sábado, 27 de julho de 2002

Corpos Incorruptos dos Santos Católicos

O que é – Na história da Igreja Católica existem inúmeros casos de cristãos que, após a morte, seus corpos não entraram em decomposição.  Estes casos são chamados de “corpos incorruptos”.  A Igreja considera que este fenômeno admirável é sinal de Deus, comprovando a vida exemplar de cristãos que abdicaram às suas próprias vidas para viver a vida do Povo de Deus. Pessoas de todas as épocas que, por sua santidade, demonstraram perfeito seguimento da Verdade do Evangelho.

A Ciência – Diversos técnicos e especialistas das mais diversas áreas, das mais diversas instituições de pesquisa, incansavelmente pesquisaram estes fatos e afirmaram solenemente: "A Ciência humana não explica!"

Incorrupção e Canonização – A incorrupção, por si só, não é fator para a canonização de uma pessoa. Existem casos estudados pela Igreja Católica - mais ou menos uns 40 - que existe o fato da incorrupção, mas não foi instaurado o processo de canonização. Também o fato de o corpo de muitos santos terem sido, normalmente, corrompidos pela morte, não significa que não haja santidade. É um atributo, apenas, de Deus escolher quais e quais casos Ele deseja mostrar como sinais (assinatura divina) da santidade de suas servas e seus servos.

Três casos – Vamos descrever os três casos mais conhecidos que assombraram a sabedoria humana.

São João Maria Vianney – Santo Católico, nasceu na cidade de Lion (França) no ano de 1786.  Ordenado sacerdote, assumiu uma pequena capela no vilarejo de Ars.  Com apenas 300 habitantes, o vilarejo não possuía paróquia, o povo era totalmente avesso à religião.  Com muita oração, penitências e fé, Vianney foi cativando as pessoas de Ars, que aos poucos foram se achegando à Igreja e aos Sacramentos.  Aos poucos o confessionário da Capela do pároco Vianney começou a ser assediado dia e noite, a ponto de virem peregrinos de toda a França e de outros países da Europa para Ars. Aos 73 anos, o Cura D'Ars entregou seu espírito ao Pai Eterno. Nosso Pai Celeste permitiu que o sofrido corpo de João Maria Vianney ficasse incorrupto, como testemunho da grande santidade do Cura D'Ars.  Após mais de 140 (cento e quarenta) anos, seu corpo está perfeito e demonstra flexibilidade como um corpo vivo. Quem o vê, certamente dirá: "ele dorme!".


Santa Bernadette Soubirous –  No ano de 1858, a aparição da Virgem Maria, em um Monte dos Pirineus a uma menina pobre e analfabeta chamada Maria Bernadette Soubirous, confirmava a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, pelo Papa Pio IX. A Senhora, entre vários prodígios, proclamava-se: "Eu sou a Imaculada Conceição".  Bernadette sofreu muitas provações para ser acreditada em suas visões, que somente com numerosos milagres foram certificadas como obra divina.  Bernadette se tornou freira na Congregação das Irmãs da Caridade, falecendo no dia 16 de abril de 1879.  Deus manteve o corpo desta santa incorrupto até nossos dias. Já se passaram mais de 120 (cento e vinte) anos e o corpo de Santa Maria Bernadette Soubirous está intacto, como que dormindo.


Santa Catarina Laboure – Uma das almas privilegiadas de quem Nossa Senhora se serviu para fazer conhecer ao mundo os tesouros de suas graças em favor da humanidade aflita, Catarina Labouré nasceu de uma família numerosa no início do século passado, na França agitada pelo liberalismo anticlerical. Entrou na Congregação das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, para a assistência dos pobres, doentes, velhos e crianças.  Na noite do dia 27 de novembro de 1830 recebeu a aparição de Maria Santíssima que lhe mandava cunhar uma medalha.  Em quatro anos foram produzidas mais de vinte milhões de medalhas.  Catarina faleceu no dia 31 de dezembro de 1876.  Após mais de 120 anos de sua morte seu corpo permanece incorrupto como num profundo sono.


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            Se você quiser ler a história completa dos três santos acima com as fotografias de seus corpos incorruptos solicite e lhe enviaremos gratuitamente todo o material disponível.

sábado, 20 de julho de 2002

O Milagre Eucarístico de Lanciano

Dados históricos – Há mais de 12 séculos deu-se grande e prodigioso milagre eucarístico na Igreja Católica.  Por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano (antigamente Anciano), vivia um monge que era perseguido pela dúvida de que a Hóstia consagrada fosse o verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho o Seu verdadeiro Sangue.

O milagre – Certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração, ele viu a Hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor por tão espantoso milagre e, durante um longo tempo, permaneceu extasiado. Em meio a grande alegria, o rosto banhando em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse: "Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!"

A Transformação – A Hóstia-Carne apresentava, como até hoje ainda se pode observar, uma coloração ligeiramente escura, tornando-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de forma e tamanho diferentes.  A partir de 1713, até hoje, a Carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o Sangue, num cálice de cristal.

