terça-feira, 26 de março de 2024

OS ÚLTIMOS DIAS DE VIDA DE JESUS


 

Apresentamos hoje, em preparação à semana que antecede a Páscoa, os acontecimentos que marcaram a última semana e a Paixão de Jesus.

 

Março do ano 30 – No final de março do ano 30, Jesus fez a sua última viagem para Jerusalém. Ele e seus discípulos viajaram da Galiléia, passando pela Peréia (além Jordão), evitando a região da Samaria. Durante essa viagem, curou dez leprosos (Lc 17,11), discutiu com os fariseus sobre o casamento (Mt 19,3) e ensinou os companheiros com as parábolas da viúva e do juiz, do fariseu e do publicano (Lc 18,9) e dos operários da vinha. Falou sobre o juízo final, recebeu as crianças e conversou com o jovem rico (Lc 18, 15-30).

 

Em Betânia – Jesus chegou a Betânia na sexta-feira (Jo 12,1), dia 31 de março do ano 30, e foi jantar na casa de seu amigo Lázaro (que havia revivido) e das irmãs Marta e Maria. Betânia era uma aldeia a Leste do monte das Oliveiras, a cerca de três quilômetros de Jerusalém. Nesta noite, Maria lavou os pés de Jesus com um perfume caro e os enxugou com os cabelos; foi repreendida por Judas Iscariotes. Nesta mesma noite, Jesus fez (pela terceira vez) a predição de sua Paixão, recebeu o pedido dos filhos de Zebedeu e contou a parábola das minas e dos talentos.

 

Sábado – 1º de abril – No sábado, Jesus e seus discípulos seguiram de Betânia para Jerusalém. Quando passavam por Betfagé, perto do Monte das Oliveiras, Jesus pediu que dois discípulos fossem ao povoado e trouxessem um jumentinho que estava amarrado. Montado no jumentinho, Jesus fez a entrada triunfal em Jerusalém, aclamado pelo povo, que o saudava com ramos. Neste mesmo sábado, Jesus visitou o Templo, expulsando os vendedores, derrubando as mesas e cadeiras dos cambistas. Voltou para Betânia, onde passou a noite (Mt, 21,17). No domingo (2 de abril), Jesus descansou. Em uma de suas caminhadas, encontrou uma figueira estéril e proclamou o ensinamento sobre a fé (Mt 21,18).

 

3 e 4 de abril – Na segunda e terça-feira, Jesus voltou a Jerusalém. No Templo, foi interrogado pelos fariseus sobre a sua missão, sobre a sua autoridade (Mt 21,23) e sobre o tributo a César (Mt 22,15). Conversando com os discípulos, Jesus contou as parábolas dos dois filhos (Mt 21,28) e dos vinhateiros (Mt 21,33) e apresentou a oferta da viúva pobre (Mc 12,41). Ao sair, mostrou a grandiosa obra do Templo, fazendo um discurso (conhecido como Apocalipse sinótico) sobre a sua destruição, a grande tribulação e a vigília (Mt 24). A quarta-feira (5 de abril) foi marcada pela traição de Judas (Mt 26,14; Lc 22,1).

 

Quinta-feira – O dia 6 de abril começou com a preparação para a Páscoa (Mt 26,17). Os discípulos foram até a cidade e prepararam a Páscoa na casa de um conhecido deles. Ao cair da tarde, Jesus se reuniu com os doze apóstolos e, enquanto comiam, anunciou que seria traído. Judas deixou o cenáculo (Mt 26,20). Em seguida, Jesus lavou os pés dos apóstolos (Jo 13,1), instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio (Mt 26,28), entregou o novo mandamento (Jo 13,33), predisse as negações de Pedro (Mt 26,31) e fez o sermão da despedida (Jo 14,16). Em seguida, Jesus e os apóstolos saíram do Cenáculo, deixando a cidade, em direção a Betânia, até um horto chamado Getsêmani. Ali Jesus agonizou, enquanto os apóstolos dormiam (Mt 26,36).

