sábado, 28 de julho de 2018

POR QUE JESUS MULTIPLICOU OS PÃES DUAS VEZES?



A multiplicação dos pães é descrita duas vezes no Evangelho de Mateus (14,13-21 e 15, 29-39) e no Evangelho de Marcos (6, 34-44 e 8, 1-9). Os outros evangelistas descrevem o milagre apenas uma vez (Lc 9, 10-17 e Jo 6, 1-14). Por que os evangelistas repetirem a narração? Ou Jesus teria realizado dois milagres?

Mesmos detalhes – Nas duas narrações são descritos os mesmos detalhes: a) Jesus foi às margens do lago da Galileia; b) uma grande multidão se reuniu em torno dele; c) as pessoas ficaram com fome; d) Jesus perguntou onde encontrar comida; e) disseram que era impossível de obter; f) alguém ofereceu alguns pães e peixes; g) Jesus fez as pessoas se sentarem no chão; h) tomou o pão, abençoou-o e distribuiu para a multidão; i) todos comeram e ficaram saciados; j) sobraram várias cestas de pão.

Um ou dois milagres? – A pergunta dos apóstolos ("Como é que alguém poderia dar-lhes pão suficiente aqui no deserto? em Mc 8, 4) seria tola, se os discípulos já tivessem visto Jesus realizar a primeira multiplicação – como não lembrar de outra multidão alimentada milagrosamente? Portanto, historicamente, deve ter havido um único milagre dos pães, que se desdobrou em duas versões, como se fossem dois eventos diferentes.

Por que um milagre e duas narrações? – Os primeiros cristãos viram que a multiplicação dos pães era um prenúncio da Eucaristia que Jesus celebrou na Última Ceia. No Evangelho de João, depois da multiplicação, Jesus pede para que as pessoas não fiquem apenas com o pão que enche o estômago, mas que busquem outro pão, o que dá a vida eterna. Esse fato, explica o “enigma” das duas narrativas. Vejamos:

Necessidade – O milagre narrado ocorreu em território judeu (Mc 6,32), o que poderia parecer um convite exclusivo aos judeus para participar na Eucaristia. Assim, quando os primeiros cristãos começaram a pregar aos pagãos, quiseram deixar claro que eles também eram chamados a participar da Eucaristia. A maneira encontrada foi criar uma narração paralela da multiplicação dos pães, realizada em território pagão (Mc 7,31).

Os números – A primeira multiplicação (para os judeus), se fez com cinco pães (Mc 6,38), número simbólico que representava o Pentateuco, a Lei de Moisés, o alimento da alma. Na segunda narração (para os pagãos), são sete pães (Mc 8,5), pois de acordo com o Genesis, haveria 70 nações pagãs no mundo. Na primeira multiplicação comeram 5.000 pessoas (Mc 6,44), ou seja, 5 (número sagrado judeu) vezes 1000 (multidão, o povo judeu). Na segunda, comeram 4.000 pessoas (Mc 8, 9), ou seja, 4 (pontos cardeais da Terra) vezes 1000 (multidão, povos da Terra). Na primeira multiplicação sobraram 12 cestas (Mc 6,43), representando as 12 tribos de Israel; na segunda, sobraram sete cestos (Mc 8,8), porque 70 eram as nações pagãs.

Pessoas – Na primeira narrativa, as pessoas vieram de cidades vizinhas (Mc 6,33), representando o povo judeu mais perto de Jesus. Na segunda, as pessoas vieram "de longe" (Mc 8,3), ou seja, das nações pagãs longe do judaísmo. Na primeira, as pessoas reuniram-se em grupos de 100 e 50 pessoas para comer (Mc 6,40), como fizera o povo de Israel, no deserto (Ex 18, 25, Dt 1,15). Na segunda, as pessoas se organizaram espontaneamente, representando a liberdade das nações pagãs.

Pastor esperado – Na primeira narrativa, Jesus sente pena "porque eram como ovelhas sem pastor" (Mc 6, 34), referência à profecia de Ezequiel (Ez 34,5-6.13). Na segunda, sente pena "porque estavam três dias sem comer" (Mc 8, 2), indicando que até os pagãos são amados e cuidados por Deus. No primeiro milagre, as pessoas se sentam "sobre a grama verde" (Mc 6,39), uma alusão ao Salmo 22, bem conhecido dos judeus. No entanto, no segundo milagre as pessoas se sentam "sobre a terra" (Mc 8,6), simbolizando o mundo inteiro, de onde vieram os pagãos.

