A liturgia da Igreja
Católica interrompe neste final de semana a série dos Domingos do Tempo Comum,
para celebrar a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Essa festa litúrgica tem
destaque maior nas Igrejas do Oriente, onde é comparada com a Festa de Páscoa. Originalmente,
a sua celebração está ligada à dedicação das basílicas constantinianas, construídas
nos lugares tradicionalmente identificados com o Calvário e o Santo Sepulcro.
Paradoxo – O título “Exaltação da Santa Cruz” chama a atenção, pois destaca o grande paradoxo da nossa fé: foi exatamente pela Cruz, o mais terrível entre os suplícios, que veio a salvação. Humanamente falando, a morte de Jesus na cruz significava o fracasso total da sua vida e missão, mas, de fato, escondia a vitória de Deus sobre o mal, da vida sobre a morte, da graça sobre o pecado; uma vitória que se manifestaria ao terceiro dia, na Ressurreição. No mistério pascal da vida-morte-ressurreição de Jesus verifica-se o que Paulo proclama na Primeira Carta aos Coríntios: “Deus escolheu o que é loucura no mundo, para confundir os sábios; e Deus escolheu o que é fraqueza no mundo, para confundir o que é forte. E aquilo que o mundo despreza, acha vil e diz que não tem valor, isso Deus escolheu para destruir o que o mundo pensa que é importante” (1Cor 1, 27s).
Paradoxo – O título “Exaltação da Santa Cruz” chama a atenção, pois destaca o grande paradoxo da nossa fé: foi exatamente pela Cruz, o mais terrível entre os suplícios, que veio a salvação. Humanamente falando, a morte de Jesus na cruz significava o fracasso total da sua vida e missão, mas, de fato, escondia a vitória de Deus sobre o mal, da vida sobre a morte, da graça sobre o pecado; uma vitória que se manifestaria ao terceiro dia, na Ressurreição. No mistério pascal da vida-morte-ressurreição de Jesus verifica-se o que Paulo proclama na Primeira Carta aos Coríntios: “Deus escolheu o que é loucura no mundo, para confundir os sábios; e Deus escolheu o que é fraqueza no mundo, para confundir o que é forte. E aquilo que o mundo despreza, acha vil e diz que não tem valor, isso Deus escolheu para destruir o que o mundo pensa que é importante” (1Cor 1, 27s).
Festa – O
resgate de uma teologia sadia e da espiritualidade da Cruz é extremamente
importante. De um lado, temos que superar uma pregação errada, que identificava
a Cruz com qualquer sofrimento, como se o sofrimento em si fosse um valor
positivo. Quantas pessoas sofreram injustiças a vida toda, aguentando situações
quase insuportáveis, por causa de uma pregação que levava à passividade diante
das injustiças e opressões. No fundo, faziam de Deus um sádico! Do outro lado,
na sociedade de hoje, a Cruz não está muito popular, pois o sacrifício, a autodoação
em favor de outros está na contramão de uma sociedade consumista, que
supervaloriza o prazer individual e imediato como único bem possível. Até
dentro da Igreja, muitas vezes, há uma busca da Ressurreição e vitória sem que
se mencione que o triunfo de Jesus veio através de uma vida de doação que o
levou à cruz – e, como consequência dessa coerência, à Ressurreição.
Cruz-vida – A festa deste domingo celebra a Cruz, não o sofrimento. Jesus não nos salvou porque sofreu três horas na cruz: Ele nos salvou porque a sua vida foi totalmente fiel à vontade do Pai. Por causa dessa fidelidade, as suas opções concretas o colocaram em conflito com as estruturas de dominação sociopolítico-religiosas, o que causou o seu assassinato judicial. A morte de Jesus foi muito mais do que uma tentativa de eliminar alguém que incomodava! Era a tentativa de aniquilar o seu movimento, a sua pregação, a visão de Deus e do projeto de Deus que Ele ensinava. A Cruz, então, se tornava o símbolo de doação total numa vida de fidelidade absoluta ao projeto do Pai. Era o último passo de coerência, consequência lógica do seguimento da vontade de Deus.
Cruz-sinal – Assim, Jesus deixa bem claro nas páginas dos Evangelhos que a Cruz é a característica do discípulo. “Se alguém quer me seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga.” (Mc 8, 24). Jesus não nos convida a buscar o sofrimento, mas a carregar a cruz: consequência de uma religião que é vivencial, que acarreta ações e atitudes coerentes com o Deus em que acreditamos e que traz em seu bojo as sementes de conflito com todo poder opressor, pois “os meus projetos não são os projetos de vocês, e os caminhos de vocês não são os meus caminhos” (Is 55, 8).
Cruz-vida – A festa deste domingo celebra a Cruz, não o sofrimento. Jesus não nos salvou porque sofreu três horas na cruz: Ele nos salvou porque a sua vida foi totalmente fiel à vontade do Pai. Por causa dessa fidelidade, as suas opções concretas o colocaram em conflito com as estruturas de dominação sociopolítico-religiosas, o que causou o seu assassinato judicial. A morte de Jesus foi muito mais do que uma tentativa de eliminar alguém que incomodava! Era a tentativa de aniquilar o seu movimento, a sua pregação, a visão de Deus e do projeto de Deus que Ele ensinava. A Cruz, então, se tornava o símbolo de doação total numa vida de fidelidade absoluta ao projeto do Pai. Era o último passo de coerência, consequência lógica do seguimento da vontade de Deus.
Cruz-sinal – Assim, Jesus deixa bem claro nas páginas dos Evangelhos que a Cruz é a característica do discípulo. “Se alguém quer me seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga.” (Mc 8, 24). Jesus não nos convida a buscar o sofrimento, mas a carregar a cruz: consequência de uma religião que é vivencial, que acarreta ações e atitudes coerentes com o Deus em que acreditamos e que traz em seu bojo as sementes de conflito com todo poder opressor, pois “os meus projetos não são os projetos de vocês, e os caminhos de vocês não são os meus caminhos” (Is 55, 8).
Cruz-missão – Paulo
descobriu que pregar Cristo sem a Cruz era esvaziar a evangelização. Assim,
declara à comunidade de Corinto: “Entre vocês eu não quis saber outra coisa a
não ser Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado” (1Cor 2, 2). A Cruz de Cristo
é inseparável da sua vida, pois é a conseqüência dela. Mas, a Cruz também não
se separa da Ressurreição, pois ela é o resultado de tal coerência e
fidelidade. A festa deste domingo nos desafia a responder ao convite de Jesus
para carregar a nossa cruz numa vida de discipulado e missionariedade,
continuando a sua missão no mundo. Pois, “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não
para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por meio dele” (Jo 3,
17)
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