Na
segunda leitura das missas deste
domingo, será lida a Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
(1Cor 15,12.16-20), onde o apóstolo afirma que “Se os mortos não ressuscitam, também
Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, ainda
estais nos vossos pecados”.
Continuação – Este texto é a continuação da catequese
sobre a ressurreição que Paulo apresenta na Primeira Carta aos Coríntios e que
já começamos a ler no domingo passado. Depois de ter afirmado a ressurreição de
Cristo (1Cor 15, 1-11), Paulo afirma a realidade da nossa própria ressurreição.
Ressurreição – Para Paulo, uma vez admitida a
ressurreição de Cristo, a ressurreição dos crentes impõe-se como algo
perfeitamente evidente. A fé em Cristo ressuscitado desemboca na inquebrantável
esperança de que também os cristãos ressuscitarão. O inverso também é
verdadeiro: não esperar a ressurreição dos mortos equivale a não acreditar na
ressurreição de Cristo. Não é possível desvincular uma coisa da outra.
Não-ressureição – Paulo passa, então, a enumerar as
consequências fatais que adviriam, para a vida cristã, se Cristo não tivesse
ressuscitado: a vivência da fé e a aceitação das propostas de Jesus não teriam
qualquer sentido e os cristãos seriam gente enganada, “os mais miseráveis de
todos os homens”. Mas Paulo tem a certeza de que os cristãos não são um rebanho
de gente iludida… A partir da ressurreição de Cristo, podemos acreditar nessa
vida plena que Deus reserva para todos os que O amam. É essa perspectiva que dá
sentido à caminhada que o cristão faz neste mundo.
Esperança – Chegados aqui, Paulo detém-se para
lançar um grito jubiloso de fé e de esperança: “Cristo ressuscitou dos mortos,
como primícias dos que morreram”. Jesus ressuscitou não como o único, como um
caso excecional, mas como o primeiro de uma longa cadeia da qual fazemos parte.
Este “primeiro” não deve ser entendido em sentido cronológico, mas no sentido
de que Cristo é o princípio ativo da nossa ressurreição, o princípio que gera
essa nova humanidade sobre a qual as forças da morte não têm qualquer poder.
Ele arrasta atrás de Si a humanidade solidária com Ele, até à realização plena,
à vida definitiva, à salvação total.
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