sábado, 24 de novembro de 2012

“Tu és Rei?”

O Evangelho da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 18,33-37), Rei do Universo, apresenta-nos uma cena do processo de Jesus diante de Poncio Pilatos, o governador romano da Judéia. Estamos na manhã do dia 7 de abril do ano 30. Naquela sexta-feira, Jesus já havia sido preso, levado à casa de Anás, julgado pelo Sinédrio e agora estava diante de Pilatos. Cabe lembrar que o Sumo Sacerdote era Caifás; Anás, sogro de Caifás, apesar de ter deixado o cargo de Sumo Sacerdote, continuava a ser um personagem muito influente e foi ele, provavelmente, quem liderou o processo contra Jesus. 

Pilatos – Poncio Pilatos, o interlocutor romano de Jesus, governou a Judéia e a Samaria entre os anos 26 e 36. As informações do historiador Flávio Josefo e de Fílon o descrevem como um governante duro e violento, obstinado e áspero, culpado de ordenar execuções de opositores sem um processo legal. As queixas de crueldade apresentadas contra ele pelos samaritanos, no ano 35, levaram Vitélio, o representante romano na Síria, a tomar a decisão de enviá-lo a Roma, para se explicar diante do imperador. Pilatos foi deposto do seu cargo de governador da Judéia no ano 36.  

Rei? – O interrogatório de Jesus começa com uma pergunta direta de Pilatos: “Tu és o Rei dos judeus?”. Essa interrogação já revela qual era a acusação apresentada pelas autoridades judaicas contra Jesus: a de que Ele tinha pretensões de ser o Salvador prometido, que pretendia restaurar o reino de David e libertar Israel dos opressores. Esse tipo de acusação fazia de Jesus um agitador político, empenhado em mudar o mundo pela força, pelo poder das armas. Esta acusação tem fundamento? Jesus aceita-a? 

Messias – A resposta de Jesus coloca as coisas nos devidos lugares. Ele assume-se como o Messias que Israel esperava e confirma, claramente, a sua qualidade de rei; no entanto, descarta qualquer semelhança com os reis que Pilatos conhece. Os reis deste mundo apóiam-se na força das armas e impõem aos outros homens o seu domínio e a sua autoridade; a sua realeza baseia-se na prepotência e na ambição e gera opressão, injustiça e sofrimento… Jesus, ao contrário, é um prisioneiro indefeso, traído pelos amigos, ridicularizado pelos líderes judaicos, abandonado pelo povo; não se impõe pela força, mas veio ao encontro dos homens para servi-los; não cultiva os próprios interesses, mas obedece em tudo à vontade de Deus, seu Pai; não está interessado em afirmar o seu poder, mas em amar os homens até ao dom da própria vida… A sua realeza é de outra ordem, da ordem de Deus. 

Testemunho – A realeza de que Jesus Se considera investido por Deus consiste em “dar testemunho da verdade”. Para o autor do Quarto Evangelho, a “verdade” é a realidade de Deus. Essa “verdade” manifesta-se nos gestos de Jesus, nas suas palavras, nas suas atitudes e, de forma especial, no seu amor vivido até ao extremo, com a doação da vida.  

Verdade – A “verdade” (isto é, a realidade de Deus) é o amor incondicional e sem medida que Deus derrama sobre o homem, a fim de fazê-lo chegar à vida verdadeira e definitiva. Essa “verdade” opõe-se à “mentira”, que é o egoísmo, o pecado, a opressão, a injustiça, tudo aquilo que desfigura a vida do homem e o impede de alcançar a vida plena. A “realeza” de Jesus concretiza-se, por um lado, na luta contra o egoísmo e o pecado que escravizam o homem e que o impedem de ser livre e feliz; por outro lado, a realeza de Jesus se realiza na proposta de uma vida feita amor e entrega a Deus e aos irmãos. Esta meta não se alcança pela lógica do poder e da força, mas pelo amor, pela partilha, pelo serviço simples e humilde em favor dos irmãos. É esse “reino” que Jesus veio propor; é a esse “reino” que Ele preside. 

Renúncia – A proposta de Jesus provoca uma resposta livre do homem. Quem escuta a voz de Jesus adere ao seu projeto e se compromete a segui-lO, renuncia ao egoísmo e ao pecado e faz da sua vida um dom de amor a Deus e aos irmãos. Passa, então, a integrar a comunidade do “Reino de Deus”.

domingo, 18 de novembro de 2012

“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”


Estamos no penúltimo domingo do Ano Litúrgico. A Liturgia nos fala do fim do mundo e da sua história. É um convite à ESPERANÇA: O Deus Libertador vai mudar a noite do mundo numa aurora de vida sem fim. As Leituras bíblicas, numa linguagem apocalíptica, nos estimulam a descobrir, os sinais desse mundo novo, que está nascendo das cinzas do reino do mal. 

