sábado, 21 de dezembro de 2002

A lenda do Bom Velhinho

25 de dezembro – Mesmo antes do nascimento de Cristo, exatamente no dia 25 de dezembro, já existia o costume de trocar presentes. Os povos que celebravam a data (celtas e babilônios) sabiam que o dia marcava o início da volta da fertilidade, pois o inverno iria ficando menos rigoroso até chegar a primavera e depois, o verão. Assim, eles se reuniam para homenagear o Sol, numa celebração que resistiu ao tempo. Posteriormente, a data foi adotada pela Igreja para marcar a comemoração dos aniversários de Jesus. O significado mudou, mas o costume de trocar de presentes permaneceu.

Papai Noel – Até então, o Papai Noel não existia. As pessoas simplesmente presenteavam-se umas às outras. Mais tarde, entretanto, resolveram escolher um santo para ser patrono da data. O eleito foi São Nicolau, que viveu no século 4 e havia sido bispo de uma cidade onde hoje é a Turquia. Como tinha fama de generoso, logo imaginaram que não havia ninguém melhor para ser responsável pelo 25 de dezembro. Afinal, se era dia de ganhar presentes, nada mais justo que o patrono ter sido uma pessoa que gostava de distribuí-los!

Presentes – A lenda começou então a se espalhar. Todo Natal, São Nicolau surgia para presentear a todos, adultos e crianças, sem distinção. Mais tarde, as crianças passaram a ser as únicas beneficiadas. Foi quando a essa lenda misturou-se outra vinda da Escandinávia - a região que engloba os atuais países da Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca. Lá, existia a história de um feiticeiro que vivia no gelo e punia as crianças levadas e presenteava as que se comportavam bem. Como o tempo acaba confundindo as pessoas, misturando significados e apagando lendas, o feiticeiro logo se juntou com o santo e dessa mistura surgiu o Papai Noel. Desde então, ele aparece todo Natal trazendo presentes, vestindo sua roupa vermelha e calorenta, pois a lenda veio de países onde faz muito frio.

São Nicolau – São Nicolau é um santo especialmente querido pelos cristãos ortodoxos e, em particular, pelos russos. Quando jovem, viajava muito, tendo conhecido a Palestina e Egito. Por onde passava ficava na lembrança das pessoas devido a sua bondade e o costume de dar presentes às crianças necessitadas. Conta-se que o primeiro presente que Nicolau deu foram moedas de ouro entregues a três meninas pobres. Quando voltou a sua cidade natal, Patara, na província de Lícia, Ásia Menor, São Nicolau foi declarado bispo da cidade de Mira.

O Santo – Nicolau nasceu no ano 275 na Ásia Menor. Tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde com amor evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam. Sagrado bispo de Mira, Nicolau conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração e carisma de milagres. Com o tempo, foi ganhando fama de fazedor de milagres e a devoção a ele estendeu-se a todas as regiões da Europa, tornando-o o padroeiro da Rússia, da Grécia, das associações de caridade, das crianças, marinheiros, garotas solteiras, comerciantes e também de algumas cidades como Friburgo e Moscou.


Perseguição – Historiadores relatam que, ao ser preso por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado a morte, mas, felizmente, se salvou em 313, pois foi publicado o edito de Milão, que concedia a liberdade religiosa. São Nicolau participou do Concilio de Nicéia, ocasião em que Jesus foi declarado consubstancial ao Pai. Morreu em 342 e é comemorado aos 6 de dezembro.

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