Palavras – No primeiro texto, as sobras foram coletadas em doze " kófinos " (Mc 6,43), cestos de vime usados pelos judeus. No segundo, foram sete "spyrís" (Mc 8,8), vaso de cordas usados pelos pagãos. Nos dois textos, Jesus tomou os pães e "deu graças" (Mc 6,41 e Mc 8,6), o que significa bendizer a Deus pela comida antes de comer. No texto para os judeus é usada a palavra euloguéin (usada no círculo familiar judaico), enquanto no texto pagão usou-se eujaristéin (usada no ambiente grego).

Concluindo – Jesus realizou um milagre da multiplicação dos pães às margens do lago da Galileia. A necessidade de levar o Evangelho a outros povos gerou a segunda narração, uma cena que não existiu historicamente, mas que reflete perfeitamente a vontade de Jesus: que ninguém fique longe do Pão, do seu amor, de sua amizade.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

"Descansai um pouco"



O Evangelho deste domingo (Marcos 6,30-34) é uma continuação do texto do domingo anterior. Jesus se encontra na cidade de Betsaida (talvez na casa de Pedro), à margem do Mar da Galiléia (ou Lago de Tiberíades). Os apóstolos retornam de suas viagens apostólicas e contam para Jesus tudo o que haviam feito e ensinado. Em razão da presença de Jesus, havia muitas pessoas na casa, que não tinham tempo nem para comer. Então Jesus convidou os apóstolos para irem para um lugar deserto, descansar um pouco. Foram até o lago, tomaram o barco, e foram para um lugar deserto e afastado. Mesmo assim, foram reconhecidos pelo povo, que vinha de todas as cidades, e esperava na outra margem do lago. Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.

Para refletir sobre este texto transcrevemos partes do comentário do Pe. Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia do Vaticano.

Descansar – Na passagem do Evangelho, Jesus convida seus discípulos a separar-se da multidão, do seu trabalho, e retirar-se com Ele a “um lugar deserto”. Ele lhes ensina a fazer o que Ele fazia: equilibrar ação e contemplação, passar do contato com as pessoas ao diálogo secreto e regenerador consigo mesmo e com Deus.

Agitação – O tema é de grande importância e atualidade. O ritmo de vida adquiriu uma velocidade que supera nossa capacidade de adaptação. Jesus, no Evangelho, jamais dá a impressão de estar agitado pela pressa. Às vezes, como em nossa passagem evangélica, Ele inclusive convida seus discípulos a perderem tempo com Ele: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Ele recomenda frequentemente que não se agitem.

Missionários – Esta exigência de tempos de solidão e de escuta se apresenta de forma especial aos que anunciam o Evangelho e aos animadores da comunidade cristã, que devem permanecer constantemente em contato com a fonte da Palavra que devem transmitir aos seus irmãos. Os leigos deveriam alegrar-se, não se sentir descuidados, cada vez que o próprio sacerdote se ausenta para um tempo de recarga intelectual e espiritual.

Ovelhas – É preciso dizer que as férias de Jesus com os apóstolos foram de breve duração, porque as pessoas, vendo-o partir, seguiram-no a pé até o lugar de desembarque. Mas Jesus não se irrita com as pessoas que não lhe dão trégua, senão que “se comove”, vendo-as abandonadas a si mesmas, “como ovelhas sem pastor”, e começa a “ensinar-lhes muitas coisas”.

sábado, 14 de julho de 2018

Ele os enviou de dois em dois



O Evangelho das missas deste domingo (Mc 6,7-13) descreve a missão dos discípulos de Jesus no meio do mundo. Para refletir sobre este texto transcrevemos o comentário do Pe. Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia do Vaticano.

Texto – “Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas.”

Costume – Os estudiosos da Bíblia nos explicam que, como de costume, o evangelista Marcos, ao referir os fatos e as palavras de Cristo, leva em conta a situação e as necessidades da Igreja no momento ao qual escreve o Evangelho, isto é, depois da ressurreição de Cristo. Mas o fato central e as instruções que Cristo dá aos apóstolos nesta passagem se referem ao Jesus terreno.

Mundo inteiro – É o início e são as provas gerais da missão apostólica. Até então, tratava-se de uma missão limitada aos povos vizinhos, isto é, aos compatriotas judeus. Após a Páscoa, esta missão será estendida ao mundo inteiro, também aos pagãos: “Ide por todo o mundo e pregai a Boa Nova a toda a criação”.

