Nas semanas anteriores vimos que Dogmas são verdades propostas pela Igreja Católica com o objetivo de aumentar a nossa fé. Já vimos os 5 dogmas sobre Deus, os 3 dogmas sobre a criação do mundo, os 3 Dogmas sobre o Ser Humano e os 8 Dogmas sobre Jesus Cristo. Hoje veremos os 4 dogmas sobre Maria.
Dogma 20: A Imaculada Conceição de Maria – Maria Santíssima foi concebida, desde o primeiro instante no seio de sua mãe, sem qualquer mancha de pecado (inclusive sem o pecado original). Este privilégio (dom gratuito) foi concedido apenas à Virgem e a ninguém mais, em atenção àquela que havia sido predestinada para ser a Mãe de Deus. Este Dogma foi definido em 8/12/1854 pelo Papa Pio IX. Eis a fundamentação bíblica: “Estabeleço hostilidade entre ti (a serpente ou o pecado) e a mulher ...” (Gn 3,15); “Deus te salve, cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28); “Bendita tu entre as mulheres” (Lc 1,42).
Dogma 21: Maria, Mãe de Deus – O reconhecimento do Filho de Maria como Deus (em Cristo existem duas naturezas: a humana e a divina), dá a ela o título de Mãe de Deus. Este Dogma foi definido no Concílio de Éfeso (431) e confirmado por inúmeros outros concílios da Igreja. Eis o que diz a Bíblia: "Eis que uma Virgem conceberá, e dará à luz a um menino, e seu nome será Emanuel" (Is 7,14); "Eis que conceberás e darás à luz a um filho, que porás o nome de Jesus" (Lc 1,31); "O que nascerá de Ti será chamado de Filho de Deus" (Lc 1,35); "Enviou Deus a seu Filho nascido de uma Mulher" (Gl 4,4); "Cristo, que é Deus..." (Rm 9, 5).
Dogma 22: A Assunção de Maria – A Igreja nos ensina que a Virgem Maria foi levada ao céu (em corpo e alma) imediatamente depois de sua morte; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos. Este Dogma foi proclamado em 1950 pelo Papa Pio XII, com a seguinte fundamentação bíblica: “Cristo ressuscitou mortos como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também a ressurreição dos mortos veio por um homem que, assim como todos morrem em Adão, assim também em Cristo, todos serão vivificados. Cada qual porém, na sua ordem: Cristo, como primícias, os que são de Cristo, por ocasião da sua vinda” (1Cor 15,20-23). Maria é a primeira dentre “os que são de Cristo”. “Então abriu-se o Templo de Deus no céu, a Arca da Aliança apareceu no Seu Templo. Depois, apareceu um grande sinal no céu: uma mulher revestida de Sol, tendo a Lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça.” (Ap 11,19;12,1).
Dogma 23: Maria se conservou sempre Virgem – É verdade da fé católica que Nossa Senhora ficou perfeitamente sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do parto. No Símbolo Apostólico se diz: "Nascido de Maria Virgem"; nas antigas liturgias é freqüente o título de Maria sempre virgem. No Concílio Romano do ano 649 se define Maria Imaculada, sempre virgem, que concebeu sem concurso de homem e ficou também intacta depois do parto. Na Sagrada Escritura temos a famoso trecho de Isaías 7, 14: "Eis que uma virgem conceberá e dará a luz a um filho e o chamará Deus conosco". O texto é certamente messiânico e, portanto a Virgem é Maria. No Evangelho cita-se esta profecia (Mt 1,18-23) e se conta com exatas palavras o nascimento virginal de Jesus, por obra do Espírito Santo. A Igreja interpreta o versículo Ez 44,2 como a indicação da virgindade de Maria depois do parto: "Esta porta ficará fechada, não se abrirá e ninguém entrará por ela, porque por ela entrará Iahweh, o Deus de Israel, pelo que permanecera fechada".Toda a Tradição é concorde em defender a virgindade perpétua de Maria: Santo Agostinho afirma: "A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu a luz, a Virgem é virgem perpetua". A razão teológica deste dogma é clara e simples: ela está na divindade do Verbo e na maternidade de Maria.
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