Linguagem apocalíptica – o estilo do texto é um modo alternativo de falar, bem compreendido pelo povo de então: usa imagens fortes e misteriosas, cheias de elementos simbólicos, mas o importante não são as imagens e sim o conteúdo que querem revelar; não pretende adivinhar o futuro, mas falar da realidade do povo; não pretende assustar, mas animar o povo em momentos difíceis. 

Apocalipse de Daniel – Na  1ª leitura, encontramos o Apocalipse de Daniel (Dn 12,1-3). O Povo judeu se encontrava oprimido sob a dominação dos gregos. Muitos judeus, apavorados pela perseguição, abandonavam até a fé… Deus enviou o seu anjo Miguel como defensor dos que se mantiveram fiéis no caminho de Deus. O objetivo deste livro era animar o povo a resistir diante dos opressores e lembrar que a vitória final será dos justos que perseverarem fiéis... É a primeira profissão de fé na RESSURREIÇÃO, que se encontra na Bíblia. Esse texto está em conexão com o evangelho, que nos fala da segunda vinda de Cristo e prefigura a vinda de Cristo libertador.  

Apocalipse de Marcos – No trecho do Evangelho, (Mc 13, 24-32), na época em que foi escrito por Marcos, as comunidades cristãs estavam agitadas e assustadas por causa de guerras e calamidades, como a destruição do templo, no ano 70 d.C. Para tranquilizar os cristãos, o autor também usa a linguagem apocalíptica, descrevendo a catástrofe do Sol e das estrelas e o aparecimento do Filho do Homem sobre as nuvens para julgar os bons e os maus. Esse "Discurso escatológico" de Cristo é o último antes da Paixão. Jesus anuncia a destruição de Jerusalém e o começo de uma nova era, com a sua vinda gloriosa após a ressurreição. 

Fim do mundo? – Não é uma reportagem, mas uma CATEQUESE sobre o fim dos tempos. A intenção não era assustar, mas conduzir a comunidade a discernir os fatos catastróficos e o futuro da comunidade cristã dentro da História. Não deviam dar ouvidos a pessoas que anunciavam o fim do mundo, pelo contrário, precisavam entender como o início de um mundo novo, vendo nos sofrimentos sinais de vida: como dores de parto, que prenunciavam o nascimento de uma nova vida… 

Quando vai acontecer isso? – A resposta para a ocasião em que os fatos ocorrerão é dada através da imagem da figueira: quando começa a brotar, o agricultor sabe que está chegando o verão e se alegra porque se aproxima a época da colheita. Quanto ao dia e hora, só o Pai sabe, mais ninguém... Para nós, o mais importante não é saber quando isso irá acontecer, mas sim estar vigilantes e preparados para ele. 

E as sombras que vemos no Mundo de hoje? – O desabamento de tantas certezas, que julgávamos indestrutíveis, o desaparecimento de pessoas que julgávamos insubstituíveis, o abandono de certas práticas religiosas que pareciam indispensáveis, o esquecimento de tantos valores éticos e morais que tanto apreciamos... O abandono da fé de tantas pessoas, que julgávamos fervorosas... A violência, a corrupção, a opressão andam soltas...   Como devemos ver tudo isso? Será o fim do mundo? 

Mundo novo – A Palavra de Deus reafirma que Deus não abandona a humanidade e está determinado a transformar o mundo velho do egoísmo e do pecado num mundo novo, de vida e de felicidade para todos os homens. A humanidade não caminha para a destruição, para o nada: caminha ao encontro da vida plena, ao encontro de um mundo novo. Nós cristãos devemos ver a vida presente em estado de gestação, como germe de uma vida, cuja plenitude final só alcançaremos em Deus. Esse mundo sonhado por Deus é uma realidade escatológica.

Novo dia – Desde já um novo dia está surgindo, por isso, devemos ser para os nossos contemporâneos sinais de esperança dessa realidade: gente de fé, com uma visão otimista da vida e da história, que caminha, alegre e confiante, ao encontro desse mundo novo que D eus nos prometeu. O Senhor não nos abandona em nossa caminhada: Ele vem sempre ao nosso encontro para nos indicar o caminho. Da nossa parte, devemos estar atentos aos sinais de Deus, confiantes nas palavras de Cristo, que nos garante: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão".

domingo, 11 de novembro de 2012

Pagar para ter acesso a Deus?