Missão – Este fato tem uma importância decisiva para entender a vida e a missão de Cristo. Ele não veio para realizar uma proeza pessoal; não quis ser um meteorito que atravessa o céu para depois desaparecer no nada. Não veio, em outras palavras, só para aqueles poucos milhares de pessoas que tiveram a possibilidade de vê-lo e escutá-lo em pessoa durante sua vida. Pensou que sua missão tinha que continuar, ser permanente, de forma que cada pessoa, em todo tempo e lugar da história, tivesse a possibilidade de escutar a Boa Nova do amor de Deus e ser salvo. Por isso, escolheu colaboradores e começou a enviá-los a pregar o Reino e curar os doentes. (...)

Conversão – O Evangelho emprega só uma palavra para dizer o que deviam pregar os apóstolos ao povo (“que se convertessem”), enquanto que descreve longamente como deviam pregar. Com relação a isso, um ensinamento importante está no fato de que Jesus os envia de dois em dois. Isso de ir de dois em dois era habitual naqueles tempos, mas com Jesus assume um significativo novo, já não só prático. Jesus os envia de dois em dois – explicava São Gregório Magno – para inculcar a caridade, porque com menos de duas pessoas não pode haver caridade. O primeiro testemunho a dar de Jesus é o do amor recíproco: “Nisso conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35).

Sacudindo o pó – É preciso estar atentos para não interpretar mal a frase de Jesus, sobre ir sacudindo também o pó dos pés quando não são recebidos. Este, na intenção de Cristo, devia ser um testemunho “para” eles, não contra eles. Devia servir para fazê-los entender que os missionários não haviam ido por interesse, para tirar-lhes dinheiro ou outras coisas; que, mais ainda, não queriam levar nem sequer seu pó. Haviam ido por sua salvação e, rejeitando-a, eles privavam a si mesmos do maior bem do mundo.

Graça – É algo que também é preciso afirmar hoje. A Igreja não anuncia o Evangelho para aumentar seu poder ou o número de seus membros. Se atuasse assim, trairia primeiramente o Evangelho. Ela o faz porque quer compartilhar o dom recebido, porque recebeu de Cristo o mandato: “de graça o recebestes, de graça deveis dar”.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

A questão dos irmãos de Jesus




O Evangelho das missas deste domingo (Mc 6,1-6) cita os irmãos de Jesus. Vamos verificar o ensinamento da Igreja Católica sobre o assunto.

Sete textos – São sete os textos do Novo Testamento que mencionam irmãos de Jesus: Mc 6, 3; Mc 3,31-35; Jo 2,12; Jo 7,2-10; At 1,14; Gl 1,19; 1Cor 9, 5. Conforme Mc 6,3 e Mt 13,55, chamavam-se  Tiago, José, Judas e Simão. O texto mais expressivo é o de Marcos, que relata que Jesus havia pregado em Nazaré, sua cidade natal, e os ouvintes, admirados, perguntavam-se de onde Lhe provinha tanta sabedoria, indagando-se: “Esse homem não é o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? E suas irmãs não moram aqui conosco?" (Mc 6, 3).

Texto – É um texto muito claro e muito precioso, porque nos diz até os nomes dos irmãos de Jesus. E é exatamente isso que nos ajuda, porque existem outros textos que contam quem são as pessoas citadas aqui como irmãos de Jesus. Vamos comparar o texto do evangelho deste domingo com os dois outros. Mateus, no relato da crucificação, fala sobre um grande número de mulheres que havia acompanhado Jesus desde a Galileia e olhavam de longe o que acontecia: "Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu." (Mt 27,56).  Veja também o que diz Mc 15, 40: "Aí estavam também algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de Joset, e Salomé.".

Comparando – Os dois textos definem que havia, aos pés da cruz, uma mulher chamada Maria e que era mãe de Tiago e de José, os mesmos nomes que são chamados, em Mc 6, 3, de irmãos de Jesus. Esta Maria era a mãe de Jesus (esposa de José) ou outra Maria? A esta pergunta responde Jo 19,25. Vejamos: “A mãe de Jesus, a irmã da mãe dele, Maria de Cléofas, e Maria Madalena estavam junto à cruz. ” Os dois textos indicam que a mãe de Tiago e de José era a irmã de Nossa Senhora.

Entendendo – No tempo e no país de Jesus, as pessoas falavam o aramaico. Era uma língua muito antiga, mas também bastante pobre em expressões: uma palavra podia significar mais de uma coisa ou designar mais de uma realidade e as pessoas entendiam o significado conforme as circunstâncias. Assim, a palavra "ha" (irmão), no ambiente aramaico, significava membro de uma família, isto é, não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também os primos ou até parentes mais distantes.

