sábado, 14 de setembro de 2002

Os Apóstolos de Cristo – Introdução

Iniciaremos hoje uma série de textos sobre os apóstolos que acompanharam Jesus durante os 30 meses de sua pregação na terra.  Eles foram os homens que sentiram de perto todas as emoções de conviver com Deus.  Tocaram em Jesus, testemunharam curas e milagres, ouviram ensinamentos e parábolas, viram Jesus rir, chorar, emocionar-se, repreender, gritar, responder aos incrédulos, sofrer injúrias, morrer e ressuscitar.


Apóstolo – A palavra apóstolo significa enviado ou, segundo a tradição judaica, o que tem a mesma missão de quem o envia (Mt 10,40). O Novo Testamento relaciona por quatro vezes os nomes dos 12 Apóstolos: no Evangelho de Mateus (Mt 10,2-4), de Marcos (Mc 3,16-19), de Lucas (Lc 6,14-16) e no livro dos Atos dos Apóstolos (At 1,13).  O número 12 corresponde ao das doze tribos de Israel (Mt 19,28).


Os doze – Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, a quem chamavam Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o coletor de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o zelote, e Judas Iscariotes, o traidor (Mt 10,2).


A ordem dos nomes – As quatro listas de nomes de apóstolos diferem, sobretudo, na ordem dos três nomes que seguem o de Pedro. Mt e Lc referem, sem dúvida, a ordem primitiva; Mc antepõe a André os filhos de Zebedeu, que formam com Pedro um trio privilegiado. O livro dos Atos dos Apóstolos coloca João à frente de Tiago, imediatamente depois de Pedro, decerto por causa da sua posição importante na Igreja primitiva.


Objetivos dos Apóstolos – A mensagem dos Apóstolos era o Evangelho ou Boa Nova. Eles levavam a notícia da crucificação e da ressurreição de Jesus a todos os seus ouvintes e discípulos. Os Apóstolos originais viajaram de Jerusalém para toda a Palestina, e muitos de seus ouvintes se tornaram discípulos. Depois disto muitos Apóstolos seguiram rumo a outras sinagogas para transmitir a mensagem divina de Jesus a todos de Israel e aos gentios.  Eles escolhiam, em todas as comunidades, alguns discípulos para assumirem o papel de líderes de congregações (sucessores dos Apóstolos).

 


O mais próximos de Jesus – Havia três (ou quatro) discípulos mais próximos de Jesus (Pedro, Tiago, João e, às vezes, André) que recebiam primeiramente os ensinamentos.  No anúncio da ruína do templo, os quatro discípulos “à parte, perguntavam-lhe” (Mc 13, 3), ou “os discípulos adiantaram-se a ele, à parte, e lhe disseram” (Mt 24, 3).  No Getsêmani “ele leva consigo Pedro, Tiago e João” (Mc 14, 33); na transfiguração “Jesus toma consigo Pedro, Tiago e João, e os leva a sós, à parte, ao cimo de uma alta montanha” (Mc 9, 2).  O mesmo ocorre na cura da filha de Jairo (Mc 5,37). A Bíblia Tradução Ecumênica chega a afirmar que todo ensinamento era ministrado privadamente a esses quatro discípulos privilegiados, que retransmitiam aos outros.


Discípulos – Os discípulos eram os escolhidos pelos Apóstolos como coordenadores (líderes) das comunidades cristãs.  Confira em At 1,21-26 e At 6,2-7 a escolhe desses líderes.  Os discípulos mais conhecidos são: Barnabé (escolhido por Paulo), Estevão (da comunidade de Jerusalém), Timóteo (Paulo), Felipe (Samaria), o centurião Cornélio (Cesaréia), Silas, Matias e os evangelistas Marcos e Lucas.

 


E a história dos Apóstolos?


            Na próxima semana nós vamos começar a contar detalhes sobre a vida de cada um dos Apóstolos de Cristo.

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