Na primeira leitura das missas deste domingo (At 13,14.43-52), Paulo e Barnabé chegam à Antioquia e, no sábado, pregam o Evangelho de Cristo na sinagoga. Após uma discussão com os judeus, são expulsos da cidade.
Atos
dos Apóstolos – A partir do capítulo 13, os “Atos dos Apóstolos”
apresentam o “caminho” da Igreja no mundo greco-romano. O protagonista humano
desta nova etapa será Paulo (embora sempre animado e conduzido pelo Espírito do
Senhor ressuscitado).
Missionários
–
Tudo começa quando a comunidade cristã de Antioquia da Síria, ansiosa por fazer
a Boa Nova de Jesus chegar a todos os povos, envia Barnabé e Paulo a
evangelizar. Entre 13,1 e 15,35, Lucas (o autor dos “Atos”) descreve o “envio”
dos missionários, a viagem, a evangelização de Chipre e da Ásia Menor (Perga,
Antioquia da Pisídia, Icónio, Listra, Derbe) e os problemas colocados à jovem
Igreja pela entrada maciça de gentios.
Antioquia
–
Este texto, em concreto, situa-nos na cidade de Antioquia da Pisídia, no
interior da Ásia Menor. Nos versículos anteriores, o autor dos “Atos” pôs na
boca de Paulo um longo discurso, que resume a catequese primitiva sobre Jesus e
que enquadra no plano de Deus a proposta de salvação que Jesus veio trazer (At
13,16-41). Qual será a resposta ao anúncio, quer por parte dos judeus, quer por
parte dos pagãos que escutaram a mensagem?
Duas
atitudes –
A questão central gira, portanto, à volta da reação de judeus e pagãos ao anúncio
de salvação apresentado por Paulo e Barnabé. O texto põe em confronto duas
atitudes diversas diante da proposta cristã:
Os
Judeus –
a daqueles que pensavam ter o monopólio de Deus e da verdade, mas que estavam
instalados nas suas certezas, no seu orgulho, na sua autossuficiência, nas suas
leis definidas e comodamente arrumadas e não estavam, realmente, dispostos a
“embarcar” na aventura do seguimento de Cristo;
Os
pagãos –
e a daqueles que, no desafio do Evangelho, descobriram a vida verdadeira, aceitaram
questionar-se, quiseram arriscar e responderam com alegria e entusiasmo à
proposta libertadora que Deus lhes fez por intermédio dos missionários
(pagãos).
Universal
–
A Boa Nova de Jesus é, portanto, uma proposta que é dirigida a todos os homens,
de todas as raças e nações; não se trata de uma proposta fechada, exclusivista,
destinada a um grupo de eleitos, mas de uma proposta universal, que se destina
a todos os homens, sem exceção.
Vida
nova –
O que é decisivo não é ter nascido neste ou naquele ambiente, mas é a
capacidade de se deixar desafiar pela proposta de Jesus, de acolher com
simplicidade, alegria e entusiasmo essa proposta e de partir, todos os dias,
para esse caminho onde o nosso Deus nos propõe encontrar a vida nova, a vida
verdadeira, a vida total.
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