sábado, 25 de maio de 2002

Os dogmas da Igreja Católica - Parte 7

Os Dogmas sobre Maria


Nas semanas anteriores vimos que Dogmas são verdades propostas pela Igreja Católica com o objetivo de aumentar a nossa fé. Já vimos os 5 dogmas sobre Deus, os 3 dogmas sobre a criação do mundo, os 3 Dogmas sobre o Ser Humano e os 8 Dogmas sobre Jesus Cristo.  Hoje veremos os 4 dogmas sobre Maria.


Dogma 20: A Imaculada Conceição de Maria – Maria Santíssima foi concebida, desde o primeiro instante no seio de sua mãe, sem qualquer mancha de pecado (inclusive sem o pecado original).  Este privilégio (dom gratuito) foi concedido apenas à Virgem e a ninguém mais, em atenção àquela que havia sido predestinada para ser a Mãe de Deus.  Este Dogma foi definido em 8/12/1854 pelo Papa Pio IX.  Eis a fundamentação bíblica: “Estabeleço hostilidade entre ti (a serpente ou o pecado) e a mulher ...” (Gn 3,15); “Deus te salve, cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28); “Bendita tu entre as mulheres” (Lc 1,42).


Dogma 21: Maria, Mãe de Deus O reconhecimento do Filho de Maria como Deus (em Cristo existem duas naturezas: a humana e a divina), dá a ela o título de Mãe de Deus.  Este Dogma foi definido no Concílio de Éfeso (431) e confirmado por inúmeros outros concílios da Igreja.  Eis o que diz a Bíblia: "Eis que uma Virgem conceberá, e dará à luz a um menino, e seu nome será Emanuel" (Is 7,14); "Eis que conceberás e darás à luz a um filho, que porás o nome de Jesus" (Lc 1,31); "O que nascerá de Ti será chamado de Filho de Deus" (Lc 1,35); "Enviou Deus a seu Filho nascido de uma Mulher" (Gl 4,4); "Cristo, que é Deus..." (Rm 9, 5).


Dogma 22: A Assunção de Maria – A Igreja nos ensina que a Virgem Maria foi levada ao céu (em corpo e alma) imediatamente depois de sua morte; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos.  Este Dogma foi proclamado em 1950 pelo Papa Pio XII, com a seguinte fundamentação bíblica: “Cristo ressuscitou mortos como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também a ressurreição dos mortos veio por um homem que, assim como todos morrem em Adão, assim também em Cristo, todos serão vivificados. Cada qual porém, na sua ordem: Cristo, como primícias, os que são de Cristo, por ocasião da sua vinda” (1Cor 15,20-23). Maria é a primeira dentre “os que são de Cristo”.  Então abriu-se o Templo de Deus no céu, a Arca da Aliança apareceu no Seu Templo. Depois, apareceu um grande sinal no céu: uma mulher revestida de Sol, tendo a Lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça.” (Ap 11,19;12,1).


Dogma 23: Maria se conservou sempre Virgem – É verdade da fé católica que Nossa Senhora ficou perfeitamente sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do parto.  No Símbolo Apostólico se diz: "Nascido de Maria Virgem"; nas antigas liturgias é freqüente o título de Maria sempre virgem. No Concílio Romano do ano 649 se define Maria Imaculada, sempre virgem, que concebeu sem concurso de homem e ficou também intacta depois do parto.  Na Sagrada Escritura temos a famoso trecho de Isaías 7, 14: "Eis que uma virgem conceberá e dará a luz a um filho e o chamará Deus conosco". O texto é certamente messiânico e, portanto a Virgem é Maria. No Evangelho cita-se esta profecia (Mt 1,18-23) e se conta com exatas palavras o nascimento virginal de Jesus, por obra do Espírito Santo. A Igreja interpreta o versículo Ez 44,2 como a indicação da virgindade de Maria depois do parto: "Esta porta ficará fechada, não se abrirá e ninguém entrará por ela, porque por ela entrará Iahweh, o Deus de Israel, pelo que permanecera fechada".Toda a Tradição é concorde em defender a virgindade perpétua de Maria: Santo Agostinho afirma: "A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu a luz, a Virgem é virgem perpetua". A razão teológica deste dogma é clara e simples: ela está na divindade do Verbo e na maternidade de Maria.


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sábado, 18 de maio de 2002

Os dogmas da Igreja Católica - Parte 6

Os Dogmas sobre Jesus Cristo
 

Nas semanas anteriores vimos que Dogmas são verdades propostas pela Igreja Católica com o objetivo de aumentar a nossa fé. Já vimos os 5 dogmas sobre Deus, os 3 dogmas sobre a criação do mundo e os 3 Dogmas sobre o Ser Humano e os 4 primeiros Dogmas sobre Jesus Cristo.  Hoje veremos os outros 4 dogmas sobre Cristo. 