 

Sexta-feira, 7 de abril – De madrugada, no Getsêmani, Jesus foi preso e conduzido ao palácio de Caifás (Sumo Sacerdote). Em seguida, Jesus foi conduzido ao Sinédrio (tribunal religioso judaico, composto de 71 membros), onde os escribas e anciãos estavam reunidos. Pedro negou conhecer Jesus (Mt 26,47). Na manhã, como o Sinédrio não tinha o poder de condenar as pessoas, levaram Jesus para Pilatos (governador da Judéia, representante do Império Romano), pedindo a sua condenação à morte.

 

Indecisão – Pilatos interrogou Jesus e não encontrou nenhuma causa de condenação. Sabendo que Jesus era galileu, Pilatos encaminhou-o para Herodes Antipas, que se encontrava na cidade. Herodes também, não encontrou nenhuma causa para condenação de Jesus (Lc 23,6). Novamente foi levado para Pilatos que, lavou as mãos, condenando Jesus e soltando Barrabás. Jesus recebeu uma coroa de espinhos e foi condenado à crucificação, caminhando até um lugar chamado Gólgota.

 

Crucificação – Ao meio-dia do dia 7 de abril do ano 30, Jesus foi crucificado ao lado de dois ladrões: Dimas e Gestas (Lc 23,23). Em sua cruz foi escrita a causa da condenação (INRI): “Yehoshuah Nazoreus, Rex Youdeus” (Jesus Nazareno, rei dos Judeus). Jesus morreu às 3 horas da tarde (Mt 27,45) e, antes do pôr do sol, foi sepultado por José de Arimatéia (Mt 27,57). No sábado (8 de abril) nada acontece, pois era o dia de Páscoa dos Judeus.

 

Domingo – No domingo, 9 de abril do ano 30, Maria Madalena (e outras pessoas) foram ao túmulo de Jesus e encontraram a pedra rolada. Voltaram e contaram para os apóstolos. Pedro e João foram ao túmulo e encontraram apenas faixas e panos (Jo 20). No mesmo dia Jesus apareceu para os apóstolos (sem Tomé) e para os discípulos de Emaús (Lc 24,13).

segunda-feira, 18 de março de 2024

São Longuinho: o soldado que perfurou Jesus com a lança

  


Estamos na Quaresma e daqui a duas semanas faremos a leitura da Paixão de Cristo. Todos os cristãos devem se lembrar que, ao retirar o corpo de Jesus da cruz, um soldado perfurou Jesus com uma lança e sangue e água verteram do seu lado (Jo 19, 34). Vamos detalhar o que aconteceu.

 Via Crucis – Após a condenação de Jesus à morte, por crucificação (na Fortaleza Antônia), foi designado um soldado (centurião), chamado Longinus, para comandar a caminhada dos três condenados até o local da crucificação (monte Gólgota ou Calvário).

 Após a morte – Como era uma tarde de sexta-feira, véspera da Páscoa, os judeus pediram a Pilatos para que mandasse quebrar as pernas dos crucificados. Desta forma, a morte seria mais rápida e eles poderiam ser tirados da cruz antes do sábado. Os soldados quebraram as pernas dos dois ladrões, mas, chegando a Jesus, viram que estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas; entretanto, para comprovar o óbito, um soldado golpeou-o o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água (Jo 19,31-34). Este soldado é identificado com Longinus.

 Cura – A Tradição diz que essa água que saiu do lado de Cristo, respingou em Longinus e ele ficou curado de um problema que tinha nos olhos. Longinus também é identificado como o soldado que reconheceu Jesus como "Verdadeiramente este homem era Filho de Deus", logo após a morte do Mestre. Ele é citado pelos evangelistas São Mateus 27,54, São Lucas 23,47 e São Marcos 15,39.

 Conversão – Tocado pela graça de Deus, ele se converteu, passou a acreditar em Jesus, e abandonou o exército romano. São Longuinho é uma prova do poder do amor e da misericórdia de Deus. Jesus mudou a vida de um soldado que o matava.