O Evangelho deste domingo nos conta que Jesus está em Jerusalém, em seus últimos dias de pregação. É segunda ou terça-feira, dia 3 ou 4 de abril do ano 30. Na sexta-feira seguinte (dia 7 de abril) Jesus será preso, condenado, crucificado e morrerá na cruz. No domingo (dia 8 de abril) ressuscitará. 

Os doutores da Lei e a viúva – Jesus estava no Templo e falava ao povo: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação”. Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”. 

O que era o Templo? – O Templo de Jerusalém era o santuário do povo judeu. O primeiro templo foi construído por Salomão com grande ostentação (950 a.C.). Destruído pelos babilônios (587 a.C.), foi modestamente reconstruído (515 a.C.) pelos judeus que voltaram do cativeiro. Mais tarde, o rei Herodes, como favor romano, iniciou a sua reconstrução grandiosa, que decorreu no tempo de Jesus, terminando por volta do ano 64, para ser destruído pelos Romanos em 70. 

Administradores – Na época de Jesus, os escribas podiam servir como administradores dos bens das viúvas.  Muitas vezes, cobravam uma parte dos bens como pagamento – e um escriba com fama de piedade tinha muitas possibilidades de ganhar clientes!   

Ofertas – Havia, no Templo de Jerusalém, desde sua construção por Salomão, uma sala chamada Tesouro ou "Gazofilácio", onde guardavam as grandes riquezas acumuladas. Esta sala tinha algumas pequenas aberturas externas, as "caixas de ofertas", por onde eram depositadas as oferendas dos fiéis. A fala de Jesus sobre o gesto da viúva está em continuidade à sua denúncia sobre o Templo, usado como instrumento de comércio e enriquecimento.  

Partilha – A pobre viúva, como as multidões de empobrecidos que faziam sua peregrinação religiosa a Jerusalém, sacrificava-se tirando o necessário para viver, sendo assim explorada por aqueles que usufruíam das riquezas acumuladas no Tesouro do Templo. Com a opção fundamental pelo serviço, Jesus nos inspira à prática amorosa da partilha e da solidariedade, na construção do mundo novo possível. 

Madre Teresa – A seguir é apresentado o texto “Um Caminho muito Simples” escrito por Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade: 

Dar – “É preciso dar alguma coisa que vos custe. Não basta dar apenas aquilo que não precisais, mas também aquilo de que não podeis nem quereis privar-vos, coisas às quais estais apegados. O nosso dom tornar-se-á, então, um sacrifício que terá valor aos olhos de Deus… É aquilo a que chamo o amor em ação. Todos os dias, vejo crescer este amor, tanto nas crianças, como nos homens e nas mulheres”. 

Mendigo – “Um dia, descia a rua; um mendigo veio ter comigo e disse-me: ‘Madre Teresa, toda a gente te dá presentes; também eu quero dar-te qualquer coisa. Hoje, só recebi vinte e nove centavos em todo o dia e quero dar para a senhora’. Refleti um momento: se aceito estes vinte e nove centavos (que, praticamente, nada valem), ele corre o risco de nada ter para comer esta noite e se não os aceito, faço-o sofrer. Então, estendi as mãos e aceitei o dinheiro. Nunca vi tanta alegria num rosto como naquele homem, tão feliz por ter podido dar alguma coisa a Madre Teresa! Era um sacrifício enorme para ele, que tinha mendigado todo o dia, ao Sol, esta soma irrisória que para nada servia. Mas, ao mesmo tempo, era maravilhoso, pois estas moedinhas a que ele renunciava tornavam-se numa fortuna, uma vez que eram dadas com tanto amor”.

domingo, 4 de novembro de 2012

O ESPIRITISMO E A COMUNHÃO DOS SANTOS


Muitas pessoas perguntam a razão dos Católicos pedirem ajuda aos santos (em vez de recorrer a Cristo), como se eles pudessem nos salvar. Recorremos às explicações do Padre João Augusto Anchieta Amazonas Mac Dowell, S.J., Doutor em Filosofia e Teologia pela PUC (RJ) e atual Professor Titular do Departamento de Filosofia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) em Belo Horizonte. 

Graça – É claro que só Cristo nos salva, como ensina a Bíblia. Mas, também para a Igreja católica, não são os santos que nos concedem as graças que pedimos a eles. Por isso dizemos: Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores. Quando reza aos santos e santas a Igreja usa sempre a fórmula: rogai por nós. Quer dizer: pede que eles roguem por nós a Deus, para que ele nos conceda a graça que precisamos. Ao contrário, quando se dirige a Cristo, a Igreja diz: Senhor, tende piedade de nós, como fez o cego do Evangelho; porque Cristo, o Filho de Deus, recebeu do Pai o poder de dar a vida e a salvação a toda a humanidade. 

