sábado, 24 de agosto de 2002

A aparição de Nossa Senhora de Guadalupe - Parte II

Na semana passada falamos das aparições de Nossa Senhora de Guadalupe. Vimos que ela apareceu várias vezes ao índio Juan Diego pedindo a construção de um templo.  Este foi até o bispo da cidade, que não acreditava na sua história.  Depois da quarta aparição de Nossa Senhora, o índio levou ao bispo flores milagrosas; ao abrir sua tilma (manto) com as flores, estava estampado com a imagem da Virgem.

O Tecido – A imagem da Virgem de Guadalupe foi impressa em uma tela grosseira do manto de um índio asteca, no dia 9 de dezembro de 1531, num sábado, e apresenta detalhes maravilhosos e sobrenaturais.  O tecido de cacto é perecível, por ser de vegetal grosseiro tão frouxo e irregular como estopa.  É tão ralo que, através dele, se pode ver o povo e a igreja.  Não deveria durar mais do que 20 anos .... mas continua até hoje. 

Conservação – O manto está exposto, durante séculos, sem maiores cuidados, aos rigores do calor, da poeira e da umidade, e mesmo assim seu tecido não se desfibrou, nem tampouco perdeu as cores da figura.  A igreja de Guadalupe fica próxima a um lago salgado, de onde exala gases corrosivos que corroem até ouro, prata e bronze; mas até hoje não causaram qualquer dano à pintura.

Ácido – Foi derramado ácido nítrico sobre o manto, não lhe causando qualquer mancha ou corrosão.  Num atentado, foi colocada uma bomba junto ao manto (aos pés da imagem), destruindo parte da igreja e tudo que estava próximo; nada aconteceu ao manto.

Testes Científicos – O prof. Richard Kuhn, prêmio Nobel de química concluiu que as tintas usadas na pintura “não pertencem ao reino vegetal, animal ou mineral”. Dois estudiosos norte-americanos (doutor Calagan, da NASA, e o prof. Jody B. Smith, catedrático de Filosofia da Ciência no Pensacolla College) submeteram a imagem à análise fotográfica com raios infravermelhos. As suas conclusões foram as seguintes: a tela não possui preparação alguma, o que torna inexplicável, à luz dos conhecimentos humanos, que os corantes impregnem uma fibra tão inadequada e nela se conservem; não há esboços prévios, ou seja, a imagem foi pintada diretamente, tal qual a vemos, sem esboços nem retificações; não há pinceladas; a técnica empregada é desconhecida na história da pintura.

Fotografia? – A Kodak do México afirmou que a imagem se parecia com uma fotografia impressa no tecido.  Impossível, pois em 1531 não havia nem câmeras, nem fotografias.

Os Olhos – O mais impressionante é a imagem dos olhos da Virgem.  Como numa imagem real, existe na pupila de Nossa Senhora, o reflexo do instante em que Juan Diego abre o manto e deixa cair as rosas; na cena é possível ver um índio perante um franciscano, que chora, e várias pessoas ao seu redor.  Diversos cientistas estudaram o mistério da figura dos olhos da Virgem: os resultados certificam a presença de uma tripla reflexão (efeito Samson-Purkinje), característica de todo olho humano vivo; as imagens estão localizadas exatamente onde elas deveriam estar de acordo com tal efeito, e também a distorção das imagens combina com a curvatura da córnea. Mais recentemente procedeu-se a digitalização da imagem dos olhos: a imagem da pupila foi dividida em 27.778 partes, cada uma ampliada 10.000 vezes.  Confirmaram-se os resultados anteriores.

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