Duas culturas – Paulo provém de uma encruzilhada entre dois mundos: grego e judeu. O seu duplo nome o indica: Saulo (judeu) e Paulo (grego). Era de cultura grega, de Tarso, cidade universitária (na época com 300 mil habitantes) que rivalizava com Atenas e Alexandria. Por outro lado, por suas origens e por sua educação, era judeu, tendo recebido a rígida formação de Gamaliel. Alguns autores citam que Paulo era rabino.
Como era – Um antigo texto apócrifo (não reconhecido pela Igreja) descreve Paulo como um "homem de pequena estatura, careca, e de pernas arqueadas, em boa condição física, de sobrancelhas juntas e nariz um pouco encurvado (em forma de gancho), cheio de amabilidade, que umas vezes parecia um homem, outras um anjo".
Antes do ano 37 – Antes de ter a visão de Cristo, Paulo era um fariseu sincero, tranqüilo e devotado à Lei judaica. Por sua fé, colocava-se violentamente contra os seguidores de Cristo, aquela nova seita que surgia entre os judeus. Para Paulo, Jesus não podia ser o Messias, pois fora condenado pela Lei judaica. Via Estêvão e os helenistas opondo-se ao Templo como um questionamento dos fundamentos da fé judaica, centrada na prática da Lei e na vida cultural do Templo.
A visão – Quando se dirigia para a cidade de Damasco, com credenciais para procurar e prender seguidores de Jesus, aconteceu algo que virou do avesso os valores de Paulo. Ele próprio descreve a experiência de várias formas: como uma aparição de Jesus, ou como Deus se revelando a Seu Filho, ou como uma visão que teve do Senhor , ou ainda como sendo apanhado por Jesus. Paulo foi jogado ao chão e ficou cego por uma luz mais brilhante que o sol, enquanto uma voz chamava-o pelo nome hebraico: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" Ao perguntar de quem era a voz, recebeu a resposta: "Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo".
Em Damasco – Os companheiros de Paulo levaram-no até Damasco, onde permaneceu por três dias sem ver e incapaz de comer. Durante o jejum, teve visões de futuras missões para transmitir ao mundo o nome de Jesus, mas não se lançou de imediato em sua vocação.
Pregações – Nas suas viagens missionárias através do Mediterrâneo, Paulo percorreu mais de 15 mil quilômetros, sofrendo naufrágios, apedrejamentos, espancamentos, prisões, humilhações e os rigores das condições das viagens. Os Atos dos Apóstolos dividem suas viagens em três partes, mas existem pequenas jornadas entre estas viagens. Paulo e seus colaboradores fundaram Igrejas em mais de 20 cidades.
Cartas – Paulo enviou muitas cartas às comunidades que fundou. São consideradas canônicas 13 cartas de Paulo (compõem o Novo Testamento), embora apenas 7 tenham sido escritas por seu próprio punho; as outras 6 são compilações ou foram redigidas por discípulos de Paulo após a sua morte.
Morte – Quando chegou o seu martírio (ano 62), Paulo, mais que qualquer outro discípulo de Cristo, tinha ajudado a criar e cuidar de uma rede de comunidades cristãs que desabrocharia numa Igreja universal.
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