 Perseguido – Após abandonar o exército romano por causa de sua conversão, Longinus fugiu para Cesárea e Capadócia (hoje Turquia). Mas foi descoberto pelo Governador da Capadócia e denunciado a Pôncio Pilatos. No processo, foi acusado de desertor e condenado a pena de morte. Se ele renunciasse à sua fé em Jesus Cristo seria perdoado. Mas ele se manteve firme e não renegou Jesus Cristo. Por isso, foi torturado, teve seus dentes arrancados e sua língua cortada. Depois, foi decapitado. O soldado que ajudara a crucificação e morte de Jesus, tempos depois dava sua vida por causa do mesmo Senhor.

 Lendas – Conta-se que Longinus era um soldado de baixa estatura que servia na alta corte de Roma antes de ser destacado para servir na Palestina. Servindo na corte de Roma, ele vivia nas festas dos romanos. Por causa de sua baixa estatura, ele conseguia ver tudo o que se passava por baixo das mesas. Com isso ele achava vários pertences das pessoas e sempre devolvia os achados para seus donos. Daí surgiu sua fama de bom soldado e de sempre encontrar coisas perdidas.

 Canonização – Longinus foi canonizado pelo Papa Silvestre II, quase mil anos depois, no ano de 999. O processo de canonização já tinha caminhado bastante conforme os trâmites exigidos pela Igreja. Porém, vários documentos que faziam parte do processo, ficaram perdidos ao longo de anos. Então, o Papa pediu a intercessão do próprio Longinus para que o ajudasse a encontrar os documentos perdidos. E aconteceu que, pouco tempo depois, os documentos foram encontrados e a canonização aconteceu conforme a lei da Igreja manda que seja.

 De Longinus para São Longuinho – Por causa da fama do soldado Longinus, espalhou-se a devoção de se rezar para São Longuinho pedindo para ele ajudar a encontrar objetos perdidos. No Brasil há uma crença popular de que São Longuinho auxilia a encontrar objetos perdidos. É só repetir: “São Longuinho, São Longuinho, se eu achar (nome do objeto perdido) dou três pulinhos. Quando a pessoa encontra o objeto precisa cumprir a promessa em devoção ao santo. O importante é a fé e o belíssimo testemunho de vida de São Longuinho. Sua festa é comemorada no dia 15 de março.

 Quer saber mais? – O Evangelho apócrifo de Nicodemus apresenta vários detalhes sobre a crucificação. Se você se interessa pelo assunto, solicite pelo E-mail.

domingo, 10 de março de 2024

Qual a distância que Jesus carregou a cruz?

 


Na leitura da Paixão de Cristo, todos os cristãos ficam impressionados com o sofrimento de Jesus ao carregar a cruz. Vamos detalhar o que aconteceu.

 Condenação – Jesus foi condenado à morte por crucificação pelo Tribunal Romano, na Fortaleza Antônia, próxima ao Templo. Para iniciar a caminhada até o monte Gólgota (ou monte Calvário), a chamada “Via Crucis”, os três condenados (Jesus e os dois ladrões) foram preparados para carregar as cruzes.

 A cruz – A Cruz é um antigo instrumento bárbaro de suplício, usado por vários povos para executar os condenados a morte. Era constituída de duas partes: uma haste vertical de aproximadamente 3,5 metros de comprimento, denominada “estipe”, que era cravada a um metro de profundidade no local da crucificação. A parte horizontal da cruz, uma haste chamada “patíbulo”, tinha cerca de 2,20 metros de comprimento e pesava aproximadamente 35 quilos. Os condenados transportavam somente o patíbulo nas costas, o que causava graves ferimentos na nuca, e os estipes ficavam fixadas no monte Calvário, aguardando a chegada dos condenados. Portanto, não são reais as representações artísticas de Jesus carregando as duas partes da cruz (estipe e patíbulo).