Dogma 16: Cristo ofereceu-se em sacrifício – Cristo, como homem (natureza humana) era a oferenda do sacrifício; como Deus (natureza divina) juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era o que recebia o sacrifício.  Em todas as missas nós recordamos o sacrifício de Cristo.  Eis algumas passagens bíblicas: “Eis aqui o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (Jo 1,29); “Cristo nos amou e se entregou por nós em sacrifício e oblação a Deus.” (Ef 5,2); “Porque nosso Cordeiro Pascal, Cristo já foi imolado.” (Rm, 3,25). “Cristo se ofereceu uma vez como sacrifício para tirar os pecados do mundo.” (Hb 9,28). 

Dogma 17: Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz São Paulo atribui à morte de Cristo a reconciliação dos pecados com Deus, ou seja, a restauração da antiga relação de filhos e amigos com Deus (Rm 5,10).  Eis o que diz a Bíblia: “Preço do resgate por muitos” (Mt 20,28); “O qual se deu a Si mesmo em preço do resgate” (1Tm 2,6); “São Justificados por Sua graça” (Rm 3,24); “Ele se deu a Si mesmo por nós para redimir-nos de toda iniqüidade” (1Tm 2,14); “Este é o Meu Sangue da Aliança que se derrama sobre muitos para a remissão dos pecados” (Mt 26,28). 

Dogma 18: Ao terceiro dia depois de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos – A Igreja nos ensina que, ao terceiro dia, por sua própria virtude, Cristo levantou do sepulcro.  A ressurreição é o argumento mais decisivo sobre a verdade dos ensinamentos de nosso Senhor. “Não deixarás Tu minha alma no inferno, não deixarás que Teu justo experimente a corrupção” (Sl 15,10); “[Cristo predisse:] pois da mesma forma que Jonas esteve no ventre da baleia três dias e três noites, assim também o Filho do homem estará no sei da terra três dias e três noites” (Mt 12,40); “Os apóstolos davam testemunho, com grande poder, da ressurreição do Senhor Jesus” (At 4,33).   

Dogma 19: Cristo subiu em corpo e alma aos Céus e está sentado à direita de Deus Pai – A Igreja nos ensina Cristo subiu aos Céus por sua própria virtude.  É a elevação definitiva da natureza de Cristo e a coroação final de toda obra redentora.  Eis as Escrituras: “com isto, o Senhor Jesus, depois de falar-lhes, foi elevado ao céu e se sentou à direita de Deus” (Mc 16,19; Lc 24,51); “até o dia em que foi levado para cima, depois de haver dado mandamento, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera” (At 1,2).

sábado, 11 de maio de 2002

Os dogmas da Igreja Católica - Parte 5

Os Dogmas sobre Jesus Cristo

Nas semanas anteriores vimos que Dogmas são verdades propostas pela Igreja Católica com o objetivo de aumentar a nossa fé. Já vimos os 5 dogmas sobre Deus, os 3 dogmas sobre a criação do mundo e os 3 Dogmas sobre o Ser Humano.  Existem 8 Dogmas sobre Jesus Cristo, dos quais veremos hoje os 4 primeiros. 
Dogma 12: Jesus Cristo é o verdadeiro Filho de Deus por essência – A Igreja Católica nos ensina que Jesus Cristo possui a mesma natureza divina de Deus Pai.  Devemos crer que Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.  A Bíblia nos diz que ele é “Emanuel, Deus conosco” (Is 7, 14; 8,8) e “Conselheiro admirável, Príncipe da Paz” (Is 9,6). No batismo no rio Jordão ouviu-se “Tu és Meu Filho amado, em Ti deposito minha complacência” (Mt 3,17) ou então no monte Tabor “Este é Meu Filho muito amado, escutai-O” (Mt 17,5).  O próprio Cristo afirmou: “Não sabias que Eu devo ocupar-me nas coisas que dizem respeito ao serviço de Meu Pai” (Lc 2,49); “As obras que faço em nome de Meu Pai dão testemunho de Mim” (Jo 10,25).

Dogma 13: Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se confundem Este dogma ensina que Jesus possui uma natureza divina e uma natureza humana.  Ele é, ao mesmo tempo, Deus e homem em uma só pessoa.  A prova está em seus milagres e em sua morte.   No Evangelho de João podemos ler “E o Verbo se fez carne ...” (Jo 1,14) e São Paulo escreveu “O qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante e aparecendo em seu porte como homem” (Fil 2,6).

Dogma 14: Cada natureza em Cristo possui uma própria natureza física – A Igreja ensina que, apesar da dupla natureza física, existiu e existe a unidade moral, porque a vontade humana de Cristo se conforma com a livre subordinação à vontade Divina.  Eis algumas passagens bíblicas: “Não seja como Eu quero, mas sim como Tu queres ...” (Mt 26,39); “Não seja feita Minha vontade, mas sim a Tua” (Lc 22,42); “Desci do céu para fazer não a Minha vontade, mas sim a vontade de quem Me enviou” (Jo 6,38); “Ninguém Me tira, Eu a doei voluntariamente, tenho o poder para concedê-la e o poder de recobra-la novamente” (Jo 10,18).

