Coluna "Ser Católico" – Jornal da Cidade – Bauru – 25/08/2001
Una – Assim como há um só Deus, um só Redentor, um só Batismo, uma só deve ser a Igreja; como Jesus pregou uma só doutrina e fundou uma só Igreja, esta deve ser una até o fim do mundo.
Jesus ensinou aos apóstolos uma só doutrina (Mt 12, 30; Ef 4, 3-6) e rezou ao Pai para que os apóstolos e futuros membros da sua Igreja fossem sempre unidos. Veja a belíssima oração de Jesus em todo o capítulo 17 do Evangelho de João.
Os apóstolos nunca admitiram doutrinas diferentes, que dividissem e usavam de uma severidade impressionante quando tal ocorria. "Se alguém vos anunciar um evangelho diferente, seja execrado" (Gl 1, 7-9). Veja também Rm 16, 17.
Os apóstolos zelavam com esmero pela unidade de culto: "Porque há um só pão, um só corpo somos nós, embora muitos, visto participarmos todos do único pão" (1Cor 10, 17). Veja também At 4, 32; Ef 4,3. Também não se descuidavam da unidade de governo - "Irmãos, conjuro-vos que sejais sempre perfeitamente unidos num só sentimento e num mesmo pensar" (1Cor, 1, 10). Sobre isso, ensinou Jesus: "Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Estas tenho de reunir, e elas ouvirão a minha voz. E então haverá um só rebanho e um só pastor" (Jo 10, 16; Mt 16, 15-16).
Santa – A Igreja é santa no seu Fundador (Jesus Cristo), é santa no seu fim (é a continuação de Cristo na história e a sua finalidade é a glória de Deus e a santificação do homem), nos seus meios (todos os sacramentos são meios que nos comunicam a graça), na sua doutrina (a doutrina de Jesus é santa e divina e a sua doutrina é a da Igreja) e nos seus membros, pois todos somos chamados à santidade.
Católica – A palavra católica vem do grego e significa universal. O primeiro a usar esta palavra para indicar a Igreja de Jesus foi S. Inácio de Antioquia, quando escreveu: "Onde está Cristo, aí está a Igreja Católica". A Igreja de Jesus é Católica porque foi fundada para salvar todos os homens (universalidade da salvação), sem distinção de raça, cor ou condição, e porque está difundida por toda a terra. "Ide, ensinai todos os povos" (Mt 28,19).
Apostólica – A Igreja de Jesus é apostólica porque é governada pelos legítimos sucessores dos apóstolos: os bispos e o Papa. A Igreja que não tem origem nos apóstolos não é a Igreja de Cristo. (veja as palavras de Paulo em Ef 2, 19-20). A Igreja Universal é apostólica porque os bispos, sucessores dos apóstolos, continuam governando a Igreja de Cristo com o mesmo vigor e a mesma autoridade.
Romana – "A romanicidade da Igreja não é característica essencial da Igreja de Cristo, mas puramente histórica. Pedro, o primeiro Papa, morreu em Roma no ano 67 da era cristã. Os seus sucessores no governo da Igreja universal continuaram morando em Roma e daí continuaram governando a Igreja. Até hoje o Papa mora em Roma. E como na época Roma era a capital do imenso Império Romano, que abrangia todo o mundo então conhecido, assim também até hoje Roma continua sendo a capital espiritual do mundo, pois o Vigário de Cristo aí mora". (Battistini, Fr. A Igreja do Deus Vivo. Magé, 1987).
sábado, 25 de agosto de 2001
sábado, 18 de agosto de 2001
Santa Maria, Mãe de Deus, Mãe da Igreja
Coluna "Ser Católico" – Jornal da Cidade – Bauru – 18/08/2001
Santa Maria – A Virgem Maria realizou da maneira mais perfeita a obediência da fé. Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazida pelo anjo Gabriel acreditando que "nada é impossível a Deus" (Lc 1,37), e dando o seu assentimento: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se de mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38).
Maria Santa – Durante toda a sua vida, e até a sua última provação, quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, sua fé não vacilou. Maria não cessou de crer "no cumprimento" da Palavra de Deus. Por isso a Igreja venera em Maria a realização mais pura da fé.
Mãe de Deus – O Concílio de Trento (ano de 431) proclamou Maria como Mãe de Deus, por ter concebido em seu seio o Filho de Deus: "Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus tirou dela a sua natureza divina, mas porque é dela que ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne".
Maria unida a Cristo e à Igreja – O papel de Maria para com a Igreja é inseparável de sua união com Cristo. "Esta união de Maria com seu Filho na obra da salvação manifesta-se desde a hora de sua concepção virginal até a sua morte". E com ânimo materno se associou ao seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima por ela gerada. Finalmente, pelo próprio Jesus moribundo na cruz é dada como mãe ao discípulo com estas palavras: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19,26).
Mãe da Igreja – Após a ascensão do seu Filho, Maria "assistiu com suas orações a Igreja nascente". Reunida com os apóstolos e algumas mulheres, "vemos Maria pedindo também ela com suas orações o dom do Espírito Santo, o qual, na anunciação, a tinha coberto com sua sombra". Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira.
Rainha do Universo – A Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E, para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo.
Maria assunta ao Céu – Em 1950 o Papa Pio XII proclamou como dogma da Igreja Católica a Assunção da bem-aventurada Virgem Maria. A assunção de Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos.
Mãe dos Cristãos – Todos os cristãos do mundo, de toda época e de todo lugar, a amaram, veneraram e recorreram a ela como verdadeira Mãe e poderosa intercessora. Inúmeras cidades e povos a escolheram como Padroeira. Arquitetos erigiram-lhe grandes catedrais e lançaram-na nos obeliscos mais altos. Poemas e artistas cantaram-na em seus poemas. O mundo inteiro está encantado diante da beleza dessa mulher. Ela é a Mãe de Jesus, Mãe da Igreja e nossa Mãe.
Santa Maria – A Virgem Maria realizou da maneira mais perfeita a obediência da fé. Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazida pelo anjo Gabriel acreditando que "nada é impossível a Deus" (Lc 1,37), e dando o seu assentimento: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se de mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38).
Maria Santa – Durante toda a sua vida, e até a sua última provação, quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, sua fé não vacilou. Maria não cessou de crer "no cumprimento" da Palavra de Deus. Por isso a Igreja venera em Maria a realização mais pura da fé.
Mãe de Deus – O Concílio de Trento (ano de 431) proclamou Maria como Mãe de Deus, por ter concebido em seu seio o Filho de Deus: "Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus tirou dela a sua natureza divina, mas porque é dela que ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne".
Maria unida a Cristo e à Igreja – O papel de Maria para com a Igreja é inseparável de sua união com Cristo. "Esta união de Maria com seu Filho na obra da salvação manifesta-se desde a hora de sua concepção virginal até a sua morte". E com ânimo materno se associou ao seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima por ela gerada. Finalmente, pelo próprio Jesus moribundo na cruz é dada como mãe ao discípulo com estas palavras: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19,26).
Mãe da Igreja – Após a ascensão do seu Filho, Maria "assistiu com suas orações a Igreja nascente". Reunida com os apóstolos e algumas mulheres, "vemos Maria pedindo também ela com suas orações o dom do Espírito Santo, o qual, na anunciação, a tinha coberto com sua sombra". Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira.
Rainha do Universo – A Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E, para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo.
Maria assunta ao Céu – Em 1950 o Papa Pio XII proclamou como dogma da Igreja Católica a Assunção da bem-aventurada Virgem Maria. A assunção de Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos.
Mãe dos Cristãos – Todos os cristãos do mundo, de toda época e de todo lugar, a amaram, veneraram e recorreram a ela como verdadeira Mãe e poderosa intercessora. Inúmeras cidades e povos a escolheram como Padroeira. Arquitetos erigiram-lhe grandes catedrais e lançaram-na nos obeliscos mais altos. Poemas e artistas cantaram-na em seus poemas. O mundo inteiro está encantado diante da beleza dessa mulher. Ela é a Mãe de Jesus, Mãe da Igreja e nossa Mãe.
sábado, 11 de agosto de 2001
O Governo da Igreja e o Primado de Pedro
Coluna "Ser Católico" - Jornal da Cidade – Bauru – 11/08/2001
Como vimos a semana passada, ao constituir sua Igreja, Jesus delegou a ela poderes especiais e nomeou um chefe para conduzi-la: Pedro. O Primado foi dado a Pedro não como um privilégio pessoal, mas para o bem e para a unidade da Igreja, já que ela durará até o fim dos tempos. Dessa forma, também o Primado deverá durar enquanto durar a Igreja.
"Tu é Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja". A Igreja é o rebanho de Cristo e Pedro o seu pastor.
Como se vê, Jesus deu a Pedro autoridade sobre todo o seu rebanho. Historicamente sabemos que Pedro mais de uma vez usou dessa autoridade entre os Apóstolos para decidir questões referentes à Igreja Universal: tanto na escolha de Matias, que substituiu Judas Iscariotes (At 1, 15-17), como para defender o comportamento dos colegas no Pentecostes (At 2, 14s), ou ainda no Concílio de Jerusalém, no ano 49 (At 15, 7s).
O último lugar onde esteve foi Roma, onde foi martirizado no ano 67, sob o governo de Nero. Por isso o Bispo de Roma é o sucessor de Pedro e se diz "Papa", isto é, pai da cristandade. Desde os tempos dos apóstolos até hoje, o Papa preside a reunião dos bispos como "cabeça visível" da Igreja.
Infalibilidade
Pelo fato de muitos não-católicos confundirem, em relação ao Papa, infalibilidade com impecabilidade e assistência do Espírito Santo com inspiração, vejamos em que se apoia essa questão para que haja uma melhor compreensão da infalibilidade do Papa.
Infalibilidade do Papa, significa que ele é infalível, isto é, não pode errar quando ensina uma verdade de fé e de moral na sua missão de sucessor de Pedro. O Papa pode pecar como qualquer outro mortal, mas quando define uma verdade de fé, não inventa uma nova doutrina, mas simplesmente confirma aquela doutrina como já revelada na Bíblia e na Tradição.
Quando o Papa é infalível
Todo Papa, legitimamente eleito, é infalível quando:
a) fala "ex cathedra", isto é, quando fala como pastor e mestre para toda a Igreja; b) quando decide ou define uma doutrina de fé ou de moral para todos os fiéis. (Quando, por exemplo, fala de ciência, política etc. não é infalível).
A razão pela qual o Papa é infalível reside na assistência direta do Espírito Santo.
As confirmações bíblicas da infalibilidade do Papa encontramos em:
1. Mt 16, 14-19, quando Jesus constitui Pedro como fundamento de sua Igreja. Ora, se a pedra fundamental puder ensinar o erro, é claro que todo o "edifício" da Igreja vai desabar. Como a Igreja durará até o fim dos tempo (Mt 28, 20), então é claro que o Papa não pode ensinar o erro, logo, é infalível. 2. Mt 16, 18, quando Jesus deu a Pedro (e seus sucessores) amplos poderes de "ligar e desligar". Dessa forma, Deus aprovará tudo o que Pedro e seus sucessores aprovar e ensinar sobre a terra. É claro que eles não podem ensinar o erro, pois Deus não aprovaria nenhum erro de ninguém. Se assim não fosse, as palavras "tudo o que ligares na terra será ligado no céu" seriam mentirosas. E Deus não pode mentir, então o Papa é infalível.
3. Jo 21, 15-17, quando Cristo estabelece Pedro (e seus sucessores) como pastores de seu rebanho, a Igreja. "Apascenta as minhas ovelhas", significa que Pedro deve ensinar a verdade e proteger os fiéis do erro. Ora, se Pedro e seus sucessores tivessem a possibilidade de ensinar o erro, é claro que não poderiam proteger os fiéis do erro. Assim sendo, pela força das palavras de Cristo, "Apascenta as minhas ovelhas", os Papas devem ser infalíveis.
4. Lc 23, 31-32, quando Cristo reza por Pedro para que sua fé fosse sempre firme e forte: "Mas eu roguei por ti, para que tua fé não falte. E uma vez convertido, confirma os teus irmãos". Jesus pede que Pedro dê segurança, firmeza à fé dos irmãos. E o Papa continua confirmando na fé, guardando a Igreja de erros e heresias. Essa missão, confiada a Pedro, continua infinitamente pelos tempos, até o seu final, através de seus sucessores.
Como vimos a semana passada, ao constituir sua Igreja, Jesus delegou a ela poderes especiais e nomeou um chefe para conduzi-la: Pedro. O Primado foi dado a Pedro não como um privilégio pessoal, mas para o bem e para a unidade da Igreja, já que ela durará até o fim dos tempos. Dessa forma, também o Primado deverá durar enquanto durar a Igreja.
"Tu é Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja". A Igreja é o rebanho de Cristo e Pedro o seu pastor.
Como se vê, Jesus deu a Pedro autoridade sobre todo o seu rebanho. Historicamente sabemos que Pedro mais de uma vez usou dessa autoridade entre os Apóstolos para decidir questões referentes à Igreja Universal: tanto na escolha de Matias, que substituiu Judas Iscariotes (At 1, 15-17), como para defender o comportamento dos colegas no Pentecostes (At 2, 14s), ou ainda no Concílio de Jerusalém, no ano 49 (At 15, 7s).
O último lugar onde esteve foi Roma, onde foi martirizado no ano 67, sob o governo de Nero. Por isso o Bispo de Roma é o sucessor de Pedro e se diz "Papa", isto é, pai da cristandade. Desde os tempos dos apóstolos até hoje, o Papa preside a reunião dos bispos como "cabeça visível" da Igreja.
Infalibilidade
Pelo fato de muitos não-católicos confundirem, em relação ao Papa, infalibilidade com impecabilidade e assistência do Espírito Santo com inspiração, vejamos em que se apoia essa questão para que haja uma melhor compreensão da infalibilidade do Papa.
Infalibilidade do Papa, significa que ele é infalível, isto é, não pode errar quando ensina uma verdade de fé e de moral na sua missão de sucessor de Pedro. O Papa pode pecar como qualquer outro mortal, mas quando define uma verdade de fé, não inventa uma nova doutrina, mas simplesmente confirma aquela doutrina como já revelada na Bíblia e na Tradição.
Quando o Papa é infalível
Todo Papa, legitimamente eleito, é infalível quando:
As confirmações bíblicas da infalibilidade do Papa encontramos em:
3. Jo 21, 15-17, quando Cristo estabelece Pedro (e seus sucessores) como pastores de seu rebanho, a Igreja. "Apascenta as minhas ovelhas", significa que Pedro deve ensinar a verdade e proteger os fiéis do erro. Ora, se Pedro e seus sucessores tivessem a possibilidade de ensinar o erro, é claro que não poderiam proteger os fiéis do erro. Assim sendo, pela força das palavras de Cristo, "Apascenta as minhas ovelhas", os Papas devem ser infalíveis.
4. Lc 23, 31-32, quando Cristo reza por Pedro para que sua fé fosse sempre firme e forte: "Mas eu roguei por ti, para que tua fé não falte. E uma vez convertido, confirma os teus irmãos". Jesus pede que Pedro dê segurança, firmeza à fé dos irmãos. E o Papa continua confirmando na fé, guardando a Igreja de erros e heresias. Essa missão, confiada a Pedro, continua infinitamente pelos tempos, até o seu final, através de seus sucessores.
sábado, 4 de agosto de 2001
Fundação da Igreja de Jesus: o novo povo de Deus
Coluna "Ser Católico" – Jornal da Cidade – Bauru – 04/08/2001
Quando começou o seu ministério público, Jesus reuniu um grupo de amigos e os chamou para ensinar-lhes as coisas de seu Pai. Chamou a cada um pessoalmente, pelo nome: Pedro, João, Tiago, André, Judas... (Mc 1, 16-20; Mc 2, 13-14). Formou um grupinho bem entrosado... Começou chamando-os de amigos e depois de irmãos, iniciando um novo estilo de vida: a vida em comunidade (Lc 8, 1-3). É a Igreja que começava, em que todos se entendem, se amam, se ajudam, rezam juntos (Mc 3, 13-15; Mt 10, 1-4; Lc 6, 12-16). É o novo Povo de Deus, reunido pelo Pastor. Dentro desse grupo, Jesus escolheu um chefe, Pedro, ao qual deu poderes e autoridade especial sobre os outros (Mt 16, 13-19).
Os grandes poderes que Jesus possuía, também conferiu aos apóstolos:
1. Transformar o pão e o vinho em seu Corpo e Sangue, que é o Santo Sacrifício da Missa (Lc 22, 19-20; Mt 28, 19). 2. Perdoar os pecados (Jo 20, 19-23).
3. Ensinar a sua doutrina, que é o Evangelho (Mt 28, 16-20; Mc 16, 14-20).
Antes de enviar os apóstolos ao mundo, Jesus lhes promete o Espírito Santo para confirmá-los na sua missão: "Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará o outro Confortador, o Espírito Santo e vos recordará tudo o que vos disse" (Jo 14, 16-17). E o Espírito Santo desce sobre os apóstolos (Veja At 2, 2-4).
Preparados, instruídos e munidos dos poderes e cheios do Espírito Santo, os apóstolos foram pelo mundo pregando, batizando, ensinando, perdoando os pecados e celebrando os "mistérios" (a Santa Missa), construindo a Igreja, o novo Povo de Deus. Hoje esta Igreja está presente em todo recanto da Terra. Os poderes de celebrar a missa, perdoar os pecados e pregar o Evangelho continuam sempre na Igreja fundada por Jesus.
São Pedro é eleito chefe supremo da Igreja
Pedro recebeu de Jesus o poder supremo de jurisdição sobre toda a Igreja. A este poder chamamos Primado de Pedro, que abrange não só o poder de jurisdição nas verdades de fé e de moral, mas também na disciplina e no governo da Igreja toda.
Jesus muda o nome de Pedro (Jo, 1, 42): "Tu és Simão, filho de João. Tu serás chamado Kefas, isto é, Pedro" (Kefas em grego significa pedra dura, rochedo).
Jesus promete o Primado a Pedro para dirigir a Igreja (Veja Mt 16, 13-19), dirigindo suas palavras apenas a ele, que seria o detentor das chaves, isto é, o chefe supremo do Reino dos céus aqui na Terra, que é a Igreja.
Jesus confere a Pedro o primado sobre toda a Igreja quando lhe pede para apascentar suas ovelhas (Veja Jo 21, 15-17).
Depois que Jesus subiu aos céus, Pedro dirige e governa a Igreja:
- presidiu e dirigiu a escolha de Matias para o lugar de Judas (At 1, 1-25)
- é o primeiro a anunciar o Evangelho no dia de Pentecostes (At 2, 14)
- testemunha diante do Sinédrio a mensagem de Cristo (At 4, 8)
- acolhe na Igreja o primeiro pagão, Cornélio (At 10, 1)
- fala primeiro no Concílio dos Apóstolos de Jerusalém e decide sobre a questão da circuncisão: "Então toda a assembléia silenciou" (At 15, 7-12).
Os sucessores de Pedro atestam claramente o seu primado e o de seus sucessores: "A Igreja foi construída sobre Pedro" (Tertuliano); "Sobre um só foi construída a Igreja: Pedro" (São Cipriano); "Onde há Pedro, aí há a Igreja de Jesus Cristo" (S. Ambrósio)
Quando começou o seu ministério público, Jesus reuniu um grupo de amigos e os chamou para ensinar-lhes as coisas de seu Pai. Chamou a cada um pessoalmente, pelo nome: Pedro, João, Tiago, André, Judas... (Mc 1, 16-20; Mc 2, 13-14). Formou um grupinho bem entrosado... Começou chamando-os de amigos e depois de irmãos, iniciando um novo estilo de vida: a vida em comunidade (Lc 8, 1-3). É a Igreja que começava, em que todos se entendem, se amam, se ajudam, rezam juntos (Mc 3, 13-15; Mt 10, 1-4; Lc 6, 12-16). É o novo Povo de Deus, reunido pelo Pastor. Dentro desse grupo, Jesus escolheu um chefe, Pedro, ao qual deu poderes e autoridade especial sobre os outros (Mt 16, 13-19).
Os grandes poderes que Jesus possuía, também conferiu aos apóstolos:
3. Ensinar a sua doutrina, que é o Evangelho (Mt 28, 16-20; Mc 16, 14-20).
Antes de enviar os apóstolos ao mundo, Jesus lhes promete o Espírito Santo para confirmá-los na sua missão: "Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará o outro Confortador, o Espírito Santo e vos recordará tudo o que vos disse" (Jo 14, 16-17). E o Espírito Santo desce sobre os apóstolos (Veja At 2, 2-4).
Preparados, instruídos e munidos dos poderes e cheios do Espírito Santo, os apóstolos foram pelo mundo pregando, batizando, ensinando, perdoando os pecados e celebrando os "mistérios" (a Santa Missa), construindo a Igreja, o novo Povo de Deus. Hoje esta Igreja está presente em todo recanto da Terra. Os poderes de celebrar a missa, perdoar os pecados e pregar o Evangelho continuam sempre na Igreja fundada por Jesus.
São Pedro é eleito chefe supremo da Igreja
Pedro recebeu de Jesus o poder supremo de jurisdição sobre toda a Igreja. A este poder chamamos Primado de Pedro, que abrange não só o poder de jurisdição nas verdades de fé e de moral, mas também na disciplina e no governo da Igreja toda.
Jesus muda o nome de Pedro (Jo, 1, 42): "Tu és Simão, filho de João. Tu serás chamado Kefas, isto é, Pedro" (Kefas em grego significa pedra dura, rochedo).
Jesus promete o Primado a Pedro para dirigir a Igreja (Veja Mt 16, 13-19), dirigindo suas palavras apenas a ele, que seria o detentor das chaves, isto é, o chefe supremo do Reino dos céus aqui na Terra, que é a Igreja.
Jesus confere a Pedro o primado sobre toda a Igreja quando lhe pede para apascentar suas ovelhas (Veja Jo 21, 15-17).
Depois que Jesus subiu aos céus, Pedro dirige e governa a Igreja:
- presidiu e dirigiu a escolha de Matias para o lugar de Judas (At 1, 1-25)
- é o primeiro a anunciar o Evangelho no dia de Pentecostes (At 2, 14)
- testemunha diante do Sinédrio a mensagem de Cristo (At 4, 8)
- acolhe na Igreja o primeiro pagão, Cornélio (At 10, 1)
- fala primeiro no Concílio dos Apóstolos de Jerusalém e decide sobre a questão da circuncisão: "Então toda a assembléia silenciou" (At 15, 7-12).
Os sucessores de Pedro atestam claramente o seu primado e o de seus sucessores: "A Igreja foi construída sobre Pedro" (Tertuliano); "Sobre um só foi construída a Igreja: Pedro" (São Cipriano); "Onde há Pedro, aí há a Igreja de Jesus Cristo" (S. Ambrósio)
sábado, 28 de julho de 2001
A Igreja de Jesus Cristo - Parte 2
Coluna “Ser Católico” – Jornal da Cidade – 28/07/2001
A palavra Igreja vem do grego Ecclesia que significa união, reunião, assembléia religiosa do Povo de Deus. No início do cristianismo, nos primeiros séculos, Igreja significava reunião dos fiéis para celebrar os “mistérios”, isto é, a Santa Missa. Somente após o século IV é que a palavra passou a indicar também o edifício onde os fiéis se reúnem para celebrar o sacrifício da Missa.
Na Bíblia encontramos outros nomes da Igreja: Povo de Deus, Reino de Deus, Jerusalém Celeste, Esposa de Cristo, Corpo de Cristo, Casa de Deus, Templo de Deus, Corpo Místico de Cristo.
A Igreja
A Igreja de Jesus Cristo é o Povo de Deus que caminha rumo ao Pai. Fazem parte deste povo todos os batizados. O batismo nos torna filhos adotivos de Deus e nos comunica a vida de Deus participada (Graça).
A Igreja de Jesus abrange três estágios:
1. A Igreja Triunfante: formada por todos os que já alcançaram a Casa do Pai e desfrutam do amor de Deus face a face.
2. A Igreja Padecente: formada por todos os que estão se purificando no Purgatório antes de entrar na glória do céu.
3. A Igreja Militante: formada por todos os batizados que ainda estão neste mundo praticando o bem e os ensinamentos do fundador, Jesus Cristo.
A Igreja segundo o Concílio Vaticano II
“O único Mediador Cristo constituiu e incessantemente sustenta aqui na terra Sua santa Igreja, comunidade de fé, esperança e caridade, como organismo visível pelo qual difunde a verdade e a graça a todos. Mas a sociedade provida de órgãos hierárquicos e o corpo místico de Cristo, a assembléia visível e a comunidade espiritual, a Igreja terrestre e a Igreja enriquecida de bens celestes, não devem ser considerados duas coisas, mas formam uma só realidade complexa em que se funde o elemento divino e humano... Esta é a única Igreja de Cristo que no Símbolo confessamos una, santa, católica e apostólica; que nosso Salvador depois de Sua ressurreição entregou a Pedro para apascentar (Jo 21, 17) e confiou a ele e aos demais apóstolos para a propagar e reger (cf. Mt, 28, 18), levantando-a para sempre como ‘coluna e fundamento da verdade’ (1Tm 3, 15). Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, embora fora de sua visível abertura se encontrem vários elementos de santificação e verdade”. (Lumen Gentium, n.8)
Conforme o Concílio, portanto, a Igreja é formada de dois elementos:
- Visível (Corpo da Igreja), composto pelas pessoas que professam a mesma fé, recebem os mesmos sacramentos, obedecem à mesma e única autoridade (o Papa) e
- Invisível (Alma da Igreja), composta por todos os que são batizados validamente, que vivem na amizade de Deus e por todos os que receberam a graça da Redenção (Deus não afasta de si as pessoas retas que vivem conforme sua consciência ou de acordo com a lei natural, mas que estão fora ou longe de qualquer contato com a doutrina da Salvação).
A Igreja, então, é divina (pela doutrina santa e infalível de Jesus Cristo e pelos sacramentos que nos comunicam a vida divina para santificar-nos) e humana (porque é composta por todos os batizados, sujeitos às misérias, pecados, fragilidades e perigos do mundo). Por meio do elemento divino (doutrina e sacramentos), nos transformamos em filhos adotivos de Deus e irmãos em Jesus Cristo, através da graça. Formamos, pois, a Igreja, o Povo Santo de Deus.
A Igreja de Jesus é, então, a união desses dois elementos, por isso ela é santa (na doutrina e nos sacramentos) e pecadora (nos seus membros); infalível (na doutrina) e falível (nos membros); invencível e vencível; eterna e no tempo.
A Igreja é Cristo continuado na história e no tempo para salvar os homens de todas as épocas e de todas as raças.
sábado, 14 de julho de 2001
Lutero e Maria Santíssima
Coluna "Ser Católico" – Jornal da Cidade – 14/07/2001
Quem foi Lutero – Martinho Lutero foi o grande idealizador da reforma protestante no século XVI. Em 31/10/1517 ele tornou público o seu protesto contra a doutrina e a disciplina da Igreja Católica, afixando à porta da igreja de Wittenberg uma lista das 95 teses (em latim) em que ele discordava da Igreja. O brado de revolta de Lutero se espalhou rapidamente pela Alemanha e demais países, dando origem ao protestantismo.
Lutero e Maria – Lutero foi um homem de religiosidade profunda, dotado de firme confiança em Deus, aplicado em seu trabalho e desinteressado de si. Sua sensibilidade cristã encontrou eco nas palavras de Maria a Isabel, deixando, entre seus escritos, um belo comentário do Magnificat de Maria Santíssima (Lc 1,46-56). Transcrevemos aqui alguns trechos:
Maria é lição de como louvar a Deus – "Ela nos ensina como devemos amar e louvar a Deus, com alma despojada e de modo verdadeiramente conveniente, sem procurar nele o nosso interesse. Ora, ama e louva a Deus com o coração simples e como convém a quem o louva simplesmente porque é bom; quem não considera mais que a sua pura bondade e só nela encontra o seu prazer e a sua alegria. Eis um modo elevado, puro e nobre de louvar: é bem próprio de um espírito alto e nobre como o da Virgem. Aqueles que amam com coração impuro e corrompido, aqueles que, de maneira semelhante à dos exploradores, procuram em Deus o seu interesse, não amam e não louvam a sua pura bondade, mas pensam em si mesmos e só consideram quanto Deus é bom para eles mesmos. A religiosidade verdadeira, portanto, é louvor a Deus incondicionado e desinteressado".
A humildade da Mãe de Deus – "Maria não se orgulha da sua dignidade nem da sua indignidade, mas unicamente da consideração divina, que é tão superabundante de bondade e de graça que Deus olhou para uma serva assim tão insignificante e quis considerá-la com tanta magnificência e tanta honra... Ela não exaltou nem a virgindade nem a humildade, mas unicamente o olhar divino repleto de graça. (...) De fato não deve ser louvada a sua pequenez, mas o olhar de Deus."
O olhar de Deus – "Ao observar aquilo que se realiza nela, nós podemos contemplar o estilo habitual de Deus. Enquanto os homens são atraídos pelas coisas grandes, Deus olha para baixo, para tirar de ‘um nada, daquilo que é ínfimo, desprezado, mísero e morto, algo de precioso, digno de honra, feliz e vivo’".
Devemos invocar Maria e os santos – A Mãe de Jesus, portanto, aparece em Lutero como o puro reflexo do olhar divino. Ela não atrai a nossa atenção sobre si, mas leva-nos a olhar para Deus. "Maria não quer ser um ídolo; não é Ela que faz, é Deus que faz todas as coisas. Deve ser invocada para que Deus, por meio da vontade dela, dê e faça aquilo que pedimos; assim devem ser invocados também todos os outros santos, deixando que a obra seja inteiramente de Deus".
Fonte: textos extraídos do livro "Maria Mãe dos homens" da Edições Paulinas.
Quem foi Lutero – Martinho Lutero foi o grande idealizador da reforma protestante no século XVI. Em 31/10/1517 ele tornou público o seu protesto contra a doutrina e a disciplina da Igreja Católica, afixando à porta da igreja de Wittenberg uma lista das 95 teses (em latim) em que ele discordava da Igreja. O brado de revolta de Lutero se espalhou rapidamente pela Alemanha e demais países, dando origem ao protestantismo.
Lutero e Maria – Lutero foi um homem de religiosidade profunda, dotado de firme confiança em Deus, aplicado em seu trabalho e desinteressado de si. Sua sensibilidade cristã encontrou eco nas palavras de Maria a Isabel, deixando, entre seus escritos, um belo comentário do Magnificat de Maria Santíssima (Lc 1,46-56). Transcrevemos aqui alguns trechos:
Maria é lição de como louvar a Deus – "Ela nos ensina como devemos amar e louvar a Deus, com alma despojada e de modo verdadeiramente conveniente, sem procurar nele o nosso interesse. Ora, ama e louva a Deus com o coração simples e como convém a quem o louva simplesmente porque é bom; quem não considera mais que a sua pura bondade e só nela encontra o seu prazer e a sua alegria. Eis um modo elevado, puro e nobre de louvar: é bem próprio de um espírito alto e nobre como o da Virgem. Aqueles que amam com coração impuro e corrompido, aqueles que, de maneira semelhante à dos exploradores, procuram em Deus o seu interesse, não amam e não louvam a sua pura bondade, mas pensam em si mesmos e só consideram quanto Deus é bom para eles mesmos. A religiosidade verdadeira, portanto, é louvor a Deus incondicionado e desinteressado".
A humildade da Mãe de Deus – "Maria não se orgulha da sua dignidade nem da sua indignidade, mas unicamente da consideração divina, que é tão superabundante de bondade e de graça que Deus olhou para uma serva assim tão insignificante e quis considerá-la com tanta magnificência e tanta honra... Ela não exaltou nem a virgindade nem a humildade, mas unicamente o olhar divino repleto de graça. (...) De fato não deve ser louvada a sua pequenez, mas o olhar de Deus."
O olhar de Deus – "Ao observar aquilo que se realiza nela, nós podemos contemplar o estilo habitual de Deus. Enquanto os homens são atraídos pelas coisas grandes, Deus olha para baixo, para tirar de ‘um nada, daquilo que é ínfimo, desprezado, mísero e morto, algo de precioso, digno de honra, feliz e vivo’".
Devemos invocar Maria e os santos – A Mãe de Jesus, portanto, aparece em Lutero como o puro reflexo do olhar divino. Ela não atrai a nossa atenção sobre si, mas leva-nos a olhar para Deus. "Maria não quer ser um ídolo; não é Ela que faz, é Deus que faz todas as coisas. Deve ser invocada para que Deus, por meio da vontade dela, dê e faça aquilo que pedimos; assim devem ser invocados também todos os outros santos, deixando que a obra seja inteiramente de Deus".
Fonte: textos extraídos do livro "Maria Mãe dos homens" da Edições Paulinas.
sábado, 7 de julho de 2001
Você conhece a "Didaqué" ?
Coluna "Ser Católico" – Jornal da Cidade – 07/07/2001
O que é – A "Didaqué (lê-se didaquê) é um texto escrito no primeiro século, portanto contemporâneo aos Evangelhos, usado como ‘manual de religião’ ou como catecismo das primeiras comunidades cristãs. É um pequeno manual (16 capítulos), com normas práticas de conduta para os cristãos e para as comunidades cristãs. A Didaqué apresenta as primeiras instruções sobre a liturgia da Igreja.
Importância – O seu subtítulo "Instrução dos Doze Apóstolos" mostra que se trata de um documento de imenso valor histórico e religioso, pois nos permite conhecer as origens do cristianismo, e principalmente nos dá uma idéia de como eram a iniciação cristã, as celebrações a organização e a vida das primeiras comunidades. A leitura do texto nos dá uma visão viva e impressionante da convivência dos primeiros cristãos.
Autor e composição – É difícil afirmar que a Didaqué tenha sido escrita por um dos apóstolos, ou que seja de um só autor. Os estudiosos estão de acordo que ela seja um texto gerado dentro das comunidades cristãs. Sua composição ocorreu no final do século I, provavelmente na Palestina ou na Síria.
Conteúdo – Os 4 primeiros capítulos mostram a catequese fundamental para aqueles que desejam viver e se comportar de modo cristão (é comovente a descrição do verdadeiro cristão); do sétimo ao décimo capítulos é apresentado o antigo ritual litúrgico, com instruções para administração do batismo, sobre o jejum e a oração e sobre a celebração eucarística; do 11º ao 15º capítulos são disposições sobre o culto e a organização da vida comunitária; o 16º capítulo é sobre a espera da vinda de Cristo.
As comunidades – No final do primeiro século, toda a liturgia era realizada pela comunidade; não haviam sacerdotes ou ministros. Eles recebiam os "apóstolos, profetas e mestres" que visitavam as comunidades (pregação itinerante) para anunciar o Evangelho e ensinar. Devemos lembrar que as comunidades não conheciam os Evangelhos escritos; o Evangelho era uma palavra viva, anunciada pelos pregadores. Apenas uma vez são citados os servidores da comunidade (diáconos) e supervisores (bispos), escolhidos democraticamente por todos membros da comunidade. Apenas três sacramentos são descritos em detalhes:
Batismo – Era realizado apenas com adultos, após um período de catequese e alguns dias de jejum. A própria comunidade realizava o batismo por imersão, em um rio ou piscina; na impossibilidade, derramava-se 3 vezes água na cabeça do batizando. O batismo era realizado invocando-se a Santíssima Trindade, não havendo qualquer citação de ministros especiais (sacerdotes, bispos ou diáconos).
A Confissão – Ainda não era considerado sacramento. Os cristãos declaravam seus pecados em comunidade (confissão comunitária), e esta era responsável pelo perdão.
A Eucaristia – É descrita de forma bastante diferente do rito eucarístico que hoje conhecemos. Era celebrada dentro de uma refeição comum, podendo participar apenas os batizados, ou seja aqueles que se comprometeram com o projeto de Jesus. O pão e o vinho eram celebrados apenas como oferendas, não havendo qualquer referência a transubstanciação para o corpo e sangue de Cristo.
Você quer ler? – Se você deseja ler a Didaqué solicite por carta ou E-mail. Podemos lhe enviar gratuitamente o texto completo (o arquivo por E-mail ou impresso por carta), em português, com comentários e notas explicativas para cada versículo. Temos certeza que você ficará impressionado com a leitura.
O que é – A "Didaqué (lê-se didaquê) é um texto escrito no primeiro século, portanto contemporâneo aos Evangelhos, usado como ‘manual de religião’ ou como catecismo das primeiras comunidades cristãs. É um pequeno manual (16 capítulos), com normas práticas de conduta para os cristãos e para as comunidades cristãs. A Didaqué apresenta as primeiras instruções sobre a liturgia da Igreja.
Importância – O seu subtítulo "Instrução dos Doze Apóstolos" mostra que se trata de um documento de imenso valor histórico e religioso, pois nos permite conhecer as origens do cristianismo, e principalmente nos dá uma idéia de como eram a iniciação cristã, as celebrações a organização e a vida das primeiras comunidades. A leitura do texto nos dá uma visão viva e impressionante da convivência dos primeiros cristãos.
Autor e composição – É difícil afirmar que a Didaqué tenha sido escrita por um dos apóstolos, ou que seja de um só autor. Os estudiosos estão de acordo que ela seja um texto gerado dentro das comunidades cristãs. Sua composição ocorreu no final do século I, provavelmente na Palestina ou na Síria.
Conteúdo – Os 4 primeiros capítulos mostram a catequese fundamental para aqueles que desejam viver e se comportar de modo cristão (é comovente a descrição do verdadeiro cristão); do sétimo ao décimo capítulos é apresentado o antigo ritual litúrgico, com instruções para administração do batismo, sobre o jejum e a oração e sobre a celebração eucarística; do 11º ao 15º capítulos são disposições sobre o culto e a organização da vida comunitária; o 16º capítulo é sobre a espera da vinda de Cristo.
As comunidades – No final do primeiro século, toda a liturgia era realizada pela comunidade; não haviam sacerdotes ou ministros. Eles recebiam os "apóstolos, profetas e mestres" que visitavam as comunidades (pregação itinerante) para anunciar o Evangelho e ensinar. Devemos lembrar que as comunidades não conheciam os Evangelhos escritos; o Evangelho era uma palavra viva, anunciada pelos pregadores. Apenas uma vez são citados os servidores da comunidade (diáconos) e supervisores (bispos), escolhidos democraticamente por todos membros da comunidade. Apenas três sacramentos são descritos em detalhes:
Batismo – Era realizado apenas com adultos, após um período de catequese e alguns dias de jejum. A própria comunidade realizava o batismo por imersão, em um rio ou piscina; na impossibilidade, derramava-se 3 vezes água na cabeça do batizando. O batismo era realizado invocando-se a Santíssima Trindade, não havendo qualquer citação de ministros especiais (sacerdotes, bispos ou diáconos).
A Confissão – Ainda não era considerado sacramento. Os cristãos declaravam seus pecados em comunidade (confissão comunitária), e esta era responsável pelo perdão.
A Eucaristia – É descrita de forma bastante diferente do rito eucarístico que hoje conhecemos. Era celebrada dentro de uma refeição comum, podendo participar apenas os batizados, ou seja aqueles que se comprometeram com o projeto de Jesus. O pão e o vinho eram celebrados apenas como oferendas, não havendo qualquer referência a transubstanciação para o corpo e sangue de Cristo.
Você quer ler? – Se você deseja ler a Didaqué solicite por carta ou E-mail. Podemos lhe enviar gratuitamente o texto completo (o arquivo por E-mail ou impresso por carta), em português, com comentários e notas explicativas para cada versículo. Temos certeza que você ficará impressionado com a leitura.
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