Testes – Em novembro de 1970 os Frades Menores Conventuais, sob cuja guarda se mantém a Igreja do milagre (que desde 1252 é chamada de S. Francisco), decidiram confiar a dois médicos, de renome profissional e idoneidade moral, a análise científica das relíquias. Convidaram o Dr. Odoardo Linoli e o Prof. Ruggero Bertelli para proceder aos exames.

Resultados – Em 4 de março de 1971 os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resultado das análises: A Carne é verdadeira carne; o Sangue é verdadeiro sangue; a Carne é do tecido muscular do coração (miocárdio); a Carne e o Sangue são do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana. Coincidência extraordinária: é o mesmo tipo de Sangue (AB) encontrado no Santo Sudário de Turim.

Conservação – A conservação da Carne e do Sangue deixados em estado natural por 12 séculos e expostos à ação de agentes atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário.  É assim que o Milagre de Lanciano, desafiando a ação do tempo e de toda a lógica da ciência humana, se apresenta aos nossos olhos como a prova mais viva e palpável de que o "Comei e bebei todos vós, isto é o meu Corpo que é dado por vós", mais do que uma simples simbologia, como possa parecer, é o sinal divino de que no Sacramento da Comunhão está o alimento do nosso espírito, da nossa fé, da nossa esperança nas Promessas de Cristo, para nossa Salvação.

 

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            Se você tem dúvidas sobre o Milagre de Lanciano, nós podemos lhe enviar uma reprodução da fotografia da hóstia transformada em carne há 12 séculos, e milagrosamente conservada até hoje.  Podemos enviar também, um texto completo sobre o milagre.

sábado, 13 de julho de 2002

Os Documentos da Igreja Católica

     A Igreja comunica-se com seus fiéis através dos Documentos gerados pela Santa Sé.  Os Documentos do Magistério da Igreja emitidos pelo Vaticano são as normas de fé, conduta, moral e costumes que guiam o povo Católico em direção ao Reino de Deus.  Os principais documentos são:


CARTA ENCÍCLICA ou ENCÍCLICA: É um documento pontifício dirigido aos Bispos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis.  A encíclica é usada pelo Papa para exercer o seu magistério ordinário. Trata de matéria doutrinária em variados campos: fé, costumes, culto, doutrina social, etc. A matéria nela contida não é formalmente objeto de fé.  As encíclicas mais conhecidas são:  "Rerum Novarum" (Leão XIII) sobre a questão operária; "Casti Connubii"( Pio XI) sobre a moral conjugal; "Mediator Dei" (Pio XII) sobre Liturgia; “Humani Generis" (Pio XII) sobre alguns erros que ameaçam a fé; "Laborem Exercens" (João Paulo II) sobre o trabalho humano; "Fides et Ratio" (João Paulo II) sobre as relações entre fé e razão, etc.


CARTA APOSTÓLICA: Também chamada de "Epistola Apostólica" trata de matéria doutrinária, de caráter menos solene que a encíclica. O documento é dirigido aos bispos e, por meio deles, a todos os fiéis.  Eis alguns exemplos: "Mulieris Dignitatem" (João Paulo II, 15.08.88) sobre a dignidade e vocação da mulher. Esse tipo de documento pode conter algo de doutrinariamente definitivo, como a "Ordinatio Sacerdotalis" (João Paulo II, 22.05.94) sobre a ordenação sacerdotal reservada somente a homens.  Existe um tipo de Carta Apostólica ("Litterae Apostolicae") que é usada para vários outros assuntos como constituição de Santos Padroeiros, promoção de novos Beatos, normas disciplinares, etc.


EXORTAÇÃO APOSTÓLICA: Forma de documento menos solene que as encíclicas. Antigamente era dirigida apenas a um determinado grupo de pessoas. Por exemplo, "Menti Nostrae" (Pio XII) para o clero. Atualmente é usada em sentido mais amplo: não somente como documento para determinado grupo de pessoas, mas recomendações feitas pelo Pontífice aos bispos, presbíteros e todos os fiéis, sobre temas mais diretamente relacionados a um grupo de pessoas, por exemplo, as exortações publicadas após os Sínodos dos Bispos: "Familiaris Consortio"; "Christifideles laici"; "Pastores dabo vobis".


CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA: Documento pontifício que trata de assuntos da mais alta importância. Existem dois tipos de Constituição Apostólica: a Constituição Dogmática, que contém definições de dogmas, por exemplo de Pio XII, a Constituição Apostólica "Munificentissimus Deus", com a qual foi definido o dogma da Assunção de Nossa Senhora. O outro tipo é a Constituição Disciplinar, que diz respeito a determinações canônicas: por exemplo de João Paulo II, as Constituições Apostólicas "Sacrae Disciplinae Leges" e “Pastor Bônus” sobre a nova constituição da Cúria Romana.


