Filipe, o prático – Era natural de Betsaida (mesma cidade de André e Pedro), na Galiléia. Era um dos discípulos de João Batista e foi convidado pelo próprio Jesus para ser apóstolo: ao encontrar Filipe, disse-lhe: “Segue-me” (Jo 1,43). Após o convite, Filipe promoveu o encontro de Jesus com Nataniel. Filipe aparece sempre nos evangelhos como o quinto apóstolo e não deve ser confundido com o discípulo de origem grega citado no livro dos Atos dos Apóstolos.
Filipe e Cristo – Na multiplicação dos pães (Jo 6,1s) Jesus o põe à prova, perguntando-lhe onde poderiam comprar pães para toda a multidão. Filipe, confuso, responde que nem 200 denários (um denário é o pagamento de um dia de trabalho, confira em Mt 20,2) bastariam para dar a cada pessoa um pedacinho de pão. Em outra ocasião (Jo,12,20s), Filipe foi procurado por alguns gregos que queriam ver Jesus, ou seja, Filipe tinha ativa participação no grupo de Cristo.
Filipe e o Caminho – Quando Jesus proclamou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai se não for por mim”, Filipe exprime a aspiração mais profunda de todo ser humano, dizendo: "Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta". Jesus lhe responde: "Eu estou convosco há tanto tempo, e entretanto, Filipe, não me reconheceste? Aquele que me viu, viu o Pai”. Conforme a Tradição da Igreja, Filipe pregou na Grécia, sendo crucificado de cabeça para baixo, em Hierápolis, na época do imperador Domiciano. É festejado no dia 3 de maio.
Tomé, o impetuoso – Chamado de Dídimo (gêmeo), natural da Galiléia, Tomé foi um dedicado e impetuoso seguidor de Cristo. Quando Jesus disse que iria voltar para a Judéia para visitar o seu amigo Lázaro que estava doente, todos os apóstolos tentaram convence-lo a ficar, pois os Judeus queriam apedreja-lo. Tomé, contrariando os apóstolos disse: “Vamos, também nós, e morramos com ele” (confira em Jo 11,16).
Tomé e o Caminho – Na passagem em que Jesus diz: “Quanto ao lugar para onde vou, vós sabeis o caminho". Tomé lhe diz: "Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho?". Jesus lhe responde com uma das mais belas palavras dos Evangelhos: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim” (Confira em Jo 14,1s). Tomé também estava presente no episódio da pesca milagrosa em Jo 21,1s.
Tomé, o cético – Tomé é mais conhecido pelos acontecimentos que ocorreram depois da morte de Cristo. Na tarde do domingo da ressurreição, Jesus apareceu aos apóstolos, desejando-lhes a Paz. Tomé não estava com eles e, ao lhe contarem, não acreditou, dizendo: "Se eu não vir em suas mãos a marca dos cravos, se eu não enfiar o meu dedo no lugar dos cravos e não enfiar a minha mão no seu lado, não acreditarei!". No domingo seguinte, os apóstolos estavam reunidos e Tomé estava com eles, quando Jesus apareceu no meio deles. Dirigindo-se a Tomé disse: "Aproxima o teu dedo aqui e olha as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado, deixa de ser incrédulo e torna-te um homem de fé". Tomé faz a mais linda (e a última) proclamação de fé dos Evangelhos, associando os títulos de Deus e Mestre: “Meu Senhor e meu Deus”. Tomé morreu ferido por lanças num lugar chamado Calamine. É o patrono dos arquitetos e comemorado no dia 3 de julho.
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