Dogma 15: Cristo, mesmo homem, é Filho natural de Deus – A Igreja nos ensina que o homem Jesus Cristo, que viveu 36 anos na terra (ensinou, orou, fez milagres, comeu, chorou, morreu) é filho natural de Deus.  Eis as Escrituras: “Deus não poupou Seu próprio Filho, mas sim O entregou por todos nós” (Rom 8,32); “Deus tanto amou o mundo que lhe deu Seu Filho Unigênito” (Jo 3,16); “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e pudemos contemplar Sua glória” (Jo 1,14).

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sábado, 4 de maio de 2002

Os dogmas da Igreja Católica - Parte 4

Os Dogmas sobre o Ser Humano

Nas semanas anteriores vimos que Dogmas são verdades propostas pela Igreja Católica com o objetivo de aumentar a nossa fé. Já vimos os 5 dogmas sobre Deus e os 3 dogmas sobre a criação do mundo.  Hoje veremos os 3 Dogmas sobre o Ser Humano.

Dogma 9: O Homem é formado por Corpo Material e Alma Espiritual – A Doutrina da Igreja nos ensina que o corpo e a alma são partes essenciais da natureza humana.  É importante lembrar que o homem possui apenas uma alma.  Vários Concílios cristãos declararam que a natureza humana é composta de alma (espírito) e corpo (matéria).  Vamos citar três versículos da Bíblia que fundamentam este Dogma: "O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da vida..." (Gn 2,7); "...antes que o pó volte à terra de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7); "Não tenhais medo dos que matam o corpo, e à alma não podem matar; temeis muito mais àquele que pode destruir o corpo e a alma na geena..." (Mt 10,28). O Catecismo ensina que “[...] o espírito e a matéria no homem não são duas naturezas unidas, mas a união deles forma uma única natureza” (365). O homem, portanto, é uma unidade de corpo e alma.

Dogma 10: O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação A Igreja Católica nos ensina que o pecado de Adão fez com que ele perdesse a Justiça e a Santidade que havia recebido de Deus.  O Concílio de Trento afirma que o erro de Adão prejudicou não apenas a ele próprio, mas toda a sua descendência.   O pecado, que é a morte da alma, se propaga de Adão a todos nós por geração e não por imitação, ou seja, nós temos o pecado original não porque “imitamos um mau exemplo” de Adão, mas porque ele nos foi transmitido pela natureza humana de Adão. “É um pecado que será transmitido por propagação à humanidade inteira, isto é,  pela transmissão de uma natureza humana privada da santidade e da justiça originais” (Catecismo, 404).  Eis o que está escrito na Bíblia: "Eis que aqui nasci; em culpa e em pecado me concebeu minha mãe..." (Sl 50,7); "Assim então, por um homem entrou o pecado no mundo... e assim a morte passou a todos os homens... pela obediência de um, muitos serão justiçados..." (Rm 5,12-21). O pecado original é chamado “pecado” por analogia: é um pecado “contraído” e não “cometido”; é um estado e não um ato. A vitória de Cristo sobre o pecado nos trouxe uma grande graça, pois pelo Batismo morremos para o pecado e renascemos para uma vida nova em Cristo. “O Batismo, ao conferir a vida da graça de Cristo, apaga o pecado original e torna a voltar o homem para Deus [...]” (Catecismo 405).

Dogma 11: O Homem pecador não pode redimir-se a si próprio – A Igreja ensina que os homens, que se tornaram escravos do pecado, não podem levantar-se com as próprias forças.  Somente um ato livre por parte do amor divino pode restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo pecado. Somente uma intervenção sobrenatural de Deus pode devolver ao homem a justiça e a santidade apagadas pelo pecado. A Doutrina Católica se opõe, portanto, ao pelagianismo, segundo o qual o homem poderia, pela força natural da sua vontade livre, sem a ajuda necessária da graça de Deus, levar uma vida moralmente boa, como se a falta cometida por Adão fosse apenas um “mau exemplo”.  Também se opõe ao moderno racionalismo com diversas teorias de auto-redenção, nas quais o homem pode salvar-se sozinho.  Lembrar o que diz São Paulo em sua Carta aos Romanos (Rm 3,23): “Todos pecaram, todos estão privados da glória de Deus” e agora são justificados gratuitamente por sua graça, pela Redenção de Jesus Cristo.

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PESQUISA BÍBLICA

            Na Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 1,5), Paulo dá graças aos cristãos da cidade de Filipos por ajudá-lo a proclamar “o Evangelho”.   Esta carta foi escrita na cidade de Éfeso no ano 56 ou 57.  Como isto pode ter acontecido, se os textos dos Evangelhos só foram escritos depois do ano 70.  Será que Paulo tinha ‘bola de cristal’? Faça uma pesquisa em sua Bíblia ou em livros bíblicos; pergunte para o padre ou catequista de sua paróquia.  Se você não encontrar uma resposta satisfatória, solicite E-mail que lhe enviaremos um texto explicativo.