Exemplos – Como exemplo, vamos citar alguns textos do Antigo Testamento: Em Gn 13, 8, Abraão disse a seu sobrinho Ló, filho do seu irmão: “Somos irmãos”. Em Gn 29, 12-15, Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade este era filho de Rebeca, irmã de Labão. Veja ainda outros exemplos em: 1Cr 23, 21-23; 1Cr 15, 5; 2Cr 36, 10; 2Rs 10, 13; Jz 9, 3; 1Sm 20, 29.

Outra prova – Ao morrer na cruz, Jesus confiou sua Mãe ao discípulo João. Se Maria tivesse outros filhos, seria lógico que estes assumissem os cuidados pela mãe, ainda mais no ambiente judaico. Jesus teria feito um grande desaforo a sua família se, tendo irmãos carnais, entregasse a sua mãe a uma pessoa estranha! Por essas razões, a doutrina da Igreja Católica ensina que Jesus não teve irmãos e as pessoas indicadas neste Evangelho são primos de Jesus.

QUER SABER MAIS – Se você se interessa pelo assunto e quer receber mais informações sobre a família de Jesus, solicite por E-mail e lhe enviaremos a “árvore genealógica” de Jesus.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

A disputa entre São Pedro e São Paulo


 

Após a Paixão e morte de Cristo (abril do ano 30), os apóstolos passaram a pregar o Evangelho em toda a Palestina e Império Romano. O principal missionário nesta pregação foi Paulo, que embora não fosse apóstolo, empreendeu várias viagens missionárias, divulgando o cristianismo. Todo esse trabalho de formação das primeiras comunidades cristãs está descrito no livro “Atos dos Apóstolos”.

Dois grupos – Durante a evangelização, Paulo se deparava com dois grupos muito distintos: os pagãos (pessoas ligadas à tradição greco-romana) e os judeus (chamados de judaizantes, cristãos de origem judaica, que conservavam as práticas tradicionais do judaísmo). Na cidade de Antioquia, os dois grupos não se entenderam, criando o primeiro conflito para a Igreja primitiva.

O conflito – Os cristãos provenientes do judaísmo continuavam praticando a circuncisão e observando as prescrições da Lei (Torah, formada pelos cinco primeiros livros do Antigo Testamento – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), enquanto a pregação de Paulo não obrigava os pagãos convertidos a esses costumes judaicos. Na comunidade cristã da Antioquia, alguns fariseus convertidos ao cristianismo começaram a ensinar que, também os pagãos, para se salvarem, deveriam primeiro ser “judaizados” (circuncidados) e depois cristianizados.

Questões – O problema era claro: os costumes judaicos pertencem à essência da mensagem cristã? Deve-se impor, aos crentes de origem pagã, a prática da Lei de Moisés? A salvação vem através da circuncisão e da observância da Torah judaica ou única e exclusivamente por Cristo? Jesus Cristo é o único Senhor e Salvador ou seria preciso outras coisas além d’Ele para chegar a Deus e para receber d’Ele a graça da salvação?

A solução – A comunidade cristã de Antioquia, onde a questão se impunha com mais vigor, não tinha certeza sobre qual caminho seguir. Paulo e Barnabé pregavam que Cristo basta, mas os cristãos de origem judaica, que ainda conservavam as práticas tradicionais do judaísmo, defendiam que os ritos prescritos pela “Torah” também eram necessários para a salvação. Decidiu-se, então, enviar uma delegação a Jerusalém, para consultar os Apóstolos e os anciãos sobre a questão.

Concílio – No ano 49 realiza-se, então, o Concílio de Jerusalém (1º Concílio da Igreja), para discutir os rumos da evangelização. Participaram deste Concílio Paulo, Barnabé, Tito, Tiago, Simão Pedro, os apóstolos e presbíteros. De um lado Paulo defendia a evangelização dos não-judeus sem a “judaização” e de outro Pedro defendia a preservação de tradições judaicas. 

Conclusão – No final do Concílio, Pedro reconhece a igualdade fundamental de todos (judeus e pagãos) diante da proposta de salvação e que a Lei (Torah) era um jugo que não deveria ser imposto aos pagãos, uma vez que é “pela graça do Senhor Jesus” que se chega à salvação (At 15,7-12).

Universal – A Boa Nova de Jesus é, portanto, uma proposta que é dirigida a todos os homens, de todas as raças e nações; não se trata de uma proposta fechada, exclusivista, destinada a um grupo de eleitos, mas de uma proposta universal, que se destina a todos os homens, sem exceção. O que é decisivo não é ter nascido neste ou naquele ambiente, mas é a capacidade de se deixar desafiar pela proposta de Jesus, de acolhê-la com simplicidade, alegria e entusiasmo.