reproduzimos a seguir:

Eis que o Senhor, depois da sua ressurreição, aparece de novo aos seus discípulos. Interroga o apóstolo Pedro, obriga-o a confessar o seu amor, ele que por medo, o havia negado três vezes. Cristo ressuscitou segundo a carne, e Pedro segundo o Espírito. Como Cristo morreu sofrendo, Pedro morre negando. O Senhor Cristo ressuscitou de entre os mortos, e ressuscitou Pedro graças ao amor que este lhe tinha. Interrogou o amor daquele que se declarava agora abertamente, e confiou-lhe o seu rebanho.

Por conseguinte, que é que Pedro trazia a Cristo pelo fato de O amar? Se Cristo te ama, o benefício é para ti, não para Cristo. Se tu amas Cristo, o benefício é ainda para ti, não para ele. Entretanto, o Senhor Cristo, querendo mostrar-nos como os homens devem provar que O amam, revela-nos isso claramente: amando as suas ovelhas. “Simão, filho de João, tu amas-me? – Amo-te – Apascenta as minhas ovelhas”. E isso uma vez, duas vezes, três vezes. Pedro não diz mais nada a não ser o seu amor. Amemo-nos pois, uns aos outros, e amaremos Cristo.

sábado, 10 de abril de 2010

Tomé – nosso contemporâneo no dia que o Senhor fez


O Evangelho deste final de semana relata o encontro de Jesus e Tomé (Jo, 20, 19-31), oito dias após Tomé ter dito que só acreditaria que Jesus ressuscitara se colocasse os dedos em suas chagas. Jesus então, convida-o a fazer isso e diante da confissão de fé de Tomé (“Meu Senhor e meu Deus!”) Jesus afirma que são bem-aventurados os que creram sem ter visto.

 

Tomé, nosso conterrâneo – Relatando o que aconteceu a Tomé e sua incredulidade inicial, o Evangelho sai ao encontro do homem e da era tecnológica, que crê somente no que pode verificar. Podemos chamar Tomé de nosso contemporâneo entre os apóstolos. E agindo da maneira que o fez, obrigou Jesus a dar-nos uma prova “tangível” da verdade de sua ressurreição. A fé na ressurreição saiu beneficiada de suas dúvidas e, ao menos em parte, isso também pode ser aplicado aos numerosos “Tomes” de hoje, a todos aqueles que não creem.

 

Fé, dom de Deus – A crítica e o diálogo com os ateus, quando se desenvolvem no respeito e na lealdade recíproca, são de grande utilidade. Antes de tudo nos fazem humildes. Obrigam-nos a ver que a fé não é um privilégio ou uma vantagem para ninguém. Não podemos impô-la nem demonstrá-la, mas só propô-la e mostrá-la com a vida. “Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que haverias de te ensoberbecer como se não o tivesses recebido?”, diz São Paulo! (1Cor 4, 7). A fé, no fundo, é um dom, não um mérito, e como todo dom deve ser vivido na gratidão e na humildade.

 

Purificação da fé – A relação com aqueles que não creem ajuda-nos também, a purificar nossa fé de representações. Com muita frequência, aquilo que os ateus rejeitam não é o verdadeiro Deus, o Deus Vivo da Bíblia, mas uma imagem distorcida de Deus, que nós mesmos, os que cremos, contribuímos para criar. Rejeitando esse Deus, os não crentes nos obrigam a voltarmos a situar as marcas do Deus vivo e verdadeiro, Daquele que está além de toda nossa representação e explicação. Eles nos ajudam a não fossilizar ou banalizar a Deus.