MOTU PRÓPRIO: É uma Carta Apostólica escrita por própria iniciativa do Papa, isto é, sem ter sido solicitado por algum interessado.  Por exemplo: a Carta Apostólica de João Paulo II "Apostolos Suos", sobre a natureza teológica e jurídica das conferências.


CARTAS, DISCURSOS, HOMILIAS, MENSAGENS – São manifestações (orais ou escritas) do Sumo Pontífice que foram transformadas em texto e colocadas à disposição do povo Católico.


QUER LER MAIS?


            Se você quiser ler algum documento emitido pela Igreja (encíclicas, cartas, exortações, constituições, homilias, discursos) solicite e lhe enviaremos todo o material disponível.

PESQUISA BÍBLICA – Os filhos pagam pelos pecados dos pais?

            Em Jr 31,30 está escrito: “cada qual morre por seu próprio pecado” e em Ez 18,4: “Quem peca é que morrerá”.  Porém em Ex 20,5 está escrito: “Castigo a culpa dos pais nos filhos até a terceira geração”. As frases estão se contradizendo? O que a Bíblia quis dizer com estas palavras? Faça uma pesquisa em sua Bíblia ou em livros bíblicos; pergunte para o padre ou catequista de sua paróquia.  Se você não encontrar uma resposta satisfatória, solicite por carta ou E-mail que lhe enviaremos um texto explicativo.

sábado, 6 de julho de 2002

Os dogmas da Igreja Católica - Parte final (síntese)

Os Dogmas e a Profissão de Fé


Dogmas são verdades propostas pela Igreja Católica com o objetivo de aumentar a nossa fé. Em resumo, devemos crer:
  • na existência de Deus (Dogma 1 – D1),
  • ter fé em Deus (D2);
  • em um único Deus (D3),
  • que Deus é eterno (D4),
  • na Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo são uma só Pessoa) (D5),
  • que tudo foi criado por Deus (D6),
  • que o mundo foi criado por Deus (D7),
  • que Deus conserva as coisas criadas (D8),
  • que o homem é formado por corpo e alma (D9),
  • que o pecado de Adão se propagou a todos os homens (D10),
  • que o pecador não pode se redimir sozinho (D11), q
  • ue Jesus Cristo é Filho de Deus (D12),
  • que Jesus possui duas naturezas: a humana e a divina (D13),
  • que as duas naturezas são independentes (D14);
  • que Jesus-Homem é Filho de Deus (D15),
  • que Cristo se ofereceu em sacrifício (D16),
  • que Cristo nos reconciliou com Deus (D17),
  • que Cristo ressuscitou dos mortos (D18),
  • que Cristo subiu aos Céus (D19),
  • que Maria foi concebida sem pecado (D20),
  • que Maria é Mãe de Deus (D21),
  • que Maria subiu aos Céus (D22),
  • que Maria se conservou sempre virgem (D23),
  • que a Igreja foi fundada por Cristo (D24),
  • que Pedro foi o primeiro Papa (D25),
  • que o Papa é o chefe da Igreja, (D26),
  • que em assuntos de fé o Papa é infalível (D27),
  • que os Concílios da Igreja são infalíveis (D28),
  • que o Batismo foi instituído por Cristo (D29),
  • que a Confirmação é verdadeiro sacramento (D30),
  • que a Igreja pode perdoar os pecados (D31),
  • que a confissão dos pecados é necessária para a salvação (D32),
  • que a Eucaristia foi instituída por Cristo (D33),
  • que Cristo está presente na Eucaristia (D34),
  • que a Unção dos Enfermos foi instituída por Cristo (D35),
  • que o Sacramento da Ordem foi instituído por Cristo (D36),
  • que o Sacramento do Matrimônio foi instituído por Cristo (D37),
  • que a origem da morte está no pecado (D38),
  • que as almas dos justos encontrarão o Céu (D39),
  • que  as almas dos pecadores encontrarão o inferno (D40),
  • que o purgatório é um estado de purificação (D41),
  • que Cristo virá de novo para julgar os homens (D42),
  • que Cristo ressuscitará os mortos (D43),
  • que Cristo julgará todos os homens (D44).

PROFISSÃO DE FÉ


Durante as missas, quando fazemos a Profissão de Fé, nós recitamos a maioria dos dogmas.  Vejam a Profissão de Fé:
Creio em Deus Pai todo poderoso (D1, D2, D3),
criador do céu e da terra (D6, D7, D8).
E em Jesus Cristo (D12),
seu único Filho (D15),
nosso Senhor (D15, D17),
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo (D13, D14);
nasceu da Virgem Maria (D21, D23);
padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado (D17).
Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia (D18),
subiu aos céus (D19);
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos (D42).
Creio no Espírito Santo (D5);
na Santa Igreja Católica (D24 a D37);
na comunhão dos santos (D39);
na remissão dos pecados (D31);
na ressurreição da carne (D43);
na vida eterna (D39, D43).
Amém.