 Crucificação – Chegando no monte Calvário, colocavam o "patíbulo" no chão e deitavam o réu sobre ele, fixando os seus pulsos. A seguir, com forquilhas de madeira, levantavam o patíbulo (com o crucificado), fixando-o no estipe. Cabe lembrar que nenhum dos quatro Evangelhos menciona que Jesus tenha sido fixado na cruz com pregos (ou cravos). O mais comum no Império Romano era amarrar os pés e as mãos do crucificado com cordas. A indicação de que Jesus teria sido pregado na cruz vem da descrição da aparição de Jesus aos apóstolos (Jo 20,25), quando se fala em sinais deixados pelos pregos.

 Tipos de cruzes – Havia vários tipos de cruzes para a crucificação. A mais usada era a “cruz comissa” (crux commissa), em que o patíbulo era colocado sobre o estipe, formando um “T”. Na crucificação de Jesus foi usada a cruz imissa (crux immissa), em que uma parte do estipe fica acima do patíbulo, onde havia espaço para uma inscrição (Mt 27.37).

 Via crucis A cidade de Jerusalém foi destruída durante a Guerra Judaica (66 a 73 d.C.). Na atualidade, é muito difícil estabelecer um trajeto preciso, por onde Jesus passou com a cruz, até o monte Calvário. O traçado das ruas é bastante diferente da época da ocupação Romana de Jerusalém. Se considerarmos que Jesus saiu da Fortaleza Antônia, passou pelo portão de Damasco para chegar ao Calvário, hoje, a distância seria de 595 metros. Alguns autores fixam esta distância, no tempo de Jesus, entre 500 e 600 metros.

 Não é bem assim – Mas Jesus não carregou a cruz em todo o percurso. De acordo com os Evangelhos Sinóticos, Simão de Cirene foi obrigado pelos soldados romanos a carregar a cruz de Jesus Cristo até o Gólgota (Mt 27, 32; Mc 15, 22; Lc 23, 26). O Evangelho de João nega o episódio, dando ênfase à ideia de que Jesus teria carregado a cruz sozinho até o monte. De acordo com os evangelistas Marcos e Lucas, Simão era oriundo de Cirene, cidade do Norte de África (atual Líbia), distante 1.200 km de Jerusalém. Simão era pai de Alexandre e Rufo (Marcos 15, 21), sendo representado como um negro ao ser identificado com o Simão de At 13,1. Rufo teria seguido os apóstolos, sendo citado por Paulo em Rom 16,13. Alexandre teria repudiado a pregação do Evangelho (1Tim 1,19-20; 2Tim 4,14).

 Quantos metros? – Como não sabemos em que ponto do trajeto houve o encontro com Simão, vamos supor que Jesus carregou a cruz até o portão de Damasco. Neste local, onde havia uma maior concentração de pessoas, Jesus caiu pela segunda vez, fazendo parar o cortejo. Neste ponto, os soldados convocaram a ajuda de Simão (Cirineu). Com esta suposição, Jesus teria carregado a cruz entre 400 e 450 metros, deixando o restante do percurso até o Calvário (150 a 200 metros) para Simão.

 QUER SABER MAIS – Se você gostou do assunto e quer saber mais, podemos lhe oferecer mapas da cidade de Jerusalém no tempo de Jesus, com os possíveis trajetos da “Via Crucis”. Solicite por E-mail.

Dez ou doze Mandamentos?

 


Na missa deste domingo será lido o livro do Êxodo que apresenta os Dez Mandamentos. Vamos ver como surgiram:

 Não foi bem assim – A Bíblia narra que Moisés recebeu os Dez Mandamentos no Monte Sinai e depois os entregou ao povo numa solene cerimônia. Mas, se os analisamos cuidadosamente, vemos que, na realidade, eles parecem não corresponder à época de Moisés, época de peregrinação pelo deserto e de vida nômade.

