sábado, 4 de maio de 2002

Os dogmas da Igreja Católica - Parte 4

Os Dogmas sobre o Ser Humano

Nas semanas anteriores vimos que Dogmas são verdades propostas pela Igreja Católica com o objetivo de aumentar a nossa fé. Já vimos os 5 dogmas sobre Deus e os 3 dogmas sobre a criação do mundo.  Hoje veremos os 3 Dogmas sobre o Ser Humano.

Dogma 9: O Homem é formado por Corpo Material e Alma Espiritual – A Doutrina da Igreja nos ensina que o corpo e a alma são partes essenciais da natureza humana.  É importante lembrar que o homem possui apenas uma alma.  Vários Concílios cristãos declararam que a natureza humana é composta de alma (espírito) e corpo (matéria).  Vamos citar três versículos da Bíblia que fundamentam este Dogma: "O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da vida..." (Gn 2,7); "...antes que o pó volte à terra de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7); "Não tenhais medo dos que matam o corpo, e à alma não podem matar; temeis muito mais àquele que pode destruir o corpo e a alma na geena..." (Mt 10,28). O Catecismo ensina que “[...] o espírito e a matéria no homem não são duas naturezas unidas, mas a união deles forma uma única natureza” (365). O homem, portanto, é uma unidade de corpo e alma.

Dogma 10: O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação A Igreja Católica nos ensina que o pecado de Adão fez com que ele perdesse a Justiça e a Santidade que havia recebido de Deus.  O Concílio de Trento afirma que o erro de Adão prejudicou não apenas a ele próprio, mas toda a sua descendência.   O pecado, que é a morte da alma, se propaga de Adão a todos nós por geração e não por imitação, ou seja, nós temos o pecado original não porque “imitamos um mau exemplo” de Adão, mas porque ele nos foi transmitido pela natureza humana de Adão. “É um pecado que será transmitido por propagação à humanidade inteira, isto é,  pela transmissão de uma natureza humana privada da santidade e da justiça originais” (Catecismo, 404).  Eis o que está escrito na Bíblia: "Eis que aqui nasci; em culpa e em pecado me concebeu minha mãe..." (Sl 50,7); "Assim então, por um homem entrou o pecado no mundo... e assim a morte passou a todos os homens... pela obediência de um, muitos serão justiçados..." (Rm 5,12-21). O pecado original é chamado “pecado” por analogia: é um pecado “contraído” e não “cometido”; é um estado e não um ato. A vitória de Cristo sobre o pecado nos trouxe uma grande graça, pois pelo Batismo morremos para o pecado e renascemos para uma vida nova em Cristo. “O Batismo, ao conferir a vida da graça de Cristo, apaga o pecado original e torna a voltar o homem para Deus [...]” (Catecismo 405).

Dogma 11: O Homem pecador não pode redimir-se a si próprio – A Igreja ensina que os homens, que se tornaram escravos do pecado, não podem levantar-se com as próprias forças.  Somente um ato livre por parte do amor divino pode restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo pecado. Somente uma intervenção sobrenatural de Deus pode devolver ao homem a justiça e a santidade apagadas pelo pecado. A Doutrina Católica se opõe, portanto, ao pelagianismo, segundo o qual o homem poderia, pela força natural da sua vontade livre, sem a ajuda necessária da graça de Deus, levar uma vida moralmente boa, como se a falta cometida por Adão fosse apenas um “mau exemplo”.  Também se opõe ao moderno racionalismo com diversas teorias de auto-redenção, nas quais o homem pode salvar-se sozinho.  Lembrar o que diz São Paulo em sua Carta aos Romanos (Rm 3,23): “Todos pecaram, todos estão privados da glória de Deus” e agora são justificados gratuitamente por sua graça, pela Redenção de Jesus Cristo.

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PESQUISA BÍBLICA

            Na Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 1,5), Paulo dá graças aos cristãos da cidade de Filipos por ajudá-lo a proclamar “o Evangelho”.   Esta carta foi escrita na cidade de Éfeso no ano 56 ou 57.  Como isto pode ter acontecido, se os textos dos Evangelhos só foram escritos depois do ano 70.  Será que Paulo tinha ‘bola de cristal’? Faça uma pesquisa em sua Bíblia ou em livros bíblicos; pergunte para o padre ou catequista de sua paróquia.  Se você não encontrar uma resposta satisfatória, solicite E-mail que lhe enviaremos um texto explicativo.

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