No dia 26 de setembro, a Igreja
comemora São Cosme e Damião, santos da Igreja Católica. Aqui no Brasil, a
devoção trazida pelos portugueses misturou-se com o
culto da tradição africana. São muito festejados na Bahia e no Rio de Janeiro,
onde sua festa ganha a rua e adentra aos barracões de candomblé e terreiros de
umbanda, quando crianças saem aos bandos, pedindo doces e esmolas em nome dos
santos. Vamos
aprender um pouco sobre esses santos.
Quem eram – Cosme e Damião eram irmãos e
cristãos. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio. Na verdade, não se sabe exatamente
se eles eram gêmeos, mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor. Desde muito
jovens, ambos manifestaram um enorme talento para cuidar da saúde humana: um
estudou Medicina e o outro, Farmácia, na Síria e depois foram praticar em Egéia. Inspirados pelo Espírito Santo,
usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e
curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros
milagres.
Curas – Deixavam pasmos os mais céticos dos
pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. Por
isso, eram chamados de anárgiros, ou seja, inimigos do dinheiro. A riqueza que mais os atraía era fazer
de sua arte médica também o seu apostolado, para a conversão dos pagãos, o que,
a cada dia, conseguiam mais e mais.
Ira – Isso despertou a ira do imperador Deocleciano
(ano 300 d.C.), implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o
governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem
presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas. Tendo em vista esta acusação, a resposta
deles era sempre: "Nós curamos as doenças, em nome de Jesus Cristo e pelo
Seu poder!". Diante da insistência, quanto à adoração aos deuses,
responderam: "Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do
céu e da terra!".
Morte 1 – Há várias versões
para suas mortes, mas nenhuma comprovada por documentos históricos. Uma das
fontes relata que eram dois irmãos, bons e caridosos, que realizavam milagres e
por isso teriam sido amarrados e jogados em um despenhadeiro, sob a acusação de
feitiçaria e de serem inimigos dos deuses romanos.
Morte 2 – Segundo outra versão,
na primeira tentativa de matá-los, foram afogados, mas salvos por anjos. Na
segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados,
na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim,
morreram degolados.
Mais aceita – A versão mais aceita para a morte de
São Cosme e Damião é que o imperador Deocleciano mandou que fossem barbaramente
torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram
decapitados. Os fatos ocorreram no ano de 303 d.C. em Ciro, cidade vizinha a
Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram transladados
para Roma, uma igreja dedicada a eles.
Roma – Foram sepultados no
maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV, entre 526 e 530, na
Basílica no Fórum de Roma. Tal
solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados
nesta data.
Padroeiros – Os nomes de São Cosme e São Damião
estão no elenco dos mártires da Igreja. São venerados como padroeiros dos
médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de Medicina.
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