 Fora de época – Que sentido tem, por exemplo, proibir de desejar a “casa” do próximo, quando eles, como peregrinos, ainda não habitavam em casas, mas sim em tendas? Somente na Terra Prometida é que edificaram casas. O mandamento de não levantar falso testemunho supõe que já existissem tribunais, juízes e processos legais, coisa impossível durante a travessia do deserto. E quando se ordena descansar no sábado, se declara: “não trabalharás nem tu, nem teu escravo, nem tua escrava”; mas, como poderiam ter escravos, se todos eles eram escravos recém-saídos do Egito?

 Posterior – Isso fez os biblistas pensarem que os dez mandamentos pertenceriam mais apropriadamente a uma época posterior à de Moisés, quando o povo já estava instalado em Canaã, organizado com normas morais e jurídicas adequadas a uma época mais moderna. Foi provavelmente elaborada na época dos juízes, cerca de 1100 a.C., cento e cinquenta anos depois da morte de Moisés. Com o tempo, essa lista assumiu tanta importância entre os hebreus que começaram a atribuí-la a Moisés.

 Dez ou doze? – A Bíblia ensina claramente que os mandamentos são dez (Dt 4,13; 10,4), mas quando os contamos, aparecem doze: 1. Não terás outros deuses além de mim (Êx 20,3); 2. Não farás para ti ídolos, nem figura alguma (v. 4); 3. Não te prostrarás diante deles, nem lhes prestarás culto (v. 5); 4. Não pronunciarás o nome de Deus em vão (v. 7); 5. Lembra-te de santificar o dia do sábado (v. 8); 6. Honra teu pai e tua mãe (v. 12); 7. Não matarás (v. 13); 8. Não cometerás adultério (v. 14); 9. Não furtarás (v. 15); 10. Não levantarás falso testemunho contra o próximo (v. 16); 11. Não cobiçarás a casa de teu próximo (v. 17a); 12. Não cobiçarás a mulher de teu próximo (v.17b).

 Catecismo – A partir do século XVI, quando começaram a ser divulgados os catecismos populares, viu-se a necessidade de fazer as pessoas memorizarem os dez mandamentos como exame de consciência para a confissão e como incentivo para a vida espiritual. A Igreja, pois, resolveu elaborar um novo Decálogo para o catecismo, melhorando-o com aquilo que Cristo tinha superado do Antigo Testamento, da mesma forma que tinham sido supressos da vida cristã os sacrifícios de animais do Antigo

 Nova lista – Na nova lista suprimiu-se do primeiro mandamento o “não terás outros deuses...” e foi formulado de modo mais positivo e mais perfeito: “Amar a Deus sobre todas as coisas”. O segundo, o das imagens, foi eliminado, pois seu significado era o mesmo que o do anterior: não cair no culto de coisas que substituem a Deus. Seu lugar foi ocupado pelo mandamento que seguia, o de não tomar o nome de Deus em vão. Do terceiro, santificar um dia da semana em memória do Senhor, só foi modificado o dia. Em vez do sábado impôs-se o domingo, por causa da ressurreição de Cristo. O sexto proibia o adultério, ou seja, tomar uma mulher casada. Mas não estava proibido unir-se a qualquer mulher solteira. A Igreja o converteu em proibição mais profunda e exigente de “não fornicar”, ou seja, proibiu a relação com qualquer mulher que não fosse sua própria esposa. O sétimo, “não roubarás”, que na linguagem bíblica referia-se ao seqüestro de uma pessoa, converteu-se no mais genérico de “não furtar”, que incluía todo tipo de propriedade. O oitavo aludia exclusivamente a não levantar falso testemunho nos julgamentos. Por isso se lhe acrescentou “nem mentir”, para adaptá-lo a qualquer outra circunstância da vida. Finalmente, o décimo, que ordenava não desejar a mulher nem aos demais pertences do próximo, foi desdobrado em dois: o nono, referido em primeiro lugar e somente à mulher e o décimo sobre os demais bens do homem.

 QUER SABER MAIS? – Se você gostou do assunto e quer saber mais, podemos lhe oferecer um texto “Os doze Mandamentos” (10 páginas) escrito pelo teólogo “Ariel Álvarez Valdés”. Solicite pelo E-mail.