 

Tomé, um exemplo a imitar – Assim, que São Tomé encontre hoje muitos imitadores, não só na primeira parte de sua história – quando declara que não crê –, mas também ao final, naquele magnífico ato seu de fé que o leva a exclamar: “Meu Senhor e Deus meu!”. Tomé é também imitável por outro fato: não fecha a porta; não fica em sua postura, dando por encerrada a questão. De fato, não apenas manifestou sua dúvida, mas o encontramos oito dias depois com os demais apóstolos no cenáculo. Se não tivesse desejado crer, ou “mudar de opinião”, não teria estado ali. Ele quis ver, tocar, portanto, estava em busca. E ao final, depois de que viu e tocou com sua mão, dirige-se a Jesus, não como um vencido, mas como um vencedor: “Meu Senhor e Deus meu!”. Nenhum outro apóstolo havia ainda se lançado a proclamar com tanta clareza a divindade de Cristo.

 

Santo Agostinho – A propósito dessa passagem, Santo Agostinho escreveu um belíssimo texto, que reproduzimos a seguir:

E Deus disse: “Faça-se a luz” (Gn 1,3). “Este é o dia que o Senhor fez” (Sl 117,24). Lembrai-vos do estado do mundo no princípio: “As trevas cobriam o abismo, e o Espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas. Deus disse: 'Faça-se a luz'. E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou dia à luz e às trevas noite” (Gn 1,2s). “Este é o dia que o Senhor fez”. É o dia de que fala o apóstolo Paulo: “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor” (Ef 5, 8).

Não era Tomé um homem, um dos discípulos, um homem da multidão, por assim dizer? Os seus irmãos disseram-lhe: “Vimos o Senhor”. E ele: “Se eu não tocar, se não meter o meu dedo no seu lado, não acreditarei”. Os evangelistas trazem-te a novidade, e tu não acreditas? O mundo acreditou e um discípulo não acreditou?...

Ainda não tinha chegado esse dia que o Senhor fez; as trevas estavam ainda sobre o abismo, nas profundezas do coração humano, que estava nas trevas. Que venha, pois, Esse que é o sinal do dia, que ele venha e que diga com paciência, com doçura, sem cólera, ele que cura: “Vem. Vem, toca aqui e acredita. Tu declaraste: 'Se não tocar, se não meter o meu dedo, não acreditarei'. Vem, toca, põe o teu dedo e não sejas incrédulo, mas crente. Eu conheço as tuas feridas, guardei para ti a minha cicatriz”.

Aproximando a sua mão, o discípulo pode plenamente completar a sua fé. Qual é, com efeito, a plenitude da fé? Não acreditar que Cristo é somente homem, não acreditar também que Cristo é somente Deus, mas acreditar que ele é homem e Deus...

Assim, o discípulo ao qual o seu Salvador deu a tocar os membros do seu corpo e as suas cicatrizes exclamou: “Meu Senhor e meu Deus!”. Ele tocou o homem, reconheceu Deus. Tocou a carne, voltou-se para a Palavra, porque “a Palavra fez-se carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). A Palavra suportou que a sua carne fosse suspensa na cruz...; a Palavra suportou que a sua carne fosse colocada no túmulo. A Palavra ressuscitou na sua carne, mostrou-a aos olhos dos seus discípulos, prestou-se a ser tocada pelas suas mãos. Eles tocaram, e eles exclamaram: “Meu Senhor e meu Deus!”. Este é o Dia que o Senhor fez.

sábado, 3 de abril de 2010

O Sábado Santo


Em todas as missas deste sábado, os participantes rezam o “Creio” recitando: “Creio que Jesus Cristo padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu aos Infernos (mansão dos mortos). Se alguém de repente nos perguntasse se cremos que Jesus esteve no Inferno, com toda segurança diríamos que não. O que é que queremos afirmar com isso?

 

O Sábado – Todo cristão sabe qual acontecimento celebramos na Sexta-feira Santa e no Domingo de Páscoa. Pouquíssimos, porém, poderiam explicar que fato a Igreja comemora no Sábado Santo. Saberão que, liturgicamente, é um dia vazio em que não se pode celebrar missa, nem batismos, nem casamentos. Em síntese, dirão que é um dia de luto pela morte e pelo sepultamento de Cristo. E apesar disso, a Igreja coloca neste dia o dogma da descida de Cristo aos Infernos. Trata-se de uma verdade esquecida, que hoje não desperta interesse na pregação e na catequese, a tal ponto que muitos cristãos, inclusive o desconhecem e até o acham estranho.

 

Infernos – Comecemos dizendo que os Infernos não são o Inferno. De acordo com a teologia católica, o Inferno é o estado em que se encontram os condenados eternamente. Por outro lado, os Infernos é o nome dado ao lugar, conforme imaginava antigamente Israel, para onde iam todos os que morriam. Com efeito, os judeus no Antigo Testamento tinham uma imagem do cosmos bem diferente da nossa. Representavam-no como um disco enorme e plano, circular, rodeado pelas imensas águas do oceano. Estava assentado sobre quatro colunas que se afundavam no abismo. Acima do espaço estava o firmamento. Era uma cúpula sólida, sobre a qual se supunha existir água e que servia para separá-la das águas inferiores. Desta cúpula pendiam o Sol, a Lua e as estrelas. Para chover, abriam-se as comportas de cima e então as águas caíam sobre a Terra.

 

Sheol – A terceira camada deste cosmo era o lugar chamado, em hebraico, sheol – a morada dos mortos, o mundo subterrâneo, colocado debaixo da Terra. Para ali desciam todos os defuntos, sem exceção. Quando a palavra sheol teve de ser traduzida para o grego, usou-se o vocábulo hades. Mais tarde, ao passar para o latim, traduziu-se por infernus, que significa exatamente isto: lugar inferior, subterrâneo. Estas três palavras, pois, indicam a mesma realidade. Quem baixava ao sheol não podia regressar nunca mais. Para esta região sombria e tenebrosa iam todos os homens que haviam transpassado as fronteiras da vida. Bons e maus, indistintamente, tinham como inevitável destino final a tenebrosa morada dos mortos.

 

Um morto bem morto – O perigo era grande, porque, se Jesus Cristo não tivesse de fato morrido, muito menos teria ressuscitado. E então não teria realizado nossa salvação e tudo estaria como antes de sua vinda. Viu-se, portanto, a necessidade de evidenciar isso num dogma que ficou definido assim: Creio que Jesus Cristo morreu e foi sepultado. E para que não houvesse nenhuma dúvida sobre sua morte real, acrescentou-se: desceu aos Infernos (mansão dos mortos).

 

Defuntos do Sheol – Nos Infernos (sheol), estavam todos os bons, os justos, os santos, que haviam morrido antes de Cristo. E nenhum deles podia entrar no Céu, na salvação, antes de Cristo, porque, como diz São Paulo, ele é o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o primeiro dentre os irmãos, o primeiro em tudo (Cl 1,18). Estavam todos esperando, nos Infernos, que se realizasse a redenção de Cristo. Quando morreu, baixou para buscá-los e para dar-lhes a Boa Notícia e levá-los com ele ao Paraíso. Cristo inaugurou o Céu e atrás dele entram todos os que tinham sido dignos de salvação antes de sua vinda.

 

Descida – A “descida” de Cristo aos Infernos tem, portanto, uma mensagem imensa. Todos os que tinham vivido antes de Cristo, para os quais nunca chegara o Evangelho e que nunca tinham ouvido falar de um Redentor, também puderam salvar-se. Todas as épocas da história foram santificadas, a começar de Adão. Por isso hoje, quando sabemos melhor do que antes quanto é antiga nossa humanidade, esta doutrina assume dimensões maiores.

 

Sábado Santo – A descida aos Infernos, comemorada no Sábado Santo, é uma doutrina que tem uma importância fundamental para a compreensão da fé cristã. Podemos nascer em qualquer século. A descida de Cristo aos Infernos santificou a todos os homens de todos os tempos.