Primeira aparição – Neste tempo, um índio chamado Juan Diego (inicialmente conhecido pelo nome nativo de Cuautitlan), num sábado de madrugada, pouco antes do amanhecer, estava a caminho do Tlatilolco para ser instruído em coisas divinas. Ao chegar na montanha conhecida como Tepeyacac, ouviu uma voz que vinha do alto, chamando-o: "Juanito, Juan Dieguito". Tomando coragem, subiu a montanha para ver quem o chamava. Quando alcançou o topo, viu uma Senhora parada que disse-lhe para se aproximar. Ela se identificou como a Virgem Maria, Mãe do Deus Vivo, pedindo-lhe que fosse até o Bispo do México e lhe falasse sobre o Seu desejo de que naquele lugar fosse construída uma Igreja. Juan Diego foi até o Bispo, descrevendo-lhe tudo o que havia visto e conversado com a Senhora. O bispo (Juan de Zumarraga, um frei franciscano), porém, não acreditou na história, dispensando o índio.
Segunda aparição – Juan Diego retornou no mesmo dia ao topo da montanha e encontrou-se com a Senhora do Céu, que o esperava no mesmo local. Explicou que o Bispo não havia acreditado na sua história e suplicou que enviasse uma pessoa mais importante para convencer o Bispo. A Virgem, entretanto, lhe instruiu que voltasse ao Bispo no dia seguinte e insistisse na construção do templo.
Terceira aparição – No domingo, após a missa, Diego encontrou-se novamente com o bispo e, chorando, repetiu toda a aparição. O bispo novamente não acreditou, pedindo um sinal da aparição. Na segunda-feira, Juanito não procurou pela Senhora, visto que um tio doente precisava do seu auxílio.
Quarta aparição – Na terça-feira, quando procurava auxílio para o tio que estava à morte, a Virgem novamente apareceu a Juan Diego, garantindo-lhe a cura do seu querido tio e pedindo-lhe que novamente procurasse o Bispo. Indicou que levasse como sinal de sua aparição, algumas flores que haviam nascido no topo da montanha. Indo até o local apontado, Juan Diego espantou-se com a variedade de esquisitas rosas de Castilha que haviam brotado bem antes do tempo, porque, estando fora da época, deveriam estar congeladas. Colheu as rosas e envolveu-as com o manto que usava para se proteger do frio, levando-as em seguida ao Bispo.
O Bispo – Ao chegar à igreja, depois de esperar por várias horas, entrou na sala do Bispo, dizendo que aquele era o sinal. Desenrolou o manto onde estavam as flores frescas e perfumadas e quando elas caíram ao chão, subitamente apareceu no tecido de sua capa, o desenho da preciosa imagem de Nossa Senhora, como ela é vista até hoje no templo de Tepeyacac, chamada Nossa Senhora de Guadalupe. Ao ver a imagem, o Bispo e todos os presentes na sala, caíram de joelhos. Em profundo arrependimento Frei Zumarraga rezava e pedia perdão por não ter acreditado e atendido ao desejo da Virgem. Ao se pôr de pé, desamarrou do pescoço de Juan Diego o manto em que aparecia a imagem da Senhora do Céu, levando-a para ser colocada em sua capela particular. Juan Diego permaneceu por mais um dia na casa do Bispo, a seu pedido.
O Templo – No dia seguinte o Bispo pediu-lhe: "Bem! Mostre-nos onde a Senhora do Céu desejava ser erguido o Seu templo". Após indicar o lugar, Juan Diego dirigiu-se à casa do tio, encontrando-o curado. No local apontado por Juanito, no Tepeyacac, foi erguido o templo da Rainha. O senhor Bispo transferiu, então, a sagrada imagem da amada Senhora do Céu para a Igreja principal. Toda a cidade se comoveu: vinham ver e admirar sua devota imagem e fazer suas orações. Muitos se maravilharam, por ter acontecido tal milagre divino, porque nenhuma pessoa deste mundo pintou sua preciosa imagem.
Na próxima semana vamos descrever os mistérios da imagem que apareceu no manto.
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