Orações – Portanto, quando rezamos a um santo, não o colocamos no lugar de Jesus Cristo, como se ele fosse divino e tivesse o poder de nos salvar. Pedimos só que eles orem por nós a Deus. E isso não é absolutamente contra a Bíblia. As cartas de Paulo contêm muitas preces que ele faz pelos cristãos das Igrejas que tinha fundado. Por exemplo, na carta aos fiéis de Colossos diz: "Não paramos de rezar por vós e de pedir que conheçais plenamente a sua vontade" (1,9). Na mesma carta pede também as orações deles por si e por sua missão, dizendo: "Rezai também por nós, para que Deus se digne abrir caminho para a pregação, de modo que possamos anunciar o mistério de Cristo, pelo qual estou algemado" (4,3). 

Intercessão – Estes exemplos mostram que é próprio dos cristãos rezar uns pelos outros e pedir as orações, sobretudo daqueles que estão mais perto de Deus pela sua vida santa. De fato, o apóstolo Tiago diz na sua carta: "Orai uns pelos outros para serdes curados. É de grande poder a oração assídua do justo" (5,16). E cita o caso de Elias, que era um homem como nós, mas orou fervorosamente e obteve um milagre de Deus. Portanto, quando desejamos alcançar uma graça de Deus, podemos dirigir-nos diretamente a ele; mas também podemos pedir a outros que intercedam por nós com suas orações. 

Santos – Mas, se recorremos à intercessão de nossos irmãos e irmãs aqui na terra, com muito maior razão rezamos aos santos, para que obtenham de Deus as graças que precisamos. Durante a sua vida foram amigos de Cristo; e agora, que vivem na sua companhia, não desejam senão ajudar-nos, rogando por nós. Assim, orando aos santos, não nos esquecemos de Cristo; ao contrário, reconhecemos que é Dele que os santos recebem toda sua santidade e poder. 

Espiritismo e oração pelos mortos – Como os espíritas, os cristãos acreditam na natureza espiritual do ser humano e na sua sobrevivência depois da morte. Acreditam também que existem relações entre nós, aqui na terra, e os que já deixaram esta vida. Mas a maneira de entender a comunicação com os defuntos no espiritismo e no cristianismo é diferente. 

Comunhão – Os católicos creem na "comunhão dos santos", como dizemos no "Credo". A palavra "santos" significa aqui todos os que acreditam em Jesus Cristo e são santificados pelo Espírito Santo que receberam no batismo. A comunhão dos santos é a própria Igreja, família de Deus, formada por todos os fiéis de Cristo. Por meio da oração podemos comunicar-nos também com os que morreram em paz com Deus. Por um lado, podemos ajudar os que ainda não estão completamente purificados de seus pecados a alcançar a alegria eterna. Nossa prece, unida a de Jesus, especialmente o oferecimento da Missa, é escutada por Deus e apressa a sua purificação. Por outro, podemos também pedir a ajuda dos santos que já gozam da presença de Deus e estão prontos a interceder por nós. Eles escutam a nossa oração e obtêm do Pai comum, por meio do único mediador Jesus Cristo, as graças que pedimos. 

Comunicação – Trata-se, portanto, de uma comunicação espiritual, na base da fé, da esperança e do amor. Na medida em que estão unidos com Deus no mesmo Espírito de Jesus, os cristãos podem comunicar-se com os defuntos, desejando e fazendo o bem uns aos outros pela bondade e poder do próprio Deus.  

Espiritismo – O espiritismo, ao contrário, pretende que podemos comunicar-nos sensivelmente com os espíritos dos mortos, recebendo suas mensagens, sobretudo através de médiuns. Quem consulta os espíritos deseja quase sempre satisfazer a sua curiosidade tanto a respeito do outro mundo, como da vida aqui na terra. Quer saber, por exemplo, como está passando uma pessoa falecida ou pergunta-lhe alguma coisa sobre o seu futuro. 

Cristianismo: confiança e entrega – Esta ânsia de conhecer detalhes do próprio destino, que pertencem só a Deus, revela falta de confiança na sua providência carinhosa de Pai. Em vez de ter fé, a pessoa quer certificar-se por meio de um contato direto com o além sobre o seu futuro ou sobre a sorte de entes queridos. Por isso a Igreja condena as tentativas de comunicar-se com os espíritos dos mortos. Não é através de vozes do além nem de predições sobre o futuro, mas da entrega cheia de esperança nas mãos de Deus que encontraremos a verdadeira paz.