Descreveremos hoje os acontecimentos da Paixão de Cristo.
Sábado, 1º de abril do ano 30 – Alguns dias antes, Jesus havia ressuscitado Lázaro (Jo 11,1s), tinha curado os cegos de Jericó (Mt 20,20s), e feito a unção em Betânia (Mt 26,6). Os Evangelhos descrevem que Jesus era perseguido pelos judeus nesta região (Jo 11,8). Neste sábado, estando no vilarejo de Betânia, Jesus faz sua entrada solene em Jerusalém (Mt 21,1s), sendo aclamado pelo povo e desafiando os fariseus e saduceus. Visitou o templo, onde curou cegos e coxos e discutiu com os sacerdotes (Mt 21,14). No fim do dia, retornou para Betânia, onde passou a noite (Mt 21,17). A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém é comemorada pela Igreja no Domingo de Ramos.
2 de abril de 30, domingo – No domingo anterior a sua Paixão, Jesus se reúne com os apóstolos. Neste dia ocorre o episódio da figueira amaldiçoada (Mt 21,18), ocasião em que, não encontrando frutos numa figueira, Jesus ordena que não nasça mais frutos dela, secando-a imediatamente.
3 e 4 de abril de 30, segunda e terça-feira – Nestes dias Jesus pernoita fora de Jerusalém, se reunindo com os apóstolos e mostrando a eficiência da oração (Mt 20,22), conta-lhes as parábolas dos dois filhos (Mt 21,28), dos vinhateiros infiéis (Mt 21,33) e das dez virgens (Mt 25,1). Jesus é interrogado pelos sacerdotes sobre sua missão (Mt 21,23), os fariseus tentam surpreendê-lo com a questão do tributo a César (Mt 22,15), discute com os saduceus sobre a ressurreição, faz uma veemente repreensão aos fariseus e escribas e profetiza a destruição do templo (Mt 24,1). Ocorre a primeira tentativa de prisão de Jesus (Mt 21,45). Neste dia os anciãos e sacerdotes se reuniram na casa do sumo sacerdote (Caifás) e combinaram prender Jesus por traição e o matar.
5 de abril de 30, quarta-feira – O fato mais marcante desta quarta-feira foi a traição de Judas Iscariotes (Mt 26,14). Os sacerdotes pagaram a Judas trinta moedas de prata para que indicasse onde Jesus estaria e pudessem prendê-lo.
6 de abril de 30, quinta-feira – A véspera da Paixão começa com a preparação para a Páscoa (Mt 26,17). Os Evangelhos não descrevem o que aconteceu durante o dia, mas passam diretamente para a Última Ceia (Mt 20,29). Nesta refeição aconteceu o Lava-pés (Jo 13,1), Judas é denunciado e deixa o Cenáculo (Mt 26,21) e Jesus institui a Eucaristia e o Sacerdócio (Mt 26,26). Todos cantam um hino e partem para o Monte das Oliveiras onde Jesus lhes apresenta o Mandamento Novo (Jo 13,33), prediz as três negações de Pedro (Mt 26,34) e sofre a agonia do horto (Mt 26, 36). É também neste dia que faz a oração pela unidade de todos os que O haveriam de seguir, pronunciando a belíssima Oração Sacerdotal. Não deixe de ler todo o capítulo 17 de João.
7 de abril de 30 – sexta-feira – De madrugada, Jesus recebe o beijo de traição de Judas e é preso (Mt 26,47), é levado à casa de Anás e depois para o julgamento do sumo sacerdote Caifás (Jo 18,13) e Pedro nega conhecer Jesus. De manhã, Jesus é julgado pelo Sinédrio e condenado à morte, mas é levado perante Pilatos (Mt 27,1). Judas se desespera e suicida-se (Mt 27,3). Acontece o interrogatório de Pilatos (Mt 27,11) e, diante de sua indecisão (Mt 27,12), Jesus é levado a Herodes Antipas (Lc 23,6), voltando novamente a Pilatos. Este quer libertar Jesus (Lc 23,13), porém é dada liberdade a Barrabás (Mt 27,15), mesmo com a intervenção da esposa de Pilatos (Mt 27,19). Jesus é condenado à crucificação (Mt 27,31) e percorre o caminho do calvário. Ao meio-dia é crucificado (Mt 27,33) junto com dois ladrões (Mt 27, 38). Às três horas da tarde Jesus morre. Ao cair da tarde José de Arimatéia vai até Pilatos para pedir o corpo de Jesus (Mt 27,57); um soldado fura o corpo de Jesus com uma lança (Jo 19,34) e Jesus é sepultado (Mt 27,60).
8 de abril de 30, sábado – Era a Páscoa dos Judeus, com repouso absoluto (Lc 23,56).
9 de abril de 30, domingo – De madrugada, Maria Madalena e outras mulheres vão ao sepulcro, constatando a ressurreição (Mt 28,1) e a comunicam a Pedro e João (Jo 20,2). Durante o dia, Jesus aparece a Madalena (Mt 28,9), aos discípulos de Emaús (Lc 24,33) e aos apóstolos (